sábado, setembro 20, 2008

Manifesto

Ano de 2008. Há 160 anos, em 1848, foi editado o «Manifesto do Partido Comunista», de Karl Marx e Friedrich Engels. O “Actual” – revista cultural do jornal «Expresso» –, publica pequenos ensaios de alguns cronistas seus. Enquanto Daniel Oliveira se compraz com as revisões marxistas, Henrique Raposo (não me perguntem como, mas ele escreve no Expresso) trata de comparar os desacertos de Marx com os acertos de Tocqueville, a propósito do seu conhecido e importante livro «Da Democracia na América». Só que não se pode comparar o olho do cú com a feira de Castro*. A obra de Marx é um pensamento estruturado em muitas dezenas de ensaios político-filosóficos. Tocqueville escreveu apenas um excelente ensaio sobre o futuro da democracia. Ó Henrique, ao menos vai ler qualquer coisa do Marx; e talvez possas começar pelo Manifesto.

* Referimo-nos à grande e ancestral feira de Castro Verde (Alentejo)

quinta-feira, setembro 18, 2008

A ler

No meu blogue pessoal coloquei um post sobre integração nas escolas do 2º ciclo (link).

Novas

O Socializar terá novidades em breve. Atenção, pois.

domingo, junho 29, 2008

Avaliação final de ACP

Após apuramento dos parâmetros de avaliação da Unidade Curricular de Análise de Contextos Profissionais, do 2º ano de Educação Social (desempenho, reflexão e relatório, nas suas duas vertentes *), concluiu-se pela aprovação de 38 alunos, duas alunas sem elementos de avaliação e de uma reprovação para exame da época normal:

Nº 33306 -
ANDREA CRISTINA RAMOS PONTVIANNE LOUREIRO - 9
O exame decorre na terça, dia 1 de Julho, pelas 9.30h, na sala 94.

* [A grelha geral de avaliação pode ser consultada na vitrina do gabinete 88]

Avaliação dos trabalhos de grupo de ACP

Avaliação dos trabalhos de grupo de Análise de Contextos Profissionais, do 2º ano de Educação Social (inclui ponderação de relatório escrito e de apresentação oral):
AOA 15
APPC Faro 13
CC Fuzeta 15
ASMAL 15
CC Horta da Areia 15
CP Paderne 17
Grupo da Amizade 15
AAPACDM 11
CC A Aleixo 15
*
[Os trabalhos (revistos) podem ser consultados e discutidos com o docente no gabinete 88]

quinta-feira, junho 26, 2008

Avaliação final de PIP

Avaliação final da disciplina de Projecto de Inserção Profissional (4º ano) de EIC:

NATÁLIA DE JESUS ESTRELO – 15
MARIA DA CONCEIÇÃO ISIDORO SOARES LOURENÇO – 15
LARA SOFIA DE JESUS FREIRE LIMA MOURINHO – 12
MARIA ISABEL FILIPE RAPOSO – 15
VÂNIA DIAS MARTINS – 16
ANA LÚCIA ANDRADE COSTA – 16
ANA MARGARIDA NASCIMENTO BENTO – 16
CLARA MARIA MARQUES MOREIRA – 16
CLÁUDIA ISABEL PUGA RAMOS – 16
FILIPA ISABEL MARTINS BELCHIOR – 16
LUCIANA RODRIGUES FURTADO – 16

SHENNEN EIRA HANNA AUST – 16

[A grelha geral de avaliação pode ser consultada na vitrina do gabinete 88]

sexta-feira, junho 20, 2008

Trabalho de Metodologias I

O trabalho final do 4º módulo da unidade curricular de Metodologias de Investigação I (1º ano) deve conter o seguinte índice (de acordo com o manual de procedimentos distribuído nas aulas):

- Guião do inquérito por entrevista
- Protocolo
- 1º Tratamento
- Pré-categorização
- Grelha de categorização
- Categorização das unidades de sentido
- Conclusões (perfil do entrevistado e principais ideias-chave a partir da interpretação dos dados)

[O trabalho deve ser entregue até 27 de Junho, ao docente ou deixado no cacifo respectivo]

quarta-feira, junho 18, 2008

Workshop de Projectos-4º EIC

Resultados da avaliação final do "Workshop de negociação de projectos", da disciplina de Projecto de Inserção Profissional:

Associação “Intervir” - 17
Do outro lado da cortina - 16
CultArte - 15
Cooperativa Ubuntu - 15
Espaço Jovem - 13
Diagnosticar para intervir - 16
Seniores activos - 15
Pintas e pingas - 14

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domingo, junho 01, 2008

Glossário de análise de conteúdo

ANÁLISE DE CONTEÚDO
Glossário de termos

Análise de conteúdo: técnica de investigação que pretende interpretar as comunicações, através da descrição objectiva, sistemática e quantitativa do conteúdo presente nessas comunicações.

Protocolo: texto ou narrativa que decorre da transcrição da entrevista registada em gravador ou outro instrumento mecânico.

Leitura flutuante: leitura transversal que pretende tomar contacto com os temas chave, proporcionando anotações e pistas de leitura posterior.

Leitura crítica: leitura sistemática que pretende seleccionar as unidades de sentido importantes para o processo de análise.

Unidade de contexto: parte do texto que é mais abrangente do que a unidade de registo, onde esta se integra e de onde decorre o seu sentido.

Unidade de registo: parte do texto que pretendemos seleccionar para a análise, mais reduzida do que a unidade de contexto e desta retirada.

Tema: conjunto de conceitos-chave que integram a área de análise de conteúdo e que estão presentes ao longo do protocolo, sendo um resumo ou frase condensada.

Parágrafo: frase ou conjunto de frases que se extraem do protocolo para dar sentido à análise.

Frase: período, ou conjunto de palavras que se extraem da narrativa (protocolo) para servir como unidade de sentido.

Palavra: termo (substantivo, adjectivo, verbo) que se extrai do texto que funciona como chave para dar sentido à análise de conteúdo.

1º Tratamento: texto que resulta do protocolo inicial (da transcrição) depois de elididas (retiradas) as partes que não interessam à análise.

Pré-categorização: organização das unidades de sentido, numeradas de forma sequencial relativamente ao texto.

Grelha de categorização das unidades de sentido: grelha realizada a partir do guião de entrevista, na qual se pretende colocar os números das respectivas unidades de sentido nas categorias e subcategorias respectivas.

Categorização das unidades de sentido: organização das unidades de sentido, agrupadas de forma sequencial, mas desta vez integradas nas categorias e subcategorias, criadas a partir da grelha de categorização das unidades de sentido. Desta vez não temos unidades de sentido agrupadas pela sua ordem numérica.

Quadro de comparação de dados: tabela que pretende comparar em todas as categorias e subcategorias, o número de unidades de sentido seleccionadas de cada entrevistado, a partir de uma frase que sintetize o sentido genérico das unidades de sentido. Dá uma leitura vertical do total de unidades de sentido de cada entrevistado, e horizontal do total de unidades de sentido em cada frase de enunciação. E ainda na horizontal, do total de unidades de sentido por entrevistado e do total de entrevistados em cada linha.

Workshop de projectos

Escola Superior de Educação
Curso: Educação e Intervenção Comunitária
Disciplina: Projecto de Inserção Profissional – 4º ano
WORKSHOP DE NEGOCIAÇÃO DE PROJECTOS
Complexo Pedagógico da Penha
Quinta-feira, 12 de Junho de 2008, 9-13 h


REGULAMENTO

1. Os alunos da disciplina organizam-se para elaborar Projectos de Inserção Profissional (PIP), individualmente ou em grupo. O PIP está sujeito a um índice sugerido pelo docente e deve ter entre 40 a 60 páginas. Do PIP devem preparar um resumo para ser submetido a negociação no workshop. Os resumos devem ter entre 10 e 20 páginas e conter os seguintes pontos: título; território de intervenção; fundamentação; destinatários; objectivos; plano de actividades; plano de recursos; entidades financiadoras; formas de avaliação.

2. Os resumos devem ser enviados por E-mail para hraimund@ualg.pt até ao dia 5 de Junho. Depois de organizados por gabinete, serão reenviados para os negociadores respectivos.

3. Os autores dos PIP devem comparecer no workshop às 9 horas, aguardando no hall do 1º andar do Complexo Pedagógico.

4. Cada PIP irá a negociação em pelo menos dois dos três gabinetes de negociadores, de acordo com a temática do mesmo. Os gabinetes de negociação representam, em situação virtual: o Estado; a Administração Local; e as Organizações Não Governamentais. Os gabinetes estarão instalados em salas de aula do Complexo Pedagógico.

5. A ordem de entrada para negociação será efectuada de acordo com uma lista sequencial estabelecida para cada gabinete e afixada no local.

6. Cada PIP dispõe de um mínimo de 15 minutos em cada gabinete, podendo ser cinco minutos para apresentação e dez para negociação.

7. Na negociação, os autores podem socorrer-se da versão integral do PIP.

8. De cada negociação será efectuado um registo de avaliação, do resumo do PIP e da respectiva negociação, com igual peso no valor final. A avaliação deste parâmetro é da responsabilidade da equipa de negociadores.

9. Qualquer omissão será resolvida pelo docente da disciplina.

Hélder Raimundo, ESE, 30 de Maio de 2008.

quarta-feira, maio 28, 2008

Colóquio EIC

A disciplina de Projecto de Inserção Profissional, do 4º EIC, organiza amanhã:

sábado, abril 19, 2008

Colóquio do 4º EIC

A disciplina de Projecto de Inserção Profissional organiza,
em colaboração com o CRIA da UAlg:

quinta-feira, março 27, 2008

Projectos sociais

METODOLOGIA DE PROJECTOS: O CASO DOS PROJECTOS SOCIAIS
(alguns apontamentos)

O conceito de projecto é extremamente ambíguo e polissémico, isto é, tem várias visões ou sentidos. Por exemplo o Prof. Dias de Carvalho diz que o projecto é uma tentativa de antecipar o futuro. O projecto situa-se na interface da expectativa e da intervenção, quando os actores sociais sentem que é preciso começar a agir. O projecto é assim o resultado da tensão decorrente entre a necessidade do problema surgido e a previsão e estruturação antecipada da acção. É um compromisso existente entre a reflexão e a acção; é a tentação de se lançar à aventura, arriscar, transcender, chegar mais além, ser utópico. Parte-se sempre de uma atitude passiva para uma atitude activa.

Segundo Randolph e Posner (1988) «todas as pessoas são gestoras de projectos, nem que seja o da sua própria vida». Apesar da sua diversidade eles integram características comuns: i) Têm um princípio e um fim, uma duração; ii) Têm um prazo de finalização; iii) Têm um sentido de oportunidade único, têm objectivos, como por exemplo dar formação, para exercer uma mudança qualitativa posterior; iv) Têm envolvimento de pessoas numa base temporária; v) Têm um conjunto limitado de recursos, o que muitas vezes condiciona a acção; vi) Têm uma sequência de actividades e de fases, bem previstas no projecto escrito.

Francine Best (1984) clarifica os diferentes tipos de projectos existentes, utilizando como indicador de análise, o campo de aplicação de cada um deles:
a) Projecto de acção educativa/projecto educativo: Tem origem em membros da comunidade escolar (alunos, professores, administrativos, pais). Visa o aluno como formando ou indivíduo e pretende estabelecer regras e interacção na comunidade escolar.
b) Projecto pedagógico: Com origem num grupo de professores, constituindo uma equipa pedagógica, à qual se poderão ou não juntar os Conselhos Directivos e Pedagógicos. O projecto aplica-se na instituição escolar e visa treinar a execução de diversos conteúdos escolares.
c) Projecto institucional: Criado pela Direcção e equipa pedagógica e é relativo às próprias estruturas de funcionamento da instituição (para resolver um problema concreto de indisciplina, por exemplo).
d) Projecto de formação: Posto em funcionamento por formadores, juntamente com os formandos, podendo ultrapassar os limites da instituição (formação em animação comunitária, por exemplo).

Podemos referir alguns modelos de trabalho de projecto:
Modelo A: O projecto serve de veículo à aquisição de conhecimentos, aptidões ou técnicas. A partir dele, os formandos conseguem sobretudo aplicar e integrar saberes de uma determinada área do saber, por meio de uma actividade investigadora. É o caso dos projectos realizados nos cursos de ciências sociais (teses, investigação, etc.).
Modelo B: O projecto é usado para desenvolver atitudes e aptidões gerais necessárias ao exercício da profissão. Não diz respeito a um conteúdo disciplinar e surge além dos estudos convencionais, respeitando geralmente a um problema da vida real. Conduz assim a um contacto e, portanto, a uma maior compreensão dos problemas e características da comunidade envolvente (projecto profissional, por exemplo na área da saúde comunitária). Acontece, quando médicos, professores e educadores etc., realizam acções de formação que visam enriquecer a sua forma de estar na profissão.
Modelo C: O projecto é, neste caso, algo de central e determinante no currículo. Os próprios conteúdos que irão ser estudados serão os que se revelem importantes, para o desenvolvimento do currículo. Acontece quando as instituições se organizam à volta de projectos, construídos pelos formandos e em que os conteúdos disciplinares são estudados porque traduzem as necessidades identificadas por eles durante a realização deste trabalho.

Segundo Pérez Serrano (1996) «os projectos sociais orientam-se no sentido da resolução de problemas, com o fim de satisfazer as necessidades básicas do indivíduo». Os projectos sociais pretendem sempre resolver uma carência/necessidade e apostam sempre para o futuro que pretendem melhorar.
Assim, o projecto social é composto por cinco elementos fundamentais: i) Descrição do que se pretende alcançar, indicando a finalidade; ii) Adequação às características do contexto e das pessoas; iii) Dados e informações técnicas e instrumentos de recolha de dados; iv) Recursos mínimos imprescindíveis à aplicação; v) Temporalização para a execução.

O projecto social implica um conjunto de condições decisivas, a saber:
- Uma reflexão segura e rigorosa sobre o problema que queremos melhorar;
- Consciência das múltiplas necessidades existentes, elegendo um problema concreto para resolver e que se apresenta como possível;
- Selecção de um problema concreto que se apresenta como viável;
- Apresentar uma proposta científica;
- Aplicação à prática;
- Abertura e flexibilidade em sua aplicação;
- Originalidade e criatividade;
- Partir sempre da prática, da óptica de quem vive o problema.

Segundo a mesma autora (1996), o projecto social é constituído por 10 pressupostos, como veremos de seguida, a partir das suas especificações:
Natureza do Projecto: Título do projecto, referido à instituição e serviço do qual vai depender.
Fundamentação: Especificação dos antecedentes do diagnóstico e justificação teórica e técnica do projecto. Pode incluir dados estatísticos, previsões do comportamento futuro e elementos da estratégia a seguir.
Objectivos: Resultados a obter com a execução. Eles devem ser realistas, claros e pertinentes; normalmente classificam-se em gerais e específicos.
Metas: Uma meta é um objectivo quantificado e qualitativo; assinala quanto queremos alcançar e com que qualidade. Devem ser realistas e alcançáveis.
Localização: Determinação da área geográfica e do lugar específico do projecto social.
Metodologia: A apresentação da metodologia implica a definição de tarefas, normas e procedimentos para a execução de um projecto. Pretende-se mostrar como fazer para atingir determinados objectivos.
Calendarização: Consiste num calendário de actividades e servirá de apoio à confecção de gráficos, designadamente ao cronograma de Gantt.
Recursos Humanos: Refere-se ao número e tipo de pessoas necessário à execução das actividades do projecto, bem como as suas responsabilidades.
Recursos Materiais: Definir instalações, materiais e instrumentos para a acção.
Recursos Financeiros: Constituído pelo financiamento do projecto.

A avaliação é o processo sistemático de verificação para determinar até que ponto os objectivos propostos foram atingidos. A avaliação não é correcta e rigorosa se os objectivos não forem bem definidos. A avaliação é realizada para decidir adequadamente em cada caso.
A avaliação pode ser interna e externa. É interna quando é feita pelos participantes no projecto, podendo chamar-se de autoavaliação. A avaliação pode ser externa, quando feita pela entidade financiadora, ou mesmo por convidados externos.
Perrenoud enuncia algumas boas e más razões para que se proceda a uma avaliação interna de um projecto.

Boas razões: i) Saber o que fazemos, se queremos mudar realmente, ultrapassando a simples impressão de fazermos coisas interessantes. Trata-se de uma evolução para o passo seguinte, aprender com os erros e ultrapassá-los; ii) Possibilidade de elucidar o que é sucesso e insucesso, os impasses e o que resta fazer; iii) A avaliação interna é uma questão de sobrevivência e de respostas a interrogações exteriores, porque existem perguntas legítimas de pessoas que estão de fora (de opositores e de defensores e que querem saber o que se passa); iv) Documentação para nós próprios, porque perdemos a memória dos acontecimentos e dos detalhes que são para os outros fundamentos interessantes deste tipo de projecto. E permite reorientar a acção, obtendo instrumentos de avaliação; assim, aprendemos com o que fazemos.
Más razões: i) Hiper-racionalidade que existe nalguns projectos e que faz com que a avaliação tenha mais importância que a própria inovação/acção. Não ter em conta os objectivos, entregar-se às burocracias para que outros superiores fiquem com boa impressão; a imagem é mais importante que a consecução dos objectivos do projecto; ii) A avaliação pode significar um momento de acerto de contas, no interior de um projecto. Quem avalia quem? É uma ficção pensar que num projecto toda a gente tem igualdade de avaliação. É por vezes a ocasião de avaliar o trabalho dos colegas e dizer coisas pouco agradáveis de um modo pouco saudável a pretexto da avaliação; iii) A avaliação interna de um projecto é também um meio de poder; é um problema bastante corrente das hierarquias mediadoras no interior de um projecto, seja científico ou administrativo, ou os dois. É um papel muito difícil estar entre duas lógicas, entre o sistema e o interior do projecto (a avaliação é um instrumento de poder); iv) A avaliação é uma forma de assegurar prestígio e valorizar o que se fez. Nós não jogamos só o jogo da melhoria do sistema, jogamos também uma espécie de jogo pessoal (subvalorização e exagero).

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quarta-feira, março 26, 2008

Guião de projectos

GUIÃO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS

1. Introdução
Trata-se de explicar a escolha do território (localidade, freguesia e concelho), o âmbito de intervenção (educação, desenvolvimento, formação), bem como a temática (título, duração). Pode-se aproveitar para expor algumas ideias sobre paradigmas, metodologias e técnicas utilizados no desenvolvimento do Projecto.

2. Fundamentação
É o espaço para apresentar o diagnóstico do território de intervenção, bem como das principais características da população, com quem se vai desenvolver o projecto. Trata-se de um enquadramento temático em que se apresentam alguns traços fundamentais, a saber:
Localização: geografia, dimensão, localização, acessibilidades e outros pontos de relevo.
História: alguns dados de interesse cronológico que justifiquem o conhecimento do local.
População: referência à população territorial, escolar, empresarial, de acordo com o tipo de projecto.
Organização social/ política/económica: algumas referências que ajudem a entender de que tipo de comunidade se trata, por exemplo quem governa a Junta ou a Escola; como se relacionam os grupos sociais ou étnicos; que factores de desenvolvimento existem (empresas, desemprego, papel da mulher).
Características culturais: que recursos, potencialidades e actividades culturais existem; qual o património existente e que reconhecimento existe na população.
Problemas da comunidade: aqui devem usar-se os dados recolhidos através da aplicação de técnicas quantitativas ou qualitativas (questionários, entrevistas, observações, etc.), para justificar necessidades evidentes e implícitas (não referidas, mas percebidas por confronto).

3. Finalidades e objectivos
Uma finalidade é sempre algo a longo prazo e visto da perspectiva do/s autor/es do projecto. Devemos dar mais atenção aos objectivos, escritos, sempre, da perspectiva das populações das comunidades; ou seja, traçar objectivos que possam ser resultados, alcançáveis, mensuráveis e visíveis. A sua redacção apresenta-se na forma verbal infinitiva (contribuir, divulgar, permitir, possibilitar, conhecer, reconhecer…). Estes objectivos podem ser desdobrados em diversos objectivos operacionais ou específicos, que se traduzem por uma maior facilidade de medição, visibilidade ou temporalidade.

4. Estratégias e metodologias
Neste capítulo deve ser dado um enfoque à problemática em discussão (educação, desenvolvimento local, formação de mulheres, criação de estrutura organizativa, etc.). Como estratégias podem referir-se: existência ou não de parcerias com instituições locais ou regionais; quem são os principais actores sociais do projecto; que recursos existem e como vão ser potencializados; quais os obstáculos ao desenrolar do projecto.
Por outro lado, este capítulo refere ainda qual a metodologia utilizada: quais as técnicas usadas no diagnóstico da comunidade, tal como aquelas que são propostas para a execução do projecto.

5. Recursos
Um projecto deve apresentar os diversos recursos indispensáveis à sua concretização. Por isso, apresenta uma lista de meios humanos, materiais e financeiros que devem ser afectos ao projecto.
Os meios financeiros podem ser traduzidos através de um quadro orçamental, com o sistema de financiamento.

6. Plano de actividades
As actividades propostas no projecto podem aparecer em quadro simples de dupla entrada, contendo na coluna da esquerda as acções e na coluna da direita as datas previstas para a sua execução. Ao longo das linhas são colocadas cronologicamente as actividades ao longo do projecto.
Facultativamente pode ser acompanhado de um Cronograma de Gantt, quadro de actividades e meses, apresentado de forma gráfica.

7. Avaliação
Finalmente o projecto deve prever quais as formas da sua própria avaliação. Por exemplo, referindo quem avalia, com que periodicidade, em que momentos, o que avaliar, etc.
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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Atenção 4º EIC

Para a aula de 5ª (28 Fevereiro), de Projecto de Inserção Profissional, coloquei informação online sobre curriculum vitae, à qual podem aceder, na barra da direita, na secção Docência>EIC-PIP.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Aviso

Para os alunos de Projecto de Inserção Profissional (4º EIC) e Análise de Contextos Profissionais (2ºES) chamo a atenção para a barra da direita, onde estão alojadas informações (programas e textos de apoio) das disciplinas/unidades curriculares actualizadas recentemente.
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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Auto-retrato

Há precisamente 4 anos iniciava uma nova forma de escrita. Tinha lido alguns blogs, que me interessaram enquanto veículo de expressão. Na altura, trabalhava muito com os meus alunos por meio das novas tecnologias, e este factor fez-me avançar para a criação de um blogue. A primeira postagem foi uma nota informativa dirigida aos alunos. Abri o blogue no servidor do Sapo, pois desconhecia ainda a plataforma Blogger, para a qual vim a mudar por ineficácia daquele, e na qual ainda me mantenho hoje em dia, inclusive com os meus restantes blogues. Inicio, assim, o 5º ano na blogosfera.
*

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Gomes Guerreiro

Foi há pouco lançada a fotobiografia de Manuel Gomes Guerreiro, 1º reitor da Universidade do Algarve. Ler-->

Notas da Prática I

Aqui estão as notas dos trabalhos de Diagnóstico e Projecto de Educação Social dos grupos sob a minha orientação:

Junta de Freguesia de Quarteira- 16
Junta de Freguesia de S. Pedro- 14
Unir- 14
Santa Casa da Misericórdia de Loulé- 16
Museu Municipal de Faro- 13
Associação de Estudantes Africanos- 15
Apatris 21- 15
Associação SC da Tôr- 14
Associação BEA Querença- 15
Bairro Cidade Hayward- 16
CMRSul- 16
Espaço Jovem/Silves- 15
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O mapa com as notas parcelares e final será afixado na vitrina do gabinete 88/ESE
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terça-feira, janeiro 22, 2008

ANÁLISE DE CONTEXTOS PROFISSIONAIS

PROGRAMA

Unidade Curricular: Análise de Contextos Profissionais
Área Científica: Educação Social
Ano: 2º; Semestre: 2º; Créditos ECTS: 6; Tempo Trabalho Total (horas): 168
Ano Lectivo: 2007/2008
Professor responsável: Hélder Faustino Raimundo

1. Competências a desenvolver
Instrumentais:
- Ser capaz de criar e aplicar guias e grelhas de observação;
- Ser capaz de registar notas de observação e redigir diários de campo;
- Ser capaz de desenvolver análise de conteúdo de diários de campo;
- Saber identificar e analisar problemas sociais.
Interpessoais:
- Mostrar atitude de respeito e de postura científica na observação de contextos de estudo;
- Demonstrar solidariedade, espírito de grupo e correcção no trabalho em sala e no campo;
- Aplicar estratégias facilitadoras de uma prática adequada aos contextos sociais.
Sistémicas:
- Saber utilizar conteúdos de outras disciplinas, de forma crítica;
- Perceber a progressão vertical e a convergência curricular das unidades curriculares do curso;
- Ser capaz de actuar sobre a realidade social, aplicando soluções criativas e originais, adequadas aos contextos e aos actores sociais presentes.

2. Conteúdos Programáticos
1. Os contextos em análise
1.1. Comunidades rurais e comunidades piscatórias
1.2. Comunidades e bairros sociais em meio urbano
1.3. Os meios fechados, as organizações formais e os grupos informais
2. Metodologias do continuum de observação e análise
2.1. A construção histórica da observação
2.2. A observação directa ou natural
2.3. Da observação à observação participante
2.4. A observação e as entrevistas [conversas] informais
3. Os registos da observação
3.1. Tipos de registo de notas
3.2. Guias e grelhas de observação e os diários de campo
3.3. Análise de conteúdo dos diários de campo
3.4. Os relatórios da observação e de análise
Conteúdo prático: trabalho de campo de observação em diferentes contextos profissionais

3. Estratégias / Métodos de Ensino
As aulas da unidade decorrerão de acordo com a metodologia de seminário sendo, por isso, utilizada uma diversidade de métodos, técnicas, didácticas e instrumentos. Em sala pretende-se desenvolver aulas de exposição e debate temático, a partir de conceitos teóricos e de experiências práticas de observação e análise de diversos contextos. Por outro lado, o trabalho desenvolve-se a partir de materiais produzidos pelos alunos a partir das suas aulas práticas de observação no terreno, servindo de balanço e de reflexão colectiva. No quadro do trabalho prático, os alunos realizarão actividades de análise progressiva, em contextos por eles escolhidos, que cumpram as diferentes tipologias dos conteúdos do programa. Para dar corpo a esta experiência, serão realizadas visitas de estudo e realizadas simulações de observação em contexto real.

4. Avaliação
Atendendo às características do Seminário, o processo de avaliação é contínuo. Assim, serão considerados os seguintes parâmetros e percentuais de avaliação para a nota final:
1. Presença, participação e empenho nas tarefas das aulas e/ou desempenho em autoformação e contacto; os trabalhadores-estudantes regem-se de acordo com o seu estatuto (I = 25%);
2. Reflexão individual sobre o processo de observação, com um máximo de 1000 palavras, a enviar por E-mail (I = 25%);
3. Relatório de análise de contexto, elaborado por grupo, a partir da observação de instituições à sua escolha, com um máximo de 20 páginas, de acordo com guião sugerido e sujeito às Normas de Citação de Trabalhos Académicos do curso: trabalho escrito (25%); apresentação na turma (25%) (G = 50%). Os grupos devem ter um mínimo de 3 e um máximo de 5 elementos.

5. Observações / Sugestões
Guião para relatório de análise de contexto:
Índices
Introdução (2 pp.)
1. Metodologia da observação: teoria e procedimento (3 pp.)
2. Caracterização da instituição: contexto envolvente; apresentação da instituição (8 pp.)
3. Identificação de problemas: problemas teóricos e institucionais (3 pp.)
4. Apreciação crítica: contexto e instituição (3pp.)
Referências
Anexos

Bibliografia
Baptista, C. (1995). Os Marisqueiros de Vila do Bispo – Ensaio Etnográfico. Faro: Algarve em Foco.
Bardin, L. (2000). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bastos, C. (1993). Os Montes do Nordeste Algarvio. Lisboa: Edições Cosmos.
Bell, J. (1997). Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.
Bogdan, R. & Biklen, S. (1999). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Burgess, R. (1997). A Pesquisa de Terreno. Uma Introdução. Oeiras: Celta Editora.
Carmo, H. (1999). Desenvolvimento Comunitário. Lisboa: Universidade Aberta.
Cohen, L. & Manion, L. (1990). Métodos de Investigación Educativa. Madrid: Editorial La Muralla.
Cutileiro, J. (1977). Ricos e pobres no Alentejo. Lisboa: Sá da Costa Editora.
De Ketele, J.-M. & Roegiers, X. (1999). Metodologia da Recolha de Dados. Lisboa: Instituto Piaget.
Denzin, N. & Lincoln, Y. (Edits.) (1994). Handbook of Qualitative Research.
London: Sage Publications.
Deshaies, B. (1997). Metodologia de Investigação em Ciências Humanas. Lisboa: Instituto Piaget.
Espírito Santo, M. (1999). Comunidade Rural ao Norte do Tejo, seguido de Vinte Anos Depois. Lisboa: Associação de Estudos Rurais/UNL.
Ferrarotti, F. (1993) Sociologia. Lisboa: Teorema.
Lessard-Hébert, M., Goyette, G. & Boutin, G. (1994). Investigação Qualitativa. Fundamentos e Práticas. Lisboa: Instituto Piaget.
Hoven, R. & Nunes, M. H. (Orgs.). Desenvolvimento e Acção Local. Lisboa: Fim de Século Edições.
Peretz, H. (2000). Métodos em sociologia – para começar. Lisboa: Temas e Debates.
Quivy, R. & Campenhoudt, L. (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.
Silva, A. S. & Pinto, J. M. (Orgs.) (1999). Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Afrontamento.
Vários (1995). Animação Comunitária. Porto: Edições ASA.

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Projecto de Inserção Profissional

Programa

Ano lectivo: 2007/2008
4º Ano / 2º Semestre
Curso:
Licenciatura bietápica em Educação e Intervenção Comunitária (link)
Disciplina:
Projecto de Inserção Profissional
Grupo Disciplinar: Sociologia
Docente: Helder Faustino Raimundo, Equiparado a Assistente do 2º Triénio
E-mail hraimund@ualg.pt Gabinete 88

Introdução
No segundo semestre do último ano da licenciatura, os alunos deverão demonstrar o conjunto de conhecimentos, competências, atitudes e valores inerentes ao papel social e à função profissional do educador e interventor comunitário (eic). Esse papel e essa função devem consubstanciar-se, em geral, num pensamento global para desenvolver uma acção local. Equipado com um quadro conceptual e metodológico adequado, o eic virá a desempenhar diversas actividades profissionais: ele é um concertador de conflitos e problemáticas; é também um mediador de interesses entre os decisores e os destinatários. Por isso, actua na linha limite entre as carências das comunidades e os padrões normais da qualidade de vida de qualquer cidadão.
A disciplina pretende preparar o aluno para a entrada no mercado de trabalho, amortecendo a transição entre a formação académica e o meio profissional. Dessa forma serão trabalhadas as competências relativas ao perfil profissional e as definições do quadro funcional, quer sejam em organismos públicos, privados ou cooperativos.

I – Objectivos gerais
1. Dominar o quadro teórico e metodológico do eic.
2. Compreender a diversidade de contextos de intervenção profissional.
3. Entender os sistemas públicos, privados e cooperativos da actividade profissional.
4. Dominar a metodologia de projecto, na área da educação e intervenção comunitária.
5. Desenvolver práticas de concepção, negociação e aplicação de projectos de inserção profissional.

II – Competências a desenvolver
A avaliação positiva é determinada pela demonstração do seguinte tipo de competências:

Instrumentais
-Ser capaz de elaborar um projecto de saída profissional na área do curso;
-Ter noção da importância da negociação de projectos perante entidades.

Interpessoais
-Desenvolver capacidades de trabalho em equipa de projecto.
Sistémicas
-Compreender a globalidade dos recursos científicos e técnicos do curso, na construção de projectos.

III – Conteúdos programáticos
1. O paradigma antropológico do projecto
2. O projecto como representação
3. A construção de projectos de intervenção
4. Os projectos sociais/comunitários
5. O projecto de inserção profissional
Conteúdo transversal: perfil profissional do educador e interventor comunitário – organização de acções relativas ao Projecto “Congresso da Educação Comunitária”.

IV – Estratégias e Metodologias
De acordo com as características da disciplina, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, será desenvolvido um trabalho teórico de exposição, leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho, que vise a construção de portefólios individuais. Por outro lado, proceder-se-á a um conjunto de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos, bem como a actividades de negociação de projectos de inserção profissional, em contexto real.

V – Calendarização
Aulas: 2ªs feiras das 9 às 11h e 5ªs feiras das 9 às 11h na sala 94

VI – Avaliação
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa. São considerados elementos da avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
1. Presença, empenho, participação e interacção nas aulas e/ou desempenho em auto-formação e contacto; os trabalhadores-estudantes regem-se de acordo com o seu estatuto – 25%;
2. Produção de um portefólio com o seguinte conteúdo: biograma; visão do mundo; e curriculum vitae – 25%;
3. Produção de um projecto de inserção profissional (PIP), individual ou colectivo. O PIP será avaliado com uma ponderação de 50%; o PIP será negociado em simulação de contexto real, com uma ponderação de 50% – 50%.


Bibliografia básica

Barbier, J.-M. (1996). Elaboração de Projectos de Acção e Planificação. Porto: Porto Editora.

Boutinet, J.-P. (1996). Antropología do Projecto. Lisboa: Instituto Piaget.

Diéguez, A. (Coord.) (2000). La intervención comunitaria - experiencias y reflexiones. Buenos Aires: Espacio Editorial.

Diéguez, A. (Coord.) (2001). Diseño y Evaluación de Proyectos de Intervención socioeducativa y Trabajo Social Comunitario. Buenos Aires: Espacio Editorial.

Guerra, I. (2000). Fundamentos e Processos de Uma Sociología de Acção. O Planeamento em Ciências Sociais. Cascais: Principia.

Leite, E., Malpique, M. & Santos, M. R. (1992). Trabalho de Projecto / 2. Leituras Comentadas. Porto: Afrontamento.

Pérez Serrano, G. (1996). Elaboración de Proyectos Sociales. Casos Practicos. Madrid: Narcea.

Pérez Serrano, G. (Coord.) (2000). Modelos de Investigación Cualitativa en Educación Social y Animación Sociocultural – Aplicaciones Practicas. Madrid: Narcea.

Vários (1995). Animação Comunitária. Porto: Edições ASA.

terça-feira, janeiro 15, 2008

4º EIC: avaliação

Problemáticas Actuais I
Avaliação Final


Conceição Lourenço = 14
Isabel Raposo = 14
Vânia Martins = 13
Ana Lúcia Costa = 14
Ana Margarida Martins = 14
Clara Moreira = 13
Cláudia Ramos = 14
Filipa Belchior = 14
Luciana Furtado = 15
Shennen Aust = 14
*
A grelha de avaliação final pode ser consultada na vitrina do Gab. 88.

**

sexta-feira, janeiro 11, 2008

4º EIC: Avaliação das comunicações

Problemáticas Actuais I
Resultados da avaliação das comunicações individuais:

Conceição Lourenço = 14
Isabel Raposo = 14
Vânia Martins = 12
Ana Lúcia Costa = 13
Ana Margarida Martins = 12
Clara Moreira = 15
Cláudia Ramos = 14
Filipa Belchior = 14
Luciana Furtado = 15
Shennen Aust = 13

Critérios de avaliação: domínio do quadro conceptual; capacidade de interpretação crítica; competência de comunicação.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

4º EIC -Avaliação dos trabalhos de grupo

Avaliação da apresentação dos trabalhos de grupo,
da disciplina de Problemáticas Actuais I:


Família e toxicodependência: Ana Martins, Conceição Lourenço e Isabel Raposo = 14
Leitura e literacia: Cláudia Ramos, Filipa Belchior, Luciana Furtado, Ana Costa e Shennen Aust = 15
Desenvolvimento humano: Clara Moreira e Vânia Martins = 12

Critérios de avaliação: domínio conceptual; qualidade da expressão e comunicação da problemática; competências de dinâmica de animação.