CALENDARIZAÇÃO DOS FÓRUNS DE COMUNICAÇÕES
5 Janeiro: Culturas e identidades
1. Ana Arnedo; 2. Ana Cristina Guerreiro; 3. Sandra Martins; 4. Rui Nascimento; 5. Ana Santos; 6. Ivone Lampreia; 7. Adelaide Ruivinho; 8. Cátia Caixeiro; 9. Ana Cristina Pera.
12 Janeiro: Problemáticas da educação social
1. Ana Nunes; 2. Marta Junça; 3. Telma Pires; 4. Dora Martins; 5. Sónia Silva; 6. Marta Velez; 7. Hortense Morgado; 8. Ângela Simões; 9. Sónia Dores.
19 Janeiro: A globalização e as problemáticas locais
1. Sandra Cabrita; 2. Carina Teixeira; 3. Susana Rebocho; 4. Romana Santos; 5. Mónica Afilhado; 6. Bruno Inácio; 7. Ana Sofia Bexiga; 8. Andreia Santos; 9. Alexandra Ramos.
*
As comunicações devem ser preparadas para um máximo de 10 minutos, sendo possíveis todas as formas de apresentação formal.
segunda-feira, dezembro 19, 2005
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Alunos de EIC
A calendarização dos fóruns de comunicações está ainda dependente da entrega dos sumários de quatro alunos.
Alunos de CC
Já está colocada no blogue da turma a calendarização dos fóruns de comunicações. Clicar nas palavras sublinhadas para ver.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Atenção
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Aos alunos de CC e de EIC
A data limite para envio/entrega dos sumários das comunicações para o Fórum é o dia 11 de Dezembro.
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O professor.
*
O professor.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Pessoa
No dia dos 70 anos da morte de Pessoa, um poema de um aluno meu:
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TROCADILHO
Jogando com a imaginação
e inventando a situação.
Se a distribuição
do que se come
fosse proporcional
à produção
de cada qual,
matava a fome
a quem pouco come
e quem muito come
passava de certeza fome...
*
TROCADILHO
Jogando com a imaginação
e inventando a situação.
Se a distribuição
do que se come
fosse proporcional
à produção
de cada qual,
matava a fome
a quem pouco come
e quem muito come
passava de certeza fome...
quarta-feira, novembro 23, 2005
Visita de estudo do 3º CC
Hoje, vou com a turma do 3º ano de Ciências da Comunicação visitar o Centro Comunitário da Horta da Areia. Este é o programa:
8.55h.- Chegada à Alameda
9.05h.- Chegada ao Centro Comunitário
9.10h.-Recepção
9.15/10.15h.-Conversa com os técnicos do Centro sobre políticas sociais; centros comunitários; e ética comunicacional sobre problemas do multiculturalismo.
10.20h.-Partida para a ESE.
*
Desta visita será feita uma nota de imprensa pelos alunos que será aqui referida e postada no blogue da turma: TurmaCC3.
quinta-feira, novembro 17, 2005
Aula blogosférica de CC [actualizado]
Hoje, convidei o Luís Ene, meu amigo, para me acompanhar na aula do 3º ano de Ciências da Comunicação. A ideia era falarmos de blogues, da sua importância enquanto instrumentos de democratização da informação e de exercício de escrita. Foi o que o Luís fez. Com o saber que lhe conhecemos e reconhecemos. E, sobretudo, com uma humildade e interacção com os alunos que mostra o que a Universidade deveria ser. Na aula, o Luís contribuiu para a criação conjunta de um blogue da turma.
Em troca, os meus agradecimentos no seu mais nóvel blogue.
Obrigado Luís!
*
E o blogue Turma CC3 já conta com a nota de imprensa sobre a aula. E ainda com um post da Nádia Raposo. A ler meus amigos!
Em troca, os meus agradecimentos no seu mais nóvel blogue.
Obrigado Luís!
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E o blogue Turma CC3 já conta com a nota de imprensa sobre a aula. E ainda com um post da Nádia Raposo. A ler meus amigos!
terça-feira, novembro 15, 2005
3º CC-Trabalhos de Grupo
Calendarização dos Trabalhos de Grupo:
3ª-29/11:
Festas Juninas no Brasil - Carla de Sousa, Maia Banaru, Nádia Raposo, Samuel Coelho e Simone Vasconcelos.
4ª-30/11:
A Interacção entre Indivíduos com Deficiência e sem Deficiência - Cátia Gonçalves, Charlotte Alvarenga, Mónica Martins e Rúben Silva.
Salas de Aula: Espelhos da Sociedade - Joana Palminha, Merícia Gonçalves, Gonçalo Moreira e Liliana Bom.
3ª-6/12:
As Mulheres no Mundo: Diferenças Culturais - Leonor Cruz, Vânia Pereira e Vânia Saraiva.
Discriminação Sexual da Mulher - Ana Luísa Palma, Patrícia Melão e Patrícia Palma.
4ª-7/12:
A Integração dos Imigrantes no Concelho de Portimão - Andreia Guerreiro, Helga Almeida e Liliana Vieira.
A Inserção dos Imigrantes em Portugal - Alexandra Contreiras, Ana Vieira, Carina Correia, Mara Matos e Tânia Fontes.
3ª-13/12:
Um Dia no Instituto D. Francisco Gomes e um Dia na Casa de Sta. Isabel - Carolina Geraldo, Maria Teresa Encarnação e Telma Rosa.
A ASMAL e o Hospital Psiquiátrico de Faro - Joana Silva, Nuno Cebola e Susana Morais.
4ª 14/12:
A Integração dos Estudantes Africanos na UAlg. - Ana Lúcia Gonçalves, Ângela Pirralho, Susana Pinto e Susana Gregório.
A Comunidade Hippy da Freguesia de Marmelete - Ana Sofia Varela, Sónia Pascoal e Vanda António.
3ª-29/11:
Festas Juninas no Brasil - Carla de Sousa, Maia Banaru, Nádia Raposo, Samuel Coelho e Simone Vasconcelos.
4ª-30/11:
A Interacção entre Indivíduos com Deficiência e sem Deficiência - Cátia Gonçalves, Charlotte Alvarenga, Mónica Martins e Rúben Silva.
Salas de Aula: Espelhos da Sociedade - Joana Palminha, Merícia Gonçalves, Gonçalo Moreira e Liliana Bom.
3ª-6/12:
As Mulheres no Mundo: Diferenças Culturais - Leonor Cruz, Vânia Pereira e Vânia Saraiva.
Discriminação Sexual da Mulher - Ana Luísa Palma, Patrícia Melão e Patrícia Palma.
4ª-7/12:
A Integração dos Imigrantes no Concelho de Portimão - Andreia Guerreiro, Helga Almeida e Liliana Vieira.
A Inserção dos Imigrantes em Portugal - Alexandra Contreiras, Ana Vieira, Carina Correia, Mara Matos e Tânia Fontes.
3ª-13/12:
Um Dia no Instituto D. Francisco Gomes e um Dia na Casa de Sta. Isabel - Carolina Geraldo, Maria Teresa Encarnação e Telma Rosa.
A ASMAL e o Hospital Psiquiátrico de Faro - Joana Silva, Nuno Cebola e Susana Morais.
4ª 14/12:
A Integração dos Estudantes Africanos na UAlg. - Ana Lúcia Gonçalves, Ângela Pirralho, Susana Pinto e Susana Gregório.
A Comunidade Hippy da Freguesia de Marmelete - Ana Sofia Varela, Sónia Pascoal e Vanda António.
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Cada grupo dispõe de um máximo de 6o minutos.
Nota sobre Conferência
Experiência da educação e da comunicação interculturais a nível internacional
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No passado dia 9 de Novembro, o 3º Ano do Curso de Ciências da Comunicação foi presenteado com a agradável e didáctica visita do Professor João Viegas Fernandes, ex-docente e um dos principais fundadores da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve e ainda, autor de diversas obras relacionadas com as suas áreas de investigação, nomeadamente, “A Escola e a Desigualdade Sexual”, a qual também é explorada no contexto desta disciplina.
Após uma breve apresentação, o nosso convidado começou por fazer uma breve análise da dicotomia sociedade da informação / sociedade da comunicação e do conhecimento, sendo que, na sua opinião, a actual sociedade, a da informação, vive num estado permanente de desinformação e por consequência, de falta de reflexão, só se podendo falar de sociedade de conhecimento se, de facto, tivermos acesso a uma “informação reflectida, organizada e compreendida”, o que, hodiernamente, acaba por não se registar. Assim, e no caso específico do ensino, a ausência de diálogo entre alunos e docentes conduz a uma unilateralidade da comunicação, constituindo um forte entrave à partilha de experiências, a qual torna a aprendizagem mais enriquecedora e interessante para ambas as partes.
É ainda de salientar, a sua experiência enquanto organizador de conferências a nível internacional e exímio apreciador da aventura e do desafio das viagens, as quais acabam por se tornar extremamente gratificantes no contacto com outras culturas. Para melhor comprovar estas experiências de interculturalidade, o nosso convidado relatou-nos alguns exemplos específicos e histórias singulares alusivas à sua experiência pessoal no Brasil, em Cuba ou ainda nos EUA, que ilustram que o contacto com indivíduos de uma cultura ou de uma raça diferente da nossa, que utilizam os mesmos termos que nós, mas com significados situacionais diferentes ou que têm práticas ou ritos sociais diferentes dos nossos pode, muitas vezes, conduzir a um “choque de culturas”, o qual é inevitável, mas que pode e deve ser ultrapassado. Daí, ser crucial “olhar” o outro segundo o seu padrão de cultura, e não segundo o nosso, pois a interculturalidade é isso mesmo, a adequação das referências de uma cultura às referências da outra, sendo que “a riqueza está na diversidade” porque “é no confronto com a diferença, que nós podemos evoluir”. Para ilustrar esta realidade e em jeito de conclusão foi ainda, brevemente debatida, a questão actual de violência urbana e de delinquência juvenil em França, cuja organização revela não saber lidar com a multiculturalidade, conduzindo à inadaptação dos seus imigrantes, colocando-os à “margem” da sociedade e impedindo o seu acesso a um emprego digno.
Para finalizar a sua visita e com muita pena nossa, o Prof. João Viegas Fernandes deu aos alunos a oportunidade de esclarecerem algumas dúvidas ou, se assim o quisessem, de relatarem alguma experiência relacionada com a interculturalidade, tendo colocado algumas questões finais relacionadas com os estereótipos sociais e com o “antropocentrismo” presente nalguns vocábulos da nossa língua.
Após uma breve apresentação, o nosso convidado começou por fazer uma breve análise da dicotomia sociedade da informação / sociedade da comunicação e do conhecimento, sendo que, na sua opinião, a actual sociedade, a da informação, vive num estado permanente de desinformação e por consequência, de falta de reflexão, só se podendo falar de sociedade de conhecimento se, de facto, tivermos acesso a uma “informação reflectida, organizada e compreendida”, o que, hodiernamente, acaba por não se registar. Assim, e no caso específico do ensino, a ausência de diálogo entre alunos e docentes conduz a uma unilateralidade da comunicação, constituindo um forte entrave à partilha de experiências, a qual torna a aprendizagem mais enriquecedora e interessante para ambas as partes.
É ainda de salientar, a sua experiência enquanto organizador de conferências a nível internacional e exímio apreciador da aventura e do desafio das viagens, as quais acabam por se tornar extremamente gratificantes no contacto com outras culturas. Para melhor comprovar estas experiências de interculturalidade, o nosso convidado relatou-nos alguns exemplos específicos e histórias singulares alusivas à sua experiência pessoal no Brasil, em Cuba ou ainda nos EUA, que ilustram que o contacto com indivíduos de uma cultura ou de uma raça diferente da nossa, que utilizam os mesmos termos que nós, mas com significados situacionais diferentes ou que têm práticas ou ritos sociais diferentes dos nossos pode, muitas vezes, conduzir a um “choque de culturas”, o qual é inevitável, mas que pode e deve ser ultrapassado. Daí, ser crucial “olhar” o outro segundo o seu padrão de cultura, e não segundo o nosso, pois a interculturalidade é isso mesmo, a adequação das referências de uma cultura às referências da outra, sendo que “a riqueza está na diversidade” porque “é no confronto com a diferença, que nós podemos evoluir”. Para ilustrar esta realidade e em jeito de conclusão foi ainda, brevemente debatida, a questão actual de violência urbana e de delinquência juvenil em França, cuja organização revela não saber lidar com a multiculturalidade, conduzindo à inadaptação dos seus imigrantes, colocando-os à “margem” da sociedade e impedindo o seu acesso a um emprego digno.
Para finalizar a sua visita e com muita pena nossa, o Prof. João Viegas Fernandes deu aos alunos a oportunidade de esclarecerem algumas dúvidas ou, se assim o quisessem, de relatarem alguma experiência relacionada com a interculturalidade, tendo colocado algumas questões finais relacionadas com os estereótipos sociais e com o “antropocentrismo” presente nalguns vocábulos da nossa língua.
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Cátia Gonçalves-Nº. 25277
Ciências da Comunicação-3º. Ano
sexta-feira, novembro 04, 2005
A multiculturalidade na Sta. Casa da Misericórdia de Albufeira
No dia 25 de Outubro de 2005 recebemos a visita de alguns representantes e jovens da instituição, afim de nos darem a conhecer um pouco do seu trabalho e de nos porem em contacto com a sua realidade.
A Dr.ª Amália Cabrita, responsável pelo sector da imigração, a Dr.ª Letícia Quintal, licenciada em Educação e Intervenção Comunitária e que tem a seu cargo o desenvolvimento comunitário dos jovens e D. Helena Serra, provedora da Stª Casa foram as nossas convidadas, trazendo consigo um grupo de jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos.
A Dr.ª Amália procedeu à sua apresentação, assim como da instituição e da provedora. Defendem a ideia de que todos somos, ao fim ao cabo, imigrantes, pois buscamos um sítio com melhores condições de vida, a nossa Primavera. Na Casa não se faz distinção entre as pessoas, recebe-se todos os que necessitem de encontrar a sua “primavera”, independentemente da cor, etnia, nacionalidade, credo, carência ou estrato social.
A Dr.ª Amália Cabrita, responsável pelo sector da imigração, a Dr.ª Letícia Quintal, licenciada em Educação e Intervenção Comunitária e que tem a seu cargo o desenvolvimento comunitário dos jovens e D. Helena Serra, provedora da Stª Casa foram as nossas convidadas, trazendo consigo um grupo de jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos.
A Dr.ª Amália procedeu à sua apresentação, assim como da instituição e da provedora. Defendem a ideia de que todos somos, ao fim ao cabo, imigrantes, pois buscamos um sítio com melhores condições de vida, a nossa Primavera. Na Casa não se faz distinção entre as pessoas, recebe-se todos os que necessitem de encontrar a sua “primavera”, independentemente da cor, etnia, nacionalidade, credo, carência ou estrato social.
Esta provedora está à frente deste seu “projecto de vida” há quase trinta anos e chegou a este lugar de modo curioso, uma vez que na altura que foi indicada para o cargo, este estava vedado a mulheres… Por isso, esta mulher de grandes utopias, considerada o grande pilar da instituição, continua a contornar as regras. Segue esta política, por exemplo, na admissão de pessoas, acolhendo os casos urgentes e tratando da burocracia apenas quando estes estão já resolvidos ou encaminhados.
Para além de nos exporem a sua realidade, convidam-nos a dar sugestões, com vista à melhor prestação de serviços.
Os nossos convidados tinham reservado uma surpresa para o fim: o grupo de dança coordenado pela Dr.ª Letícia ia apresentar a sua primeira coreografia que pretendia homenagear os índios da Amazónia e retratar o continente americano. Esta dança tribal intercultural, ao som da música “Dança da Seca” de Marisa Monte, é a primeira de cinco que eles pretendem realizar, pois este grupo tem como objectivo representar os cinco continentes. A próxima coreografia será asiática: a dança do ventre, vai ser apresentada a quatro de Novembro. Este grupo surgiu como uma brincadeira, mas serviu para a melhor integração dos jovens; esta coreografia, dedicada à chuva, é dançada por um rapaz e sete raparigas, entre os 13 e os 16 anos, mas o grupo não se resume a estes oito jovens, a próxima coreografia juntará vinte e dois jovens. Tanto as coreografias como as roupas e os instrumentos estão a cargo dos jovens, com o apoio da Santa Casa.
Entretanto, com os jovens entrou o 2ºano de EIC, tornando assim o convívio ainda mais interessante e enriquecedor.
Para além deste grupo, vieram dois jovens acolhidos também pela instituição para partilhar connosco as suas experiências de vida. Kamala veio da Guiné e tem 10 anos e Clélio veio de Angola e tem 19 anos. Eles gostam de viver na Santa Casa, pois embora estejam sem as suas famílias, sentem-se em família. Clélio disse até que “é melhor estar na Santa Casa do que na rua” e apesar de ter saudades, tanto da terra natal como da família, “o tempo cura muita coisa…”.
Para além dos jovens, a Santa Casa recebe ainda mulheres vítimas de violência doméstica, mães solteiras e sem-abrigo. A valência que acolhe as mulheres é a “Casa das Mães”; a dos bebés, até acabarem a 4ªclasse é a casa d’“Os Pirilampos” (nome atribuído por Miguel Torga, amigo da provedora); e a dos jovens é a “A Gaivota”.
Depois de algumas considerações finais, por parte da provedora e da Dr.ª Amália, Kamala e Júdice dançaram um pouco de Kuduro e Hip-hop respectivamente.
A tarde chegou ao fim demasiado rápido, deixando-nos ansiosos pela próxima sessão e com vontade de ir conhecer mais de perto a Santa Casa de Albufeira e o seu trabalho.
Helga Almeida, nº 25841
Joana Silva, nº 25286
Os nossos convidados tinham reservado uma surpresa para o fim: o grupo de dança coordenado pela Dr.ª Letícia ia apresentar a sua primeira coreografia que pretendia homenagear os índios da Amazónia e retratar o continente americano. Esta dança tribal intercultural, ao som da música “Dança da Seca” de Marisa Monte, é a primeira de cinco que eles pretendem realizar, pois este grupo tem como objectivo representar os cinco continentes. A próxima coreografia será asiática: a dança do ventre, vai ser apresentada a quatro de Novembro. Este grupo surgiu como uma brincadeira, mas serviu para a melhor integração dos jovens; esta coreografia, dedicada à chuva, é dançada por um rapaz e sete raparigas, entre os 13 e os 16 anos, mas o grupo não se resume a estes oito jovens, a próxima coreografia juntará vinte e dois jovens. Tanto as coreografias como as roupas e os instrumentos estão a cargo dos jovens, com o apoio da Santa Casa.
Entretanto, com os jovens entrou o 2ºano de EIC, tornando assim o convívio ainda mais interessante e enriquecedor.
Para além deste grupo, vieram dois jovens acolhidos também pela instituição para partilhar connosco as suas experiências de vida. Kamala veio da Guiné e tem 10 anos e Clélio veio de Angola e tem 19 anos. Eles gostam de viver na Santa Casa, pois embora estejam sem as suas famílias, sentem-se em família. Clélio disse até que “é melhor estar na Santa Casa do que na rua” e apesar de ter saudades, tanto da terra natal como da família, “o tempo cura muita coisa…”.
Para além dos jovens, a Santa Casa recebe ainda mulheres vítimas de violência doméstica, mães solteiras e sem-abrigo. A valência que acolhe as mulheres é a “Casa das Mães”; a dos bebés, até acabarem a 4ªclasse é a casa d’“Os Pirilampos” (nome atribuído por Miguel Torga, amigo da provedora); e a dos jovens é a “A Gaivota”.
Depois de algumas considerações finais, por parte da provedora e da Dr.ª Amália, Kamala e Júdice dançaram um pouco de Kuduro e Hip-hop respectivamente.
A tarde chegou ao fim demasiado rápido, deixando-nos ansiosos pela próxima sessão e com vontade de ir conhecer mais de perto a Santa Casa de Albufeira e o seu trabalho.
Helga Almeida, nº 25841
Joana Silva, nº 25286
quinta-feira, novembro 03, 2005
4º EIC- Trabalhos de Grupo
CALENDARIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE GRUPO
4º EIC
Dia 17 de Novembro:
1. 15h. : GreenPeace - Ana Nunes, Andreia Santos e Bruno Inácio;
2. 16h. : Globalização - Adelaide Ruivinho, Ana Sofia Bexiga, Cátia Caixeiro, Ivone Lampreia e Sandra Martins
*
Dia 24 de Novembro:
3. 15h. : Reabilitação/Integração do cidadão portador de deficiência- Alexandra Ramos e Rui Nascimento;
4. 16h. : Educação não formal. A importância da animação em lares de jovens - Ângela Simões, Romana Oliveira, Sónia Dores e Susana Rebocho;
5. 17h. : O papel dos técnicos na intervenção com os pais - Carina Teixeira e Telma Pires.
*
Dia 15 de Dezembro:
6. 15h. : Vivência de Capoeira por etnia cigana - Ana Cristina Pera, Ana Maria Arnedo, Dora Martins e Mónica Afilhado;
7. 16h. : Identidade e cultura popular - Hortense Morgado, Marta Velez, Sandra Cabrita e Sónia Silva;
8. 17h. : Tradições em Estói - Ana Guerreiro, Ana Santos e Marta Junça.
*
Cada grupo dispõe de um máximo de 60 minutos.
4º EIC
Dia 17 de Novembro:
1. 15h. : GreenPeace - Ana Nunes, Andreia Santos e Bruno Inácio;
2. 16h. : Globalização - Adelaide Ruivinho, Ana Sofia Bexiga, Cátia Caixeiro, Ivone Lampreia e Sandra Martins
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Dia 24 de Novembro:
3. 15h. : Reabilitação/Integração do cidadão portador de deficiência- Alexandra Ramos e Rui Nascimento;
4. 16h. : Educação não formal. A importância da animação em lares de jovens - Ângela Simões, Romana Oliveira, Sónia Dores e Susana Rebocho;
5. 17h. : O papel dos técnicos na intervenção com os pais - Carina Teixeira e Telma Pires.
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Dia 15 de Dezembro:
6. 15h. : Vivência de Capoeira por etnia cigana - Ana Cristina Pera, Ana Maria Arnedo, Dora Martins e Mónica Afilhado;
7. 16h. : Identidade e cultura popular - Hortense Morgado, Marta Velez, Sandra Cabrita e Sónia Silva;
8. 17h. : Tradições em Estói - Ana Guerreiro, Ana Santos e Marta Junça.
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Cada grupo dispõe de um máximo de 60 minutos.
O blogue anterior
Em Fevereiro de 2004 criei, no "Sapo", o blogue educomum, destinado às actividades lectivas do curso de Educação e Intervenção Comunitária da Universidade do Algarve. Em Novembro do mesmo ano, por razões de eficácia tecnológica, mudei para o suporte do "Blogger", no qual o "...socializar..." ainda se aloja. Hoje, recupero para os links permanentes ali à direita, a ligação para o velho blogue, dado que contém vários textos de interesse, sobretudo para os alunos de EIC. Para pesquisar é só clicar em educomum e procurar nos arquivos mensais, na coluna da esquerda.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Visita de estudo de EIC a Albufeira
A turma do 4º EIC - disciplina de Seminário de Problemas Actuais I - visita a Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, no âmbito do tema "Educação Intercultural". A visita de estudo pretende conhecer a política de gestão desta IPSS e ainda algumas experiências no trabalho com minorias, emigrantes e vítimas de maus tratos e negligências. Haverá oportunidade para dialogar com as técnicas da Santa Casa e provavelmente lanchar com funcionários e utentes. Partida às 14.30h. da porta da ESE (5ª feira, 3 de Novembro).
segunda-feira, outubro 31, 2005
Dança étnica
Mais uma nota de imprensa dos meus alunos de Educação e Comunicação Interculturais, do 3º CC, sobre a aula da semana passada:
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“Migrações, marginalização, minorias e exclusão social”
No passado dia 25 de Outubro, pelas 15 horas, no âmbito da disciplina de “Educação e Comunicação Interculturais”, os alunos do 3º ano do Curso de Ciências da Comunicação assistiram, no Complexo Pedagógico da Penha, da Universidade do Algarve, a uma conferência subordinada ao tema “Migrações, marginalização, minorias e exclusão social”. As principais oradoras desta conferência foram a D. Helena Serra, a Dr.ª Amália Cabrita e a Dr.ª Letícia Quintal, respectivamente provedora e técnicas da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira.
A primeira convidada desta conferência foi a Dr.ª Amália Cabrita, que começou por fazer uma pequena introdução sobre o tema, falando acerca da mistura cultural, através da troca de ideias, que os descobrimentos do século XVI proporcionaram ao povo português. Seguidamente abordou os conceitos de racismo, xenofobia (entre raças, etnias, géneros...), dando como exemplos a imposição de um povo ao outro através da guerra e os problemas de acolhimento relativamente à emigração, problemas estes que só através da educação se podem ultrapassar.
Posteriormente, foi dada a palavra à D. Helena Serra, que falou um pouco sobre a instituição da qual é provedora, explicando que se trata de uma instituição multicultural, que marca pela diferença, onde existe todo o tipo de problemas sociais, não só físicos mas também de compreensão. Para responder a esses problemas, esta instituição é composta por 24 valências, das quais fazem parte crianças, jovens, mães solteiras, entre outros. Finalmente esta interveniente convidou a turma, a no futuro, exercer a sua função como comunicadores de forma digna.
Segui-se um dos momentos mais belos da tarde. O grupo de dança do Lar de Jovens “Gaivota” (uma das valências da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira) brindou todos os presentes com uma dança tribal, típica dos índios da Amazónia, da época em que estes foram vítimas de um processo de aculturação por parte dos colonizadores. A música em questão chama-se “Dança da Seca” e é cantada por Mariza Monte. Após esta dança foram colocadas algumas questões à Dr.ª Letícia Quintal e ao grupo de dança. Estes acabaram por explicar que estas actividades começaram por diversão, sendo o grupo formado em Março de 2005 e as suas coreografias e roupas feitas por eles. Estes pretendem transmitir a interculturalidade a toda a população, tendo como objectivo criar uma dança relativa a cada continente. Uma vez que a dança sul-americana já foi concebida, a próxima será dedicada ao Continente Asiático, através da dança do ventre. O grupo é apoiado apenas pela Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, estando neste momento também a beneficiar do dinheiro de um prémio ganho pelo mesmo.
Já quase no final da aula Kamala e Clélio, dois jovens africanos de 10 e 19 anos, deram os seus testemunhos acerca de como é viver na instituição em questão.
Para finalizar, já esgotado o tempo disponível, a D. Helena Serra e a Dr.ª Amália Cabrita falaram de como a instituição, por vezes, “passa por cima” de certas regras, de forma a conseguir dar resposta a todas as necessidades das pessoas que recorrem à instituição. Isto da mesma forma que a D. Helena Serra, quebrando os estatutos, se tornou a primeira provedora em Portugal, pois nessa altura os estatutos previam que só os homens poderiam ser provedores.
Ana Luísa Palma – 25268
Patrícia Melão – 25269
Patrícia Palma – 25293
PS: Esperamos poder vir a assistir ao espectáculo de dança do ventre que será levada a cabo por este grupo a partir do dia 4 de Novembro de 2005.
No passado dia 25 de Outubro, pelas 15 horas, no âmbito da disciplina de “Educação e Comunicação Interculturais”, os alunos do 3º ano do Curso de Ciências da Comunicação assistiram, no Complexo Pedagógico da Penha, da Universidade do Algarve, a uma conferência subordinada ao tema “Migrações, marginalização, minorias e exclusão social”. As principais oradoras desta conferência foram a D. Helena Serra, a Dr.ª Amália Cabrita e a Dr.ª Letícia Quintal, respectivamente provedora e técnicas da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira.
A primeira convidada desta conferência foi a Dr.ª Amália Cabrita, que começou por fazer uma pequena introdução sobre o tema, falando acerca da mistura cultural, através da troca de ideias, que os descobrimentos do século XVI proporcionaram ao povo português. Seguidamente abordou os conceitos de racismo, xenofobia (entre raças, etnias, géneros...), dando como exemplos a imposição de um povo ao outro através da guerra e os problemas de acolhimento relativamente à emigração, problemas estes que só através da educação se podem ultrapassar.
Posteriormente, foi dada a palavra à D. Helena Serra, que falou um pouco sobre a instituição da qual é provedora, explicando que se trata de uma instituição multicultural, que marca pela diferença, onde existe todo o tipo de problemas sociais, não só físicos mas também de compreensão. Para responder a esses problemas, esta instituição é composta por 24 valências, das quais fazem parte crianças, jovens, mães solteiras, entre outros. Finalmente esta interveniente convidou a turma, a no futuro, exercer a sua função como comunicadores de forma digna.
Segui-se um dos momentos mais belos da tarde. O grupo de dança do Lar de Jovens “Gaivota” (uma das valências da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira) brindou todos os presentes com uma dança tribal, típica dos índios da Amazónia, da época em que estes foram vítimas de um processo de aculturação por parte dos colonizadores. A música em questão chama-se “Dança da Seca” e é cantada por Mariza Monte. Após esta dança foram colocadas algumas questões à Dr.ª Letícia Quintal e ao grupo de dança. Estes acabaram por explicar que estas actividades começaram por diversão, sendo o grupo formado em Março de 2005 e as suas coreografias e roupas feitas por eles. Estes pretendem transmitir a interculturalidade a toda a população, tendo como objectivo criar uma dança relativa a cada continente. Uma vez que a dança sul-americana já foi concebida, a próxima será dedicada ao Continente Asiático, através da dança do ventre. O grupo é apoiado apenas pela Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, estando neste momento também a beneficiar do dinheiro de um prémio ganho pelo mesmo.
Já quase no final da aula Kamala e Clélio, dois jovens africanos de 10 e 19 anos, deram os seus testemunhos acerca de como é viver na instituição em questão.
Para finalizar, já esgotado o tempo disponível, a D. Helena Serra e a Dr.ª Amália Cabrita falaram de como a instituição, por vezes, “passa por cima” de certas regras, de forma a conseguir dar resposta a todas as necessidades das pessoas que recorrem à instituição. Isto da mesma forma que a D. Helena Serra, quebrando os estatutos, se tornou a primeira provedora em Portugal, pois nessa altura os estatutos previam que só os homens poderiam ser provedores.
Ana Luísa Palma – 25268
Patrícia Melão – 25269
Patrícia Palma – 25293
PS: Esperamos poder vir a assistir ao espectáculo de dança do ventre que será levada a cabo por este grupo a partir do dia 4 de Novembro de 2005.
quarta-feira, outubro 26, 2005
I.S.U. partilha experiências com Ciências da Comunicação
No passado dia 18 de Outubro teve lugar uma conferência realizada no âmbito da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais, com o tema da "Comunicação Multicultural". A mesma ocorreu pelas 15 horas na sala 1.23 do C.P. da U.Alg. e estiveram presentes os alunos do 3º ano de Ciências da Comunicação.
As oradoras, Margarete e Estela, eram duas antigas alunas da nossa Universidade, sendo licenciadas em Educação e Intervenção Comunitária. Para início de conversa as convidadas começaram por apresentar-se, mencionando que fazem parte do Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária e que a sua participação inicial no I.S.U., começou pela ajuda aos estudantes africanos nesta Universidade. Explicaram um pouco da história do I.S.U., o seu funcionamento e as suas principais áreas de intervenção, as quais consistem no voluntariado, no gabinete de apoio aos estudantes (emigrantes) e o gabinete de cooperação.
Um dos pontos mais importantes e desenvolvidos, consistiu na sua partilha de experiências enquanto voluntárias em países africanos. De facto, ilustraram uma realidade completamente distinta da nossa, onde diariamente tinham de conviver com hábitos, formas de estar e de pensar diferentes, e acima de tudo com o preconceito. Ainda no âmbito das suas experiências pessoais e relacionando-as com o nosso curso, foi ainda frisada a questão das barreiras de comunicação nesses países encontradas, não só a nível de comunicação verbal, mas também não verbal, a qual consideraram ainda mais complexa, devido aos diferentes códigos das duas culturas.
A discussão foi depois alargada à audiência, podendo os alunos colocar as suas questões, as quais se prenderam principalmente com questões de inserção no voluntariado, isto é, quais os critérios de selecção para esta acção, questões de logística e económicas, entre outras. Uma grande resposta a esta conferência foi a adesão dos alunos a uma formação para voluntariado, dada pelo I.S.U.
Ana Vieira, nº25271
Carina Correia, nº25274
Mara Matos, nº26006
(Ciências da Comunicação-3º ano)
domingo, outubro 23, 2005
Sobre a conferência do Eng. Luís Guerreiro
«A Comunicação nas Autarquias numa Perspectiva de Interculturalidade»
*
No passado dia 12 de Outubro, pelas 9 horas, no Complexo Pedagógico da Penha, a turma do 3º ano de Ciências da Comunicação assistiu a uma conferência dada pelo Engenheiro Luís Guerreiro, subordinada ao tema «A Comunicação nas autarquias numa perspectiva de Interculturalidade», no âmbito da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais.
Após uma breve introdução do convidado – chefe da Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Loulé – e uma pequena contextualização acerca da estrutura orgânica das autarquias, foi dado destaque ao Gabinete de Comunicação. Foi explicado que tem sido levada a cabo a profissionalização do mesmo, com a contratação de licenciados na área de Comunicação, de forma a credibilizar e clarificar a informação que chega à população, através dos meios de difusão das actividades camarárias – boletins, panfletos, agendas culturais – embora o uso destes tenha, por vezes, fins «propagandísticos».
A partir deste ponto, e como as expectativas profissionais desta área são sempre utópicas, falou-se (em tom de brincadeira) na possibilidade de trabalhar num destes gabinetes – principalmente em Loulé.
Outro dos tópicos abordados pelo convidado, com a participação activa do docente Hélder Raimundo, foi: blogs. Estes métodos prolíficos de transmitir informação são cada vez mais utilizados para criticar «o que vai mal» ou «o que certo político deixou por fazer» e foi bom saber de algumas situações engraçadas relacionadas com esta inovação tecnológica.
Por fim, e de forma muito subtil, falou-se da multiculturalidade existente em cada localidade e a forma como os conflitos e a adaptação das diversas minorias e etnias devem ser solucionadas, privilegiando sempre a comunicação aberta e tolerante.
Com a aproximação do fim do tempo disponível para a conferência – as duas horas de aula – voltou-se a um tema já mencionado anteriormente: a «cunha».
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No passado dia 12 de Outubro, pelas 9 horas, no Complexo Pedagógico da Penha, a turma do 3º ano de Ciências da Comunicação assistiu a uma conferência dada pelo Engenheiro Luís Guerreiro, subordinada ao tema «A Comunicação nas autarquias numa perspectiva de Interculturalidade», no âmbito da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais.
Após uma breve introdução do convidado – chefe da Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Loulé – e uma pequena contextualização acerca da estrutura orgânica das autarquias, foi dado destaque ao Gabinete de Comunicação. Foi explicado que tem sido levada a cabo a profissionalização do mesmo, com a contratação de licenciados na área de Comunicação, de forma a credibilizar e clarificar a informação que chega à população, através dos meios de difusão das actividades camarárias – boletins, panfletos, agendas culturais – embora o uso destes tenha, por vezes, fins «propagandísticos».
A partir deste ponto, e como as expectativas profissionais desta área são sempre utópicas, falou-se (em tom de brincadeira) na possibilidade de trabalhar num destes gabinetes – principalmente em Loulé.
Outro dos tópicos abordados pelo convidado, com a participação activa do docente Hélder Raimundo, foi: blogs. Estes métodos prolíficos de transmitir informação são cada vez mais utilizados para criticar «o que vai mal» ou «o que certo político deixou por fazer» e foi bom saber de algumas situações engraçadas relacionadas com esta inovação tecnológica.
Por fim, e de forma muito subtil, falou-se da multiculturalidade existente em cada localidade e a forma como os conflitos e a adaptação das diversas minorias e etnias devem ser solucionadas, privilegiando sempre a comunicação aberta e tolerante.
Com a aproximação do fim do tempo disponível para a conferência – as duas horas de aula – voltou-se a um tema já mencionado anteriormente: a «cunha».
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Gonçalo Moreira- nº25284
Joana Palminha- nº25285
P.S. O Engenheiro Luís Guerreiro, além da simpatia e acessibilidade reveladas, é mesmo um bom orador.
Joana Palminha- nº25285
P.S. O Engenheiro Luís Guerreiro, além da simpatia e acessibilidade reveladas, é mesmo um bom orador.
sexta-feira, outubro 21, 2005
Aos alunos de Ciências da Comunicação
A nossa próxima aula é dedicada ao tema "Migrações, marginalização, minorias e exclusão social". Para percebermos melhor estes conceitos, teremos a presença de uma experiência prática, através da presença das Dras. Amália Cabrita e Letícia Quintal, da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira. O resto é surpresa.
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Nota: como sempre, um grupo de alunos fará a nota de imprensa da sessão. Por enquanto ainda aguardo as notas das duas anteriores sessões.
domingo, outubro 16, 2005
Alunos de Ciências da Comunicação,
os nossos convidados não nos deixam descansar. Na próxima aula de "Educação e Comunicação Interculturais" (3ª feira, das 15 às 16.30h.) contaremos com a presença de gente amiga do ISU (Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária) que trarão a sua experiência de comunicação multicultural. Já sabem que é imperdível.
quinta-feira, outubro 13, 2005
VELHOS DA TORRE na aula do 4º EIC
Os Velhos da Torre estiveram presentes na aula do passado dia 6, na turma do 4º ano de EIC, na disciplina de Problemas Actuais I. Para além do relato da sua históra de vida - motivo fundamental da sessão - os nossos amigos não resistiram ao apelo da dança e do canto, acompanhados da turma, claro. Bons momentos, hem? O registo em gravação vídeo lá ficou para memória futura na câmara do Daniel Vieira, velho amigo também. A propósito, um dos grupos de trabalho da sessão preparou um texto enquadrador, que aqui vos deixo:
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Sessão de trabalho com os “Velhos da Torre”
Organização da componente musical/etnográfica:
No âmbito de um louvável projecto de recolha feita por algumas pessoas que ainda privilegiam e dão relevância à preservação das tradições musicais do mundo rural, chegamos até aos Velhos da Torre, que nos trazem a cultura e tradições da aldeia de Alte no Concelho de Loulé.
Ao longo da sua vida, desde crianças, foram memorizando textos e melodias que agora permitem reaver e recordar, passando um testemunho enriquecedor e memorável às actuais gerações.
A sua alegria, disponibilidade e empenho em fazer perdurar as tradições da sua terra, são um incentivo para quem os ouve e partilha com eles a vontade de não deixar morrer a identidade cultural/musical das nossas aldeias rurais.
Têm mostrado o seu trabalho e são muito procurados por investigadores, etnógrafos e simples curiosos. Já foram publicados 2 CD´s com o seu trabalho, com o apoio da autarquia, último dos quais, intitulado “Velhos da Torre e Amigos.
Este CD pretende divulgar a recolha de música de tradição oral da freguesia de Alte, incluindo contos lúdicos, religiosos e de trabalho, instrumentais de guitarra, violino, flauta de cana, harmónica e castanholas. Além dos “Velhos da Torre” (Maria Cabrita Belchior, Francisco Cabrita Belchior e Sofia Coelho da Silva) participam ainda neste trabalho José Vieira, Artur da Palma e Analide dos Santos.
Trata-se de um desfiar de cantigas de trabalho, religiosas, e de namoro, interpretadas de maneira alegre, original e genuína.
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Organização da componente musical/etnográfica:
No âmbito de um louvável projecto de recolha feita por algumas pessoas que ainda privilegiam e dão relevância à preservação das tradições musicais do mundo rural, chegamos até aos Velhos da Torre, que nos trazem a cultura e tradições da aldeia de Alte no Concelho de Loulé.
Ao longo da sua vida, desde crianças, foram memorizando textos e melodias que agora permitem reaver e recordar, passando um testemunho enriquecedor e memorável às actuais gerações.
A sua alegria, disponibilidade e empenho em fazer perdurar as tradições da sua terra, são um incentivo para quem os ouve e partilha com eles a vontade de não deixar morrer a identidade cultural/musical das nossas aldeias rurais.
Têm mostrado o seu trabalho e são muito procurados por investigadores, etnógrafos e simples curiosos. Já foram publicados 2 CD´s com o seu trabalho, com o apoio da autarquia, último dos quais, intitulado “Velhos da Torre e Amigos.
Este CD pretende divulgar a recolha de música de tradição oral da freguesia de Alte, incluindo contos lúdicos, religiosos e de trabalho, instrumentais de guitarra, violino, flauta de cana, harmónica e castanholas. Além dos “Velhos da Torre” (Maria Cabrita Belchior, Francisco Cabrita Belchior e Sofia Coelho da Silva) participam ainda neste trabalho José Vieira, Artur da Palma e Analide dos Santos.
Trata-se de um desfiar de cantigas de trabalho, religiosas, e de namoro, interpretadas de maneira alegre, original e genuína.
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ALTE
Ao longo dos tempos Alte acolheu comunidades de agricultores e pastores que influenciaram as comunidades locais, a sua cultura e a tradição musical. Terra de muitos e grandes artistas, em várias áreas que vão desde a poesia, pintura, trabalho com barro e madeira, de músicos de muitos instrumentos e grandes cantadeiras.
A actividade cultural de Alte é bastante grande e a sua riqueza musical, bem como das aldeias e montes adjacentes, dá uma contribuição enorme para o interesse que esta pequena aldeia tem vindo a registar nas últimas décadas para o turismo.
Ao longo dos tempos, o trabalho com o esparto, que ocupava principalmente as mulheres, mas que acabava por reunir quase como numa festa os moradores da aldeia, contribuiu para o desenvolvimento e a passagem oral de tradições musicais aprendidos por uns e outros nas suas andanças profissionais.
O esparto era demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia e sobretudo na Rua dos Pisadoiros, desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do Sol. À noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos calosas, numa delicada e fina baracinha.
A história do esparto confunde-se com a história desta aldeia e com a memória musical dos seus mais antigos moradores.
*
[Trabalho realizado por: Ana Cristina Bentes Pera – nº 20046, Dora Martins – nº 22685 e Mónica Afilhado – nº 23303]
Ao longo dos tempos Alte acolheu comunidades de agricultores e pastores que influenciaram as comunidades locais, a sua cultura e a tradição musical. Terra de muitos e grandes artistas, em várias áreas que vão desde a poesia, pintura, trabalho com barro e madeira, de músicos de muitos instrumentos e grandes cantadeiras.
A actividade cultural de Alte é bastante grande e a sua riqueza musical, bem como das aldeias e montes adjacentes, dá uma contribuição enorme para o interesse que esta pequena aldeia tem vindo a registar nas últimas décadas para o turismo.
Ao longo dos tempos, o trabalho com o esparto, que ocupava principalmente as mulheres, mas que acabava por reunir quase como numa festa os moradores da aldeia, contribuiu para o desenvolvimento e a passagem oral de tradições musicais aprendidos por uns e outros nas suas andanças profissionais.
O esparto era demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia e sobretudo na Rua dos Pisadoiros, desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do Sol. À noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos calosas, numa delicada e fina baracinha.
A história do esparto confunde-se com a história desta aldeia e com a memória musical dos seus mais antigos moradores.
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[Trabalho realizado por: Ana Cristina Bentes Pera – nº 20046, Dora Martins – nº 22685 e Mónica Afilhado – nº 23303]
sexta-feira, outubro 07, 2005
Informação aos alunos da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais (3º CC)
Na próxima semana, na aula de 4ª feira (dia 12 de Outubro), contaremos com a presença do engenheiro Luís Guerreiro, chefe da Divisão de Cultura da Câmara de Loulé que nos falará da "Comunicação nas autarquias numa perspectiva intercultural". Contamos convosco a partir das 8.30h. A conferência é aberta a todos os alunos do curso.
Mudanças
Mudou o nome deste blogue: desapareceu o Educação Comunitária que era um nome muito redutor da minha actividade académica e para dar liberdade ao nóvel blogue do curso de Educação e Intervenção Comunitária que tem o mesmo nome. Nasceu o socializar por aí...
O endereço mantém-se o mesmo.
quinta-feira, outubro 06, 2005
Informações aos alunos de EIC
1. Como previsto, iremos ter hoje na aula de Seminário: Problemas Actuais (4º ano), os Velhos da Torre. O casal Sofia e Francisco Belchior irão contar as suas histórias de vida, a partir de questões previamente colocadas pelos alunos. Claro que não deixarão de cantar e dançar algumas modas de roda. A aula será gravada em vídeo para posterior edição de um filme.
*
2. A próxima aula de Problemas Actuais será sobre a Animação Dramática. Pede-se aos alunos que tragam vestuário e calçado confortável.
*
3. O curso de Educação e Intervenção Comunitária lançou uma página no suporte Blogger. Está aberta à colaboração de todos, sobretudo dos alunos, que poderão deixar comentários e enviar materiais. Chama-se Página da Educação Comunitária e já a podem consultar clicando na palavra sublinhada [o link está disponível em permanência nas Leituras, ali ao lado].
quinta-feira, setembro 22, 2005
Programa de Problemas Actuais I
Caros alunos de Educação Comunitária: já podem fazer o download do programa da disciplina clicando na palavra sublinhada; em breve estará disponível num link permanente, aqui ao lado, junto do link para a página do curso. O programa também está disponível na página do curso, bem como o sumário de hoje.
[o professor]
quarta-feira, setembro 21, 2005
Programa de Educação e Comunicação Interculturais
Caros alunos de Ciências da Comunicação: já podem fazer o download do Programa da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais, clicando na palavra sublinhada. Em breve, o link permanente estará disponível aqui ao lado, junto do link da página do curso de CC.
*
[actualização]:
O programa também já está disponível na página do curso de CC-pode acedê-lo ali ao lado nos links. Os sumários desta semana também estão na página do curso.
[O professor].
terça-feira, setembro 20, 2005
Encontro de Educação de Adultos
A Associação O Direito de Aprender vai organizar um Encontro Nacional de Educação e Formação de Adultos. Saiba mais clicando aqui.
quinta-feira, setembro 15, 2005
Os professores devem passar mais tempo nas escolas
«(...) E o mais importante: estar mais tempo na escola significa estar mais tempo com os alunos. A avaliar pelo estado do nosso ensino, será melhor reflectir antes de declarações do tipo das que são reproduzidas aqui (li-as também no Público de ontem) (...).». Ler o meu texto integral clicando aqui.
quarta-feira, setembro 07, 2005
Declaração de Bolonha em Portugal
Chamo a atenção para o artigo do professor Vasconcelos Costa (VC) sobre a aplicação da declaração de Bolonha ao ensino superior em Portugal. O texto de hoje no Público só está disponível online para assinantes, mas no texto VC põe alguns problemas fundamentais. Que as alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo não consagram um modelo único de duração dos dois ciclos do ensino superior. Que se deixa ao arbítrio das instituições a fórmula mais expedita. Que, por exemplo, estas se preparam para se auto-financiarem, estipulando cursos de licenciatura de quatro anos e mestrados de dois, de forma a manterem mais alunos nas escolas e faculdades, durante mais tempo.
Crise civilizacional no Algarve
GOLFES E CASAS ILEGAIS NA RIA FORMOSA: UMA CRISE DE CIVILIZAÇÃO NO ALGARVE
[minha coluna no «barlavento» de 1 de setembro - versão online aqui]
*
«Não vos tinha dito que a propalada crise do turismo no Algarve é uma panaceia para um muro de lamentações e pedinchices dos principais interessados: os empresários do turismo e os autarcas responsáveis pela crescente betonização do litoral? Claro que, agora, a conivência de governantes faz parte deste cartel.». O resto pode ser lido no meu arquivo do Lobo das Estepes.
terça-feira, setembro 06, 2005
Calendário escolar
As aulas na Escola (ESE) iniciam-se no dia 19 de Setembro. O primeiro ano começa uma semana depois, a 26. Pode ver o calendário escolar aqui em pdf.
sexta-feira, setembro 02, 2005
Comunidades em meio urbano
SOCIEDADES URBANAS
[Meios urbanos - Castells, 1976]
• Existência de classes sociais
• Sistema político: funcionamento da estrutura social e domínio dos proprietários
• Sistema institucional de investimento técnico e cultural
• Sistema externo de mercado
SOCIEDADES DE BAIRRO
[Costa, 1999]
• Dupla dimensão: societária e comunitária
• Realidade social urbana
• Identidades: de bairro e colectiva
• Malha urbana hierarquizada
• Padrões e formas culturais próprios
• Meio social popular urbano
CULTURA URBANA
[Espírito Santo, 1999]
1. Economia polivalente
2. Habitat contíguo
3. Espaço vigiado e condicionado
4. Mobilidade geográfica
5. Afastamento da natureza
6. Dissociação entre indivíduo e família
7. Heterogeneidade social
8. Universalismo
9. Relações distensas com a vizinhança
10. Individualismo
11. Opacidade individual
12. Anonimato, indiferentismo e cosmopolitismo
13. Espaço de mobilidade
14. Espaço de inovação
15. Cidade como centro decisional
16. Coesão cívica
[Meios urbanos - Castells, 1976]
• Existência de classes sociais
• Sistema político: funcionamento da estrutura social e domínio dos proprietários
• Sistema institucional de investimento técnico e cultural
• Sistema externo de mercado
SOCIEDADES DE BAIRRO
[Costa, 1999]
• Dupla dimensão: societária e comunitária
• Realidade social urbana
• Identidades: de bairro e colectiva
• Malha urbana hierarquizada
• Padrões e formas culturais próprios
• Meio social popular urbano
CULTURA URBANA
[Espírito Santo, 1999]
1. Economia polivalente
2. Habitat contíguo
3. Espaço vigiado e condicionado
4. Mobilidade geográfica
5. Afastamento da natureza
6. Dissociação entre indivíduo e família
7. Heterogeneidade social
8. Universalismo
9. Relações distensas com a vizinhança
10. Individualismo
11. Opacidade individual
12. Anonimato, indiferentismo e cosmopolitismo
13. Espaço de mobilidade
14. Espaço de inovação
15. Cidade como centro decisional
16. Coesão cívica
quinta-feira, setembro 01, 2005
Texto de Apoio I
O QUE É OBSERVAÇÃO DIRECTA?
*
Num sentido restrito, fazer uma observação consiste em estar presente e envolvido numa determinada situação social, de forma a registar e interpretar, procurando não a modificar. Por isso o investigador não deverá desviar o curso normal dos acontecimentos por proposta ou influência externa.
O objectivo da observação é procurar um significado sociológico para enquadrar os dados recolhidos, classificá-los e avaliar da sua generalidade. Para isso muitas vezes utiliza o relatório de observação.
Assim, a observação consiste em testemunhar os comportamentos sociais dos indivíduos ou dos grupos nos próprios locais das suas acções, não alterando o seu normal percurso. Tem por finalidade a recolha e o registo de todas as componentes da vida social que se apresentam ao observador no seu trabalho. Dessa forma o observador tem quatro tarefas a realizar: i) estar junto dos observados e adaptar-se ao seu meio; ii) observar o desenrolar dos acontecimentos; iii) registar os acontecimentos; iv) interpretar a observação e redigir o relatório. Por isso a observação apela a capacidades de sociabilidade, atenção, memória e interpretação.
Podemos dizer que a observação directa engloba três comportamentos indissociáveis: i) uma interacção social com o meio estudado; ii) actividades diversas de observação no local; iii) registo dos dados observados. Estas componentes podem ser sequenciais, mas também recorrentes umas entre as outras. Cada terreno impõe ao observador uma determinada lógica que o obriga a ser flexível na actividade, a ser adaptável ao contexto local e a contar com o imprevisível.
Assim, a observação consiste em testemunhar os comportamentos sociais dos indivíduos ou dos grupos nos próprios locais das suas acções, não alterando o seu normal percurso. Tem por finalidade a recolha e o registo de todas as componentes da vida social que se apresentam ao observador no seu trabalho. Dessa forma o observador tem quatro tarefas a realizar: i) estar junto dos observados e adaptar-se ao seu meio; ii) observar o desenrolar dos acontecimentos; iii) registar os acontecimentos; iv) interpretar a observação e redigir o relatório. Por isso a observação apela a capacidades de sociabilidade, atenção, memória e interpretação.
Podemos dizer que a observação directa engloba três comportamentos indissociáveis: i) uma interacção social com o meio estudado; ii) actividades diversas de observação no local; iii) registo dos dados observados. Estas componentes podem ser sequenciais, mas também recorrentes umas entre as outras. Cada terreno impõe ao observador uma determinada lógica que o obriga a ser flexível na actividade, a ser adaptável ao contexto local e a contar com o imprevisível.
Nas observações em contextos de grupos informais, o observador participa a descoberto no seio das suas actividades, tem a concordância dos observados, podendo participar de algumas actividades do meio. Não deve redigir as suas notas na presença do meio, mas fazê-lo mais tarde em forma de diário de campo, de acordo com as regras habituais. Para isso faz apelo da sua capacidade de memorização.
Na observação em contextos de grupos formais, o observador é aceite como tal no seio das interacções regradas e hierarquizadas das organizações. Permanece à vista de toda a gente, circula livremente e manuseia documentos. Muitas vezes as organizações formais colocam entraves que o observador deve procurar ultrapassar.
Nas actividades de observação, o observador pode adoptar três posições diferentes: i) ficar no mesmo lugar afim de observar dados comparáveis; ii) adoptar posições diferentes para observar a diversidade de situações; iii) não olhar para um local fixo, mas ver as pessoas.
*
Nas actividades de observação, o observador pode adoptar três posições diferentes: i) ficar no mesmo lugar afim de observar dados comparáveis; ii) adoptar posições diferentes para observar a diversidade de situações; iii) não olhar para um local fixo, mas ver as pessoas.
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Fonte:Peretz, H. (2000). Métodos em Sociologia – para começar. Lisboa: Temas e Debates.
Texto de Apoio 1
EDUCAÇÃO E HUMANIDADE
1. A educação é o mais humano e humanizador de todos os trabalhos do homem. Naturalmente, por isso, encerra limites, pois pressupõe que apesar de sermos deficientemente educados, deveríamos educar melhor os nossos filhos. Provavelmente, por isso, ela raramente cumpre todos os seus objectivos.
2. A educação questiona-se sempre em torno dos seus objectivos ou das suas funções: ela deve preparar competidores profissionais ou formar pessoas? Deve potenciar autonomias ou reforçar coesões sociais? Deve apostar na estabilidade ou na mudança criativa? Pode, enfim, agregar ao mesmo tempo estes objectivos contraditórios?
3. Educar é acreditar na competência humana, na sua capacidade em aprender coisas que sabemos que existem e que merecem ser percebidas, melhorando assim o conhecimento.
4. A neotenia designa a prematuridade do conhecimento humano, que comparativamente ao macaco, por exemplo, mostra a incapacidade e a incompetência do que somos e sabemos antes de nos formarmos como homens. É o macaco nú de Desmond Morris. Trata-se de uma plasticidade ou disponibilidade de desenvolvimento: primeiro, biológica, depois social (mimética). É a educabilidade dos pedagogos.
5. Os indivíduos permanecem permanentemente abertos a novos saberes, passíveis de educação, imaturos e experimentadores. Este é o campo da educação permanente.
6. É a constatação da ignorância que determina o esforço pedagógico para ensinar, através da imitação forçosa, socialmente compelida (Bruner). Lembra a frase socrática: “só sei que nada sei”.
7. Como Platão, poderíamos dizer que, onde toda a gente pensa que sabe ou que tanto faz saber como ignorar, não pode haver educação nem verdadeira humanidade. Ensinar é sempre ensinar ao que não sabe, deplorando a ignorância alheia.
8. O processo educativo pode ser informal, veiculado pela socialização primária, através da família ou da comunidade, ou formal, por interpostas pessoas socialmente designadas para tal, normalmente na escola enquanto socialização secundária. Trata-se de uma ligação entre o amor e pedagogia, visando a criação social humana.
9. O que é próprio do homem, não é tanto o acto de aprender, mas sim o facto de aprender socialmente de outros homens. Por isso o nosso mestre não é a experienciação da vida no mundo, mas a interacção com outras consciências. Lembra a interacção dialógica freiriana.
10. Nessa interacção aprendemos as coisas no que são, mas, sobretudo o que elas significam, entre nós.
11. A verdadeira educação consiste em ensinar a pensar e, sobretudo, aprender a pensar sobre o que se pensa, portanto de forma reflexiva e crítica.
12. O primeiro objectivo da educação pretende tornar-nos conscientes da realidade dos nossos semelhantes. Isso implica considerá-los sujeitos e não objectos, protagonistas de vida e não comparsas vazios da nossa vida. É a concepção bancária da educação, de Paulo Freire.
13. O sentido da vida humana não é um monólogo, mas uma polifonia coral. Antes de mais a educação é a revelação dos outros, da condição humana colectiva.
Fonte: Savater, F. (1997). O Valor de Educar. Lisboa: Presença (pp. 13-32)
1. A educação é o mais humano e humanizador de todos os trabalhos do homem. Naturalmente, por isso, encerra limites, pois pressupõe que apesar de sermos deficientemente educados, deveríamos educar melhor os nossos filhos. Provavelmente, por isso, ela raramente cumpre todos os seus objectivos.
2. A educação questiona-se sempre em torno dos seus objectivos ou das suas funções: ela deve preparar competidores profissionais ou formar pessoas? Deve potenciar autonomias ou reforçar coesões sociais? Deve apostar na estabilidade ou na mudança criativa? Pode, enfim, agregar ao mesmo tempo estes objectivos contraditórios?
3. Educar é acreditar na competência humana, na sua capacidade em aprender coisas que sabemos que existem e que merecem ser percebidas, melhorando assim o conhecimento.
4. A neotenia designa a prematuridade do conhecimento humano, que comparativamente ao macaco, por exemplo, mostra a incapacidade e a incompetência do que somos e sabemos antes de nos formarmos como homens. É o macaco nú de Desmond Morris. Trata-se de uma plasticidade ou disponibilidade de desenvolvimento: primeiro, biológica, depois social (mimética). É a educabilidade dos pedagogos.
5. Os indivíduos permanecem permanentemente abertos a novos saberes, passíveis de educação, imaturos e experimentadores. Este é o campo da educação permanente.
6. É a constatação da ignorância que determina o esforço pedagógico para ensinar, através da imitação forçosa, socialmente compelida (Bruner). Lembra a frase socrática: “só sei que nada sei”.
7. Como Platão, poderíamos dizer que, onde toda a gente pensa que sabe ou que tanto faz saber como ignorar, não pode haver educação nem verdadeira humanidade. Ensinar é sempre ensinar ao que não sabe, deplorando a ignorância alheia.
8. O processo educativo pode ser informal, veiculado pela socialização primária, através da família ou da comunidade, ou formal, por interpostas pessoas socialmente designadas para tal, normalmente na escola enquanto socialização secundária. Trata-se de uma ligação entre o amor e pedagogia, visando a criação social humana.
9. O que é próprio do homem, não é tanto o acto de aprender, mas sim o facto de aprender socialmente de outros homens. Por isso o nosso mestre não é a experienciação da vida no mundo, mas a interacção com outras consciências. Lembra a interacção dialógica freiriana.
10. Nessa interacção aprendemos as coisas no que são, mas, sobretudo o que elas significam, entre nós.
11. A verdadeira educação consiste em ensinar a pensar e, sobretudo, aprender a pensar sobre o que se pensa, portanto de forma reflexiva e crítica.
12. O primeiro objectivo da educação pretende tornar-nos conscientes da realidade dos nossos semelhantes. Isso implica considerá-los sujeitos e não objectos, protagonistas de vida e não comparsas vazios da nossa vida. É a concepção bancária da educação, de Paulo Freire.
13. O sentido da vida humana não é um monólogo, mas uma polifonia coral. Antes de mais a educação é a revelação dos outros, da condição humana colectiva.
Fonte: Savater, F. (1997). O Valor de Educar. Lisboa: Presença (pp. 13-32)
BIOGRAMAS
O que é um Biograma?
- Autobiografia educativa
- Reflexão cronológica de factos
- Esboço de interpretação
Fases para construção de biogramas:
1. Quadro de síntese (eu e mundo)
2. Narrativa autobiográfica:
Dimensão pessoal
pessoa
família nuclear
família alargada
vizinhos
Dimensão social
amigos/namorados
colegas
grupo de pares
professores
instituições
Dimensão profissional
estudos
trabalho
formação
- Autobiografia educativa
- Reflexão cronológica de factos
- Esboço de interpretação
Fases para construção de biogramas:
1. Quadro de síntese (eu e mundo)
2. Narrativa autobiográfica:
Dimensão pessoal
pessoa
família nuclear
família alargada
vizinhos
Dimensão social
amigos/namorados
colegas
grupo de pares
professores
instituições
Dimensão profissional
estudos
trabalho
formação
Paulo Freire
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
• O Homem em busca do ser mais, contra o ser menos
• Tarefa humanista: libertar-se a si e aos opressores
• Superar a contradição opressores – oprimidos
• Pedagogia do oprimido: uma praxis libertadora
• Praxis como acção/reflexão
- nem activismo
- nem blablabla
• Liberdade como autonomia: conquista e não doação
• Dois momentos:
- desvelar o mundo
- pedagogia dos homens
EDUCAÇÃO LIBERTADORA
• Os opressores não se reconhecem libertos
• Dualidade dos oprimidos
• Atracção pelo opressor
• Determinismo e fatalismo (Auto-desvalia)
• Os Homens se libertam em comunhão
• Educação dialógica para a libertação (pedagogia humanizadora)
• Conscientização: por reflexão e acção sucessiva
• Construção crítica da realidade (educador/educando)
• O Homem em busca do ser mais, contra o ser menos
• Tarefa humanista: libertar-se a si e aos opressores
• Superar a contradição opressores – oprimidos
• Pedagogia do oprimido: uma praxis libertadora
• Praxis como acção/reflexão
- nem activismo
- nem blablabla
• Liberdade como autonomia: conquista e não doação
• Dois momentos:
- desvelar o mundo
- pedagogia dos homens
EDUCAÇÃO LIBERTADORA
• Os opressores não se reconhecem libertos
• Dualidade dos oprimidos
• Atracção pelo opressor
• Determinismo e fatalismo (Auto-desvalia)
• Os Homens se libertam em comunhão
• Educação dialógica para a libertação (pedagogia humanizadora)
• Conscientização: por reflexão e acção sucessiva
• Construção crítica da realidade (educador/educando)
Comunidades rurais e piscatórias
A SOCIEDADE CAMPONESA
[Mendras, H.]
CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES
Autonomia = Independências face a outras sociedades
“O mesmo pote e o mesmo fogo” = O grupo doméstico exerce produção e consumo
Autarcia = Regras de produção e consumo marginais ao capitalismo
Interconhecimento = A totalidade da vida é conhecida de todos
Estratégias de mercado = As relações de compra e venda são dirimidas com a sociedade global
*
CULTURA RURAL TRADICIONAL
[Espírito Santo, M. (1999)]
1. Economia monovalente
2. Habitat polinucleado ou disperso
3. Liberdade no espaço
4. Mobilidade geográfica nula
5. Ligação à natureza
6. Familismo
7. Unanimismo
8. Localismo cultural
9. Relações constrangentes com a vizinhança
10. Personalismo
11. Interconhecimento e controlo social
12. Visibilidade de status
13. Formação de memória colectiva
14. Tradição prevalece à inovação
15. Ausência de poder estruturante sobre a cidade
16. Coesão social
*
COMUNIDADES PISCATÓRIAS
[Moreira, C. (1987)]
ECOTIPOS E ESPECIFICAÇÕES
Camponeses-pescadores = Base agrícola e Complementaridade do mar/outras
Pescadores-camponeses = Pesca dominante e Complementaridade agrícola/outras
Pescadores-mercadores = Pesca e comércio do pescado
Pescadores especializados = Exclusividade da pesca: independente ou por conta de outrém
*
COMUNIDADES PISCATÓRIAS
[adaptado de Campelo, A. (2000)]
Características
1. Actividades sazonais
2. Ocupação temporária
3. Habitat provisório e de funções múltiplas
4. Socialização comunitária
5. Simbolização do espaço público
6. Origens do povoamento costeiro/litoral
7. Divisão do trabalho social por género
[Mendras, H.]
CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES
Autonomia = Independências face a outras sociedades
“O mesmo pote e o mesmo fogo” = O grupo doméstico exerce produção e consumo
Autarcia = Regras de produção e consumo marginais ao capitalismo
Interconhecimento = A totalidade da vida é conhecida de todos
Estratégias de mercado = As relações de compra e venda são dirimidas com a sociedade global
*
CULTURA RURAL TRADICIONAL
[Espírito Santo, M. (1999)]
1. Economia monovalente
2. Habitat polinucleado ou disperso
3. Liberdade no espaço
4. Mobilidade geográfica nula
5. Ligação à natureza
6. Familismo
7. Unanimismo
8. Localismo cultural
9. Relações constrangentes com a vizinhança
10. Personalismo
11. Interconhecimento e controlo social
12. Visibilidade de status
13. Formação de memória colectiva
14. Tradição prevalece à inovação
15. Ausência de poder estruturante sobre a cidade
16. Coesão social
*
COMUNIDADES PISCATÓRIAS
[Moreira, C. (1987)]
ECOTIPOS E ESPECIFICAÇÕES
Camponeses-pescadores = Base agrícola e Complementaridade do mar/outras
Pescadores-camponeses = Pesca dominante e Complementaridade agrícola/outras
Pescadores-mercadores = Pesca e comércio do pescado
Pescadores especializados = Exclusividade da pesca: independente ou por conta de outrém
*
COMUNIDADES PISCATÓRIAS
[adaptado de Campelo, A. (2000)]
Características
1. Actividades sazonais
2. Ocupação temporária
3. Habitat provisório e de funções múltiplas
4. Socialização comunitária
5. Simbolização do espaço público
6. Origens do povoamento costeiro/litoral
7. Divisão do trabalho social por género
segunda-feira, agosto 22, 2005
Programa de Problemas Actuais I - 4ºEIC
Disciplina: Seminário de Educação e Intervenção Comunitária: Problemas Actuais I / Ano: 4º/1º Semestre
PROGRAMA – 2005/06
I – INTRODUÇÃO
Num mundo actualmente dominado pelo conceito da globalização, que tudo avassala nos seus efeitos modeladores, parece-nos interessante introduzir no Seminário do 4º e último ano do Curso, uma perspectiva integradora e complexificadora das problemáticas que, hoje, se colocam ao educador e interventor comunitário.
Essa perspectiva deve ser enformada por um enfoque unificador, que permita uma abordagem articulada de teorias e reflexões sobre os mais importantes temas da actualidade, mas que, ao mesmo tempo, privilegie o interesse da diversidade das experiências locais e dos interesses minoritários.
É claro que o educador e interventor comunitário deve apropriar-se de um pensamento global para desenvolver uma acção local. Para isso, é necessário munir-se de um conjunto de saberes sobre os problemas mais pertinentes que a contemporaneidade coloca: a globalização e o neoliberalismo; o subdesenvolvimento e o desenvolvimento local; a sociedade civil e os movimentos sociais; etc. Hoje torna-se claro que a aldeia global comportará sempre duas faces da mesma moeda: a mundialização do capitalismo e a articulação dos movimentos sociais a uma escala mundial.
PROGRAMA – 2005/06
I – INTRODUÇÃO
Num mundo actualmente dominado pelo conceito da globalização, que tudo avassala nos seus efeitos modeladores, parece-nos interessante introduzir no Seminário do 4º e último ano do Curso, uma perspectiva integradora e complexificadora das problemáticas que, hoje, se colocam ao educador e interventor comunitário.
Essa perspectiva deve ser enformada por um enfoque unificador, que permita uma abordagem articulada de teorias e reflexões sobre os mais importantes temas da actualidade, mas que, ao mesmo tempo, privilegie o interesse da diversidade das experiências locais e dos interesses minoritários.
É claro que o educador e interventor comunitário deve apropriar-se de um pensamento global para desenvolver uma acção local. Para isso, é necessário munir-se de um conjunto de saberes sobre os problemas mais pertinentes que a contemporaneidade coloca: a globalização e o neoliberalismo; o subdesenvolvimento e o desenvolvimento local; a sociedade civil e os movimentos sociais; etc. Hoje torna-se claro que a aldeia global comportará sempre duas faces da mesma moeda: a mundialização do capitalismo e a articulação dos movimentos sociais a uma escala mundial.
Ao educador e interventor comunitário cabe um papel fundamental na percepção deste conflito, dado que se assume enquanto técnico posicionado no enclave, entre uma política pública/privada de desenvolvimento comunitário e os interesses dos diversos sectores das populações das comunidades locais. Ele é um concertador de conflitos e problemáticas, um mediador de interesses entre os decisores e os destinatários. Por isso, actua na linha limite entre as carências das comunidades e os padrões normais da qualidade de vida de qualquer cidadão.
Na sua bagagem de educador, cabem os conjuntos de conhecimentos, competências e capacidades, necessários a uma análise rigorosa e complexa das problemáticas do seu trabalho; bem como o conjunto de valores e atitudes fundamentais ao desenvolvimento de metodologias adequadas a um trabalho sério e honesto junto das populações locais, quase sempre as mais desfavorecidas, social ou culturalmente.
II – OBJECTIVOS GERAIS
A disciplina de Seminário pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do educador e interventor comunitário, com vista à valorização do seu desempenho profissional, no seio das comunidades mais desfavorecidas.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Conhecer as principais problemáticas que hoje se colocam ao trabalho do educador e interventor comunitário;
2. Diagnosticar os principais impactos e influências entre as problemáticas globais e os acontecimentos comunitários;
3. Desenvolver uma atitude de relação intrínseca entre a sistematização das práticas comunitárias e o pensamento teórico, pela via da reflexão crítica;
4. Entender as características da multidimensionalidade e da complexidade da educação comunitária, suas diferentes teorias e metodologias;
5. Desenvolver uma atitude de posicionamento crítico em defesa das comunidades mais desfavorecidas.
IV – CONTEÚDOS
1. Globalização
2. Identidades, tradições e cultura popular
3. Comunidades rurais e desenvolvimento
4. Associativismo, cidadania e democracia participativa
5. Museologia comunitária e educação
6. Multiculturalidade e educação intercultural
7. Animação sócio-cultural
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina de Seminário, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos de experiências de intervenção comunitária, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Debates em sistema de fórum a partir de comunicações individuais.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa; são considerados elementos da avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas – 30%;
b) Trabalho de grupo – 40%;
c) Comunicação individual em Conferência – 30%.
Na sua bagagem de educador, cabem os conjuntos de conhecimentos, competências e capacidades, necessários a uma análise rigorosa e complexa das problemáticas do seu trabalho; bem como o conjunto de valores e atitudes fundamentais ao desenvolvimento de metodologias adequadas a um trabalho sério e honesto junto das populações locais, quase sempre as mais desfavorecidas, social ou culturalmente.
II – OBJECTIVOS GERAIS
A disciplina de Seminário pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do educador e interventor comunitário, com vista à valorização do seu desempenho profissional, no seio das comunidades mais desfavorecidas.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Conhecer as principais problemáticas que hoje se colocam ao trabalho do educador e interventor comunitário;
2. Diagnosticar os principais impactos e influências entre as problemáticas globais e os acontecimentos comunitários;
3. Desenvolver uma atitude de relação intrínseca entre a sistematização das práticas comunitárias e o pensamento teórico, pela via da reflexão crítica;
4. Entender as características da multidimensionalidade e da complexidade da educação comunitária, suas diferentes teorias e metodologias;
5. Desenvolver uma atitude de posicionamento crítico em defesa das comunidades mais desfavorecidas.
IV – CONTEÚDOS
1. Globalização
2. Identidades, tradições e cultura popular
3. Comunidades rurais e desenvolvimento
4. Associativismo, cidadania e democracia participativa
5. Museologia comunitária e educação
6. Multiculturalidade e educação intercultural
7. Animação sócio-cultural
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina de Seminário, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos de experiências de intervenção comunitária, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Debates em sistema de fórum a partir de comunicações individuais.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa; são considerados elementos da avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas – 30%;
b) Trabalho de grupo – 40%;
c) Comunicação individual em Conferência – 30%.
*
BIBLIOGRAFIA
Bastos, C. (1993). Os Montes do Nordeste Algarvio. Lisboa: Edições Cosmos.
Borges, M. (s/d). Multiculturalidade e Educação Intercultural. Faro: Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve (texto policopiado).
Cabral, M. (2003). Globalização, Poder e Cidadania. In revista Ideias à Esquerda, nº1, pp. 40-48. Porto: Campo da Comunicação.
Caraça, B. (s/d). A Arte e a Cultura Popular. Lisboa: Edições Itau.
Connerton, P. (1999). Como as Sociedades Recordam. Oeiras: Celta Editora.
Espírito Santo, M. (1980). Comunidade Rural ao Norte do Tejo, seguido de Vinte Anos Depois . Lisboa: AER-Universidade Nova de Lisboa.
Esteves, A. & Fleming, A. (1983). Sociologia. Textos e Notas Introdutórias. Porto: Porto Editora.
Freire, P. (1996). Educação e Participação Comunitária. In revista Inovação, nº 9, pp. 305-312. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Furtado, C. (1999). O Capitalismo Global. Lisboa: Fundação Mário Soares e Gradiva Publicações.
Giddens, A. ( 1997). Modernidade e Identidade Pesoal. Oeiras: Celta Editora.
Leroi-Gourhan, A. (2002). O Gesto e a Palavra. 2-Memória e Ritmos. Lisboa: Edições 70.
Lipovetsky, G. (1988). A Era do Vazio. Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo. Lisboa: Relógio de Água.
Melo, A. (1995). Entre a Roda da Sorte e a Roda dos Enjeitados. In revista a Rede Para o Desenvolvimento Local, nº 12, pp. 1-4. Faro: In Loco.
Morin, E. (1975). O Paradigma Perdido. A Natureza Humana. Mem-Martins: Publicações Europa-América.
Raimundo, H. (2004). O Plano Museológico do Concelho de Loulé. O Exemplo do Pólo Museológico dos Frutos Secos. In revista al~uliã, nº 10, pp. 437-447. Loulé: Arquivo Histórico Municipal de Loulé.
Santos, B. (1997). Pela Mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento.
Torres, C. (2002). O sr. Ministro não Gosta de Caracóis. In jornal Público. Lisboa.
Viegas Fernandes, J. (2000). Paradigma da Educação da Globalidade e da Complexidade - Para a Esperança e a Felicidade dos Seres Humanos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
Bastos, C. (1993). Os Montes do Nordeste Algarvio. Lisboa: Edições Cosmos.
Borges, M. (s/d). Multiculturalidade e Educação Intercultural. Faro: Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve (texto policopiado).
Cabral, M. (2003). Globalização, Poder e Cidadania. In revista Ideias à Esquerda, nº1, pp. 40-48. Porto: Campo da Comunicação.
Caraça, B. (s/d). A Arte e a Cultura Popular. Lisboa: Edições Itau.
Connerton, P. (1999). Como as Sociedades Recordam. Oeiras: Celta Editora.
Espírito Santo, M. (1980). Comunidade Rural ao Norte do Tejo, seguido de Vinte Anos Depois . Lisboa: AER-Universidade Nova de Lisboa.
Esteves, A. & Fleming, A. (1983). Sociologia. Textos e Notas Introdutórias. Porto: Porto Editora.
Freire, P. (1996). Educação e Participação Comunitária. In revista Inovação, nº 9, pp. 305-312. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Furtado, C. (1999). O Capitalismo Global. Lisboa: Fundação Mário Soares e Gradiva Publicações.
Giddens, A. ( 1997). Modernidade e Identidade Pesoal. Oeiras: Celta Editora.
Leroi-Gourhan, A. (2002). O Gesto e a Palavra. 2-Memória e Ritmos. Lisboa: Edições 70.
Lipovetsky, G. (1988). A Era do Vazio. Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo. Lisboa: Relógio de Água.
Melo, A. (1995). Entre a Roda da Sorte e a Roda dos Enjeitados. In revista a Rede Para o Desenvolvimento Local, nº 12, pp. 1-4. Faro: In Loco.
Morin, E. (1975). O Paradigma Perdido. A Natureza Humana. Mem-Martins: Publicações Europa-América.
Raimundo, H. (2004). O Plano Museológico do Concelho de Loulé. O Exemplo do Pólo Museológico dos Frutos Secos. In revista al~uliã, nº 10, pp. 437-447. Loulé: Arquivo Histórico Municipal de Loulé.
Santos, B. (1997). Pela Mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento.
Torres, C. (2002). O sr. Ministro não Gosta de Caracóis. In jornal Público. Lisboa.
Viegas Fernandes, J. (2000). Paradigma da Educação da Globalidade e da Complexidade - Para a Esperança e a Felicidade dos Seres Humanos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
sábado, agosto 20, 2005
Programa de ECI - 3ºCC
Programa da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais
Curso de Ciências da Comunicação
I – INTRODUÇÃO
A disciplina pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do licenciado em Ciências da Comunicação, com vista à valorização do seu desempenho profissional no seio da sociedade.
II – OBJECTIVOS GERAIS
Num mundo cada vez mais multicultural, a disciplina deve contribuir para a assunção de conhecimentos, competências, atitudes e valores do aluno, enquanto cidadão envolvido numa teia permanente de relações interculturais.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Entender a complexidade da organização social, enquanto teia de aproximações e afastamentos culturais baseados em factores identitários.
2. Comprender os conceitos relativos à cultura, nos campos da identidade, conflito, domínio, etc.
3. Conhecer os actuais mecanismos relativos à mobilidade social e cultural, como pretexto das problemáticas da marginalização e da exclusão.
4. Entender as características do multiculturalismo actual, como resultado da construção social intra e interétnica.
5. Comprender os princípios de uma educação para a interculturalidade.
6. Conhecer práticas diferenciadas de educação e de comunicação intercultural.
IV – CONTEÚDOS
1. Organização social
1.1. Culturas dominantes e culturas dominadas
1.2. Processos de interacção social
1.3. Génese dos conflitos e da anomia
2.Raça, etnicidade e multiculturalismo
2.1. Conceitos de raça, etnia e cultura
2.2. Racismo, xenofobia, etnocentrismo e nacionalismos
2.3. Migrações, marginalização, minorias e exclusão social
3.Estratégias e integração de grupos
3.1. Identidades e relações culturais
3.2. Construção do conhecimento intra e interétnico
3.3. Comunicação multicultural e intercultural
3.4. Educação intercultural: conceitos e valores
4. Experiências de educação e de comunicação intercultural (conteúdo transversal).
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos e visitas a experiências relativas aos conteúdos da disciplina, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Fóruns de debate de comunicações e intervenções dos alunos.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa. São considerados elementos de avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas e em auto-formação– 30%;
b) Trabalho de grupo sobre conteúdos do programa, a apresentar em formato livre– 40% (ver notas da Calendarização);
c) Comunicação ou intervenção individual em fórum – 30% (ver notas da Calendarização).
Notas:
(1) Os grupos de trabalho são constituidos por 3 a 5 alunos cada. Antes da apresentação do trabalho, cada grupo deve apresentar um Resumo de uma página contendo: tema, objectivos, sinopse/guião e plano da apresentação. Os resumos devem ser entregues até 9/11. A calendarização dos trabalhos de grupo será apresentada até 16/11. Cada grupo dispõe de 60 minutos para apresentação.
(2) Cada aluno deve preparar uma comunicação ou intervenção para apresentar no fórum. Até 30/11, deve ser entregue ao docente um Sumário de meia página, contendo os principais tópicos da mesma. A calendarização dos fóruns será apresentada até 7/12. Cada comunicação ou intervenção apresentada não poderá exceder os 5 minutos.
Os Resumos e Sumários referidos acima podem ser entregues: em mão, deixados no cacifo 47 ou enviados para o E-mail do docente.
BIBLIOGRAFIA
Berger, P. & Luckman, T. (1999). A Construção Social da Realidade. Um Livro Sobre a Sociologia do Conhecimento. Lisboa: Dinalivro [1966].
Bourdieu, P. (2001). O Poder Simbólico. Lisboa: Difel.
Cardoso, C. (1996). Educação Multicultural. Percursos para Práticas Reflexivas. Lisboa: Texto Editora.
Carmo, H. (Coord.). (1996). Exclusão Social. Rotas de Intervenção. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Cortesão, L. & Pacheco, N. (1991). O Conceito de Educação Intercultural. Interculturalismo e Realidade Portuguesa. In revista Inovação, volume 4, nº 2-3, pp. 33-44. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Cuche, D. (1999). A Noção de Cultura nas Ciências Sociais. Lisboa: Fim de Século Edições.
Giddens, A. (1997). Modernidade e Identidade Pessoal. Oeiras: Celta Editora.
Horton, P. & Hunt, C. (1981). Sociologia. São Paulo: McGraw-Hill.
Ladmiral, J-R. & Lipiansky, E. (1989). La Communication Interculturelle. Paris: Armand Collin.
Lévi-Strauss, C. (1980). Raça e História. Lisboa: Editorial Presença.
Lipovetsky, G. (1988). A Era do Vazio. Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo. Lisboa: Relógio de Água.
Nunes, A. (1994). Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa: Editorial Presença.
Perotti, A. (1997). Apologia do Intercultural. Lisboa: Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural – Ministério da Educação.
Souta, L. (1997). Multiculturalidade e Educação. Porto: Profedições.
Curso de Ciências da Comunicação
I – INTRODUÇÃO
A disciplina pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do licenciado em Ciências da Comunicação, com vista à valorização do seu desempenho profissional no seio da sociedade.
II – OBJECTIVOS GERAIS
Num mundo cada vez mais multicultural, a disciplina deve contribuir para a assunção de conhecimentos, competências, atitudes e valores do aluno, enquanto cidadão envolvido numa teia permanente de relações interculturais.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Entender a complexidade da organização social, enquanto teia de aproximações e afastamentos culturais baseados em factores identitários.
2. Comprender os conceitos relativos à cultura, nos campos da identidade, conflito, domínio, etc.
3. Conhecer os actuais mecanismos relativos à mobilidade social e cultural, como pretexto das problemáticas da marginalização e da exclusão.
4. Entender as características do multiculturalismo actual, como resultado da construção social intra e interétnica.
5. Comprender os princípios de uma educação para a interculturalidade.
6. Conhecer práticas diferenciadas de educação e de comunicação intercultural.
IV – CONTEÚDOS
1. Organização social
1.1. Culturas dominantes e culturas dominadas
1.2. Processos de interacção social
1.3. Génese dos conflitos e da anomia
2.Raça, etnicidade e multiculturalismo
2.1. Conceitos de raça, etnia e cultura
2.2. Racismo, xenofobia, etnocentrismo e nacionalismos
2.3. Migrações, marginalização, minorias e exclusão social
3.Estratégias e integração de grupos
3.1. Identidades e relações culturais
3.2. Construção do conhecimento intra e interétnico
3.3. Comunicação multicultural e intercultural
3.4. Educação intercultural: conceitos e valores
4. Experiências de educação e de comunicação intercultural (conteúdo transversal).
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos e visitas a experiências relativas aos conteúdos da disciplina, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Fóruns de debate de comunicações e intervenções dos alunos.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa. São considerados elementos de avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas e em auto-formação– 30%;
b) Trabalho de grupo sobre conteúdos do programa, a apresentar em formato livre– 40% (ver notas da Calendarização);
c) Comunicação ou intervenção individual em fórum – 30% (ver notas da Calendarização).
Notas:
(1) Os grupos de trabalho são constituidos por 3 a 5 alunos cada. Antes da apresentação do trabalho, cada grupo deve apresentar um Resumo de uma página contendo: tema, objectivos, sinopse/guião e plano da apresentação. Os resumos devem ser entregues até 9/11. A calendarização dos trabalhos de grupo será apresentada até 16/11. Cada grupo dispõe de 60 minutos para apresentação.
(2) Cada aluno deve preparar uma comunicação ou intervenção para apresentar no fórum. Até 30/11, deve ser entregue ao docente um Sumário de meia página, contendo os principais tópicos da mesma. A calendarização dos fóruns será apresentada até 7/12. Cada comunicação ou intervenção apresentada não poderá exceder os 5 minutos.
Os Resumos e Sumários referidos acima podem ser entregues: em mão, deixados no cacifo 47 ou enviados para o E-mail do docente.
BIBLIOGRAFIA
Berger, P. & Luckman, T. (1999). A Construção Social da Realidade. Um Livro Sobre a Sociologia do Conhecimento. Lisboa: Dinalivro [1966].
Bourdieu, P. (2001). O Poder Simbólico. Lisboa: Difel.
Cardoso, C. (1996). Educação Multicultural. Percursos para Práticas Reflexivas. Lisboa: Texto Editora.
Carmo, H. (Coord.). (1996). Exclusão Social. Rotas de Intervenção. Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Cortesão, L. & Pacheco, N. (1991). O Conceito de Educação Intercultural. Interculturalismo e Realidade Portuguesa. In revista Inovação, volume 4, nº 2-3, pp. 33-44. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Cuche, D. (1999). A Noção de Cultura nas Ciências Sociais. Lisboa: Fim de Século Edições.
Giddens, A. (1997). Modernidade e Identidade Pessoal. Oeiras: Celta Editora.
Horton, P. & Hunt, C. (1981). Sociologia. São Paulo: McGraw-Hill.
Ladmiral, J-R. & Lipiansky, E. (1989). La Communication Interculturelle. Paris: Armand Collin.
Lévi-Strauss, C. (1980). Raça e História. Lisboa: Editorial Presença.
Lipovetsky, G. (1988). A Era do Vazio. Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo. Lisboa: Relógio de Água.
Nunes, A. (1994). Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa: Editorial Presença.
Perotti, A. (1997). Apologia do Intercultural. Lisboa: Secretariado Coordenador dos Programas de Educação Multicultural – Ministério da Educação.
Souta, L. (1997). Multiculturalidade e Educação. Porto: Profedições.
sábado, julho 30, 2005
Sobre João de Deus e «O Aldeão»
Uma investigação sobre o Grupo Folclórico de Alte, leva-me a procurar fontes de referência a práticas musicais e coreográficas, na mesma aldeia, antes da fundação do Grupo em 1938. Uma das fontes mais importantes é o jornal «O Aldeão», dirigido por João de Deus e editado, entre 1912 e 1913, na aldeia de Alte. Ao pesquisar os arquivos da Junta de Freguesia local verifiquei, mais uma vez, que o jornal «O Aldeão» não é conhecido. Na Junta apenas existe o «Folha de Alte», periódico dirigido por Graça Mira (antigo secretário de João de Deus em «O Aldeão»), entre os anos 1922 e 1934.
Como sem conhecimento não há memória, tempo, talvez, para o Arquivo Histórico da Câmara de Loulé disponibilizar, aos altenses, cópias dos 28 números do seu primeiro jornal. Em debate sobre o tema, a Divisão de Cultura promete colocar no futuro Pólo Museológico de Alte, um conjunto de microfilmes do jornal. Melhor ainda.
Mais tarde, falando com a Dona Lourdes Madeira, directora do actual jornal altense «Ecos da Serra», respondo à sua pergunta sobre se conhecia «O Aldeão» e sobre se João de Deus teria estudos. Lembro que sim, que João de Deus foi seminarista em Faro, que era culto e escrevia bem, que criou à volta dele uma plêiade de jovens republicanos, escrevinhadores no jornal, entre os quais Graça Mira, mais tarde fundador da Folha. Recordo-lhe que, várias vezes, «O Aldeão» noticiou os célebres bailes do Centro Republicano, que duravam até alta madrugada e eram abrilhantados pelo gramofone de José Francisco da Encarnação Madeira, pai da minha interlocutora, da D. Lourdes exactamente. Perguntei-lhe por que razão João de Deus não era reconhecido em Alte, não tinha o seu nome numa rua da aldeia, por exemplo, e a senhora disse-me que ele era muito crítico, falava mal de todos. Compreendo que a ausência de consensualidade não ajudou João de Deus a obter, na sua terra, a devida recompensa por ter ajudado a fundar um Centro Escolar e Republicano que foi uma verdadeira escola política e cultural da aldeia.
Mais tarde, quando retorno ao arquivo da Junta de Freguesia, encontro o livro de inscrições de sócios do referido Centro Republicano. Entusiasmo-me, mas resolvo deixar para outro dia a pesquisa dos nomes dos sócios. A paixão nem sempre é boa conselheira. Mas outra novidade ainda me esperava. Quando volto a falar com D. Lourdes sobre Graça Mira ela diz-me que ele se suicidara, em Alte, no dia 1 de Maio de 1936, “escolhendo” um dia em que a aldeia estava cheia de visitantes. Dia fatídico este.
Como sem conhecimento não há memória, tempo, talvez, para o Arquivo Histórico da Câmara de Loulé disponibilizar, aos altenses, cópias dos 28 números do seu primeiro jornal. Em debate sobre o tema, a Divisão de Cultura promete colocar no futuro Pólo Museológico de Alte, um conjunto de microfilmes do jornal. Melhor ainda.
Mais tarde, falando com a Dona Lourdes Madeira, directora do actual jornal altense «Ecos da Serra», respondo à sua pergunta sobre se conhecia «O Aldeão» e sobre se João de Deus teria estudos. Lembro que sim, que João de Deus foi seminarista em Faro, que era culto e escrevia bem, que criou à volta dele uma plêiade de jovens republicanos, escrevinhadores no jornal, entre os quais Graça Mira, mais tarde fundador da Folha. Recordo-lhe que, várias vezes, «O Aldeão» noticiou os célebres bailes do Centro Republicano, que duravam até alta madrugada e eram abrilhantados pelo gramofone de José Francisco da Encarnação Madeira, pai da minha interlocutora, da D. Lourdes exactamente. Perguntei-lhe por que razão João de Deus não era reconhecido em Alte, não tinha o seu nome numa rua da aldeia, por exemplo, e a senhora disse-me que ele era muito crítico, falava mal de todos. Compreendo que a ausência de consensualidade não ajudou João de Deus a obter, na sua terra, a devida recompensa por ter ajudado a fundar um Centro Escolar e Republicano que foi uma verdadeira escola política e cultural da aldeia.
Mais tarde, quando retorno ao arquivo da Junta de Freguesia, encontro o livro de inscrições de sócios do referido Centro Republicano. Entusiasmo-me, mas resolvo deixar para outro dia a pesquisa dos nomes dos sócios. A paixão nem sempre é boa conselheira. Mas outra novidade ainda me esperava. Quando volto a falar com D. Lourdes sobre Graça Mira ela diz-me que ele se suicidara, em Alte, no dia 1 de Maio de 1936, “escolhendo” um dia em que a aldeia estava cheia de visitantes. Dia fatídico este.
*
[pode também ler esta minha crónica no jornal «barlavento» online. É só clicar na palavra sublinhada]
domingo, julho 17, 2005
A ler
Vital Moreira disponibiliza, no Aba da Causa, a sua coluna no Público de terça, sobre a escola pública.
Ler também o texto, a propósito, do professor Vasconcelos Costa.
segunda-feira, julho 11, 2005
quinta-feira, julho 07, 2005
Mudanças
Caros/as alunos/as e leitores:
mudei o template do blogue para o tornar mais legível e eficaz. Coloquei vários linques para os sites da Universidade, da Escola, de cursos, de alguns blogues e páginas pessoais. Ainda disponibilizo linques para a biblioteca online e os serviços académicos.
Mais tarde acrescentarei revistas, outros blogues e páginas de interesse.
segunda-feira, julho 04, 2005
2º EIC: Seminário
Avaliação final de Seminário de Observação:
SÓNIA MARIA DIAS ESPADANAL PIRRA -14
BRUNO SÉRGIO RAMOS PIRES -11
SANDRA ISABEL DA PALMA SOARES MARTINS - 15
EUNICE GOMES LOPES -15
NEUZA MARGARIDA DA CRUZ DE JESUS - 14
JOSÉ MIGUEL CANANÃO DE CARVALHO RIBEIRO DE HORTA -15
MANUELZINHO DOS REIS LEITE - 13
ADOSINDA MARIA JORGE VENTURA ALEXANDRE - 14
ANA CARINA LEMOS ARTUR - 16
ANA LUÍSA FILIPE GUERREIRO - 15
ANA MARGARIDA NEVES BENTO - 15
ANA RITA DOS SANTOS FORTUNATO - 16
ANA RITA PEREIRA PIRES FERNANDES FERRO -14
CARINA MARLENE GOMES CAMACHO - 14
CÁTIA ANDREIA SANTOS DE ALMEIDA NEVADO - 15
DANIELA DE SOUSA MAGRO GONÇALVES - 15
INÊS DA SILVA MENDONÇA - 15
INÊS FILIPA HENRIQUETA GOMES -14
INÊS ISABEL DIAS RODRIGUES - 14
ISA MARINA DE SOUSA MARIANO - 14
LILIANA ANDREIA TAVARES MAGUEIJO - 14
MARTA SOFIA FERREIRA COELHO - 14
MÓNICA SOFIA NOGUEIRA JEREMIAS - 14
NATACHA HENRIQUE TAVARES - 15
RABECA SARA MOXEY TAVARES DE OLIVEIRA - 13
RITA PERES BECKMAN - 15
ROSSANA AZEVEDO ANTUNES - 15
SARA ALEXANDRA MARTINHO BATISTA - 17
SÍLVIA DE OLIVEIRA NOBRE SEIXAS - 14
VANESSA NINA SILVA PALMA - 15
VÂNIA MARIA DO NASCIMENTO SERRANO - 14
ANA GABRIELA HENRIQUES FONSECA SILVA - 16
ALEXANDRA RESENDE FERREIRA - 15
ANA SOFIA TRINDADE SABÓIA - 15
JOANA CARLOTA JUSTINO FERNANDO - 15
MARIA FERNANDA DUQUE OLIVEIRA - 14
MARÍLIA DAVID ALVES CORTIÇO - 15
SÓNIA MARIA DIAS ESPADANAL PIRRA -14
BRUNO SÉRGIO RAMOS PIRES -11
SANDRA ISABEL DA PALMA SOARES MARTINS - 15
EUNICE GOMES LOPES -15
NEUZA MARGARIDA DA CRUZ DE JESUS - 14
JOSÉ MIGUEL CANANÃO DE CARVALHO RIBEIRO DE HORTA -15
MANUELZINHO DOS REIS LEITE - 13
ADOSINDA MARIA JORGE VENTURA ALEXANDRE - 14
ANA CARINA LEMOS ARTUR - 16
ANA LUÍSA FILIPE GUERREIRO - 15
ANA MARGARIDA NEVES BENTO - 15
ANA RITA DOS SANTOS FORTUNATO - 16
ANA RITA PEREIRA PIRES FERNANDES FERRO -14
CARINA MARLENE GOMES CAMACHO - 14
CÁTIA ANDREIA SANTOS DE ALMEIDA NEVADO - 15
DANIELA DE SOUSA MAGRO GONÇALVES - 15
INÊS DA SILVA MENDONÇA - 15
INÊS FILIPA HENRIQUETA GOMES -14
INÊS ISABEL DIAS RODRIGUES - 14
ISA MARINA DE SOUSA MARIANO - 14
LILIANA ANDREIA TAVARES MAGUEIJO - 14
MARTA SOFIA FERREIRA COELHO - 14
MÓNICA SOFIA NOGUEIRA JEREMIAS - 14
NATACHA HENRIQUE TAVARES - 15
RABECA SARA MOXEY TAVARES DE OLIVEIRA - 13
RITA PERES BECKMAN - 15
ROSSANA AZEVEDO ANTUNES - 15
SARA ALEXANDRA MARTINHO BATISTA - 17
SÍLVIA DE OLIVEIRA NOBRE SEIXAS - 14
VANESSA NINA SILVA PALMA - 15
VÂNIA MARIA DO NASCIMENTO SERRANO - 14
ANA GABRIELA HENRIQUES FONSECA SILVA - 16
ALEXANDRA RESENDE FERREIRA - 15
ANA SOFIA TRINDADE SABÓIA - 15
JOANA CARLOTA JUSTINO FERNANDO - 15
MARIA FERNANDA DUQUE OLIVEIRA - 14
MARÍLIA DAVID ALVES CORTIÇO - 15
quarta-feira, junho 29, 2005
4º EIC- Avaliação de PIP
Avaliação Final de Projecto de Inserção Profissional:
Susana Martins – 15
Telma Sousa -14
Sílvia Vieitas – 13
Jorge Ervideira – 15
Cátia Gomes – 14
Anabela Guerreiro – 14
Telma Vítor – 17
Elisabete David – 13
Ana Moreira – 16
Carla Sousa – 15
Sara Duarte – 16
Patrícia Machadinho – 16
Linda Vieira- 16
Carina Dias – 16
Patrícia Carolino – 16
Ana Brito – 15
Vera Afonso – 17
Nuno Martins – 14
Helena Rodrigues – 15
Cátia Oliveira – 16
Inga Neves – 14
Soraia Morais – 17
Andreia Cordeiro – 12
Ana Sousa – 17
Isabel Lopes – 14
Isabel Vilaça – 16
Patrícia Branquinho – 14
Marina Machado – 17
Nuno Murta – 14
Sofia Albuquerque – 16
Susana Martins – 15
Telma Sousa -14
Sílvia Vieitas – 13
Jorge Ervideira – 15
Cátia Gomes – 14
Anabela Guerreiro – 14
Telma Vítor – 17
Elisabete David – 13
Ana Moreira – 16
Carla Sousa – 15
Sara Duarte – 16
Patrícia Machadinho – 16
Linda Vieira- 16
Carina Dias – 16
Patrícia Carolino – 16
Ana Brito – 15
Vera Afonso – 17
Nuno Martins – 14
Helena Rodrigues – 15
Cátia Oliveira – 16
Inga Neves – 14
Soraia Morais – 17
Andreia Cordeiro – 12
Ana Sousa – 17
Isabel Lopes – 14
Isabel Vilaça – 16
Patrícia Branquinho – 14
Marina Machado – 17
Nuno Murta – 14
Sofia Albuquerque – 16
terça-feira, junho 21, 2005
O "arrastão"
Devo, desde já, dizer que acho as palavras de António Capucho, presidente da Câmara de Cascais, representativas de uma atitude rasteira a rasar a xenofobia. E não me venham com as tagarelices securitárias de um polícia para cada cidadão e de que se deve atacar as consequências sem pensar nas causas. Este tipo de problemáticas são endémicas das sociedades desenvolvidas. Se as querem têm que se sujeitar; ou não vêem as reportagens diárias dos EUA. Pior, ainda, são as manipulações mediáticas sobre o descalabro do turismo, assustado com os “arrastões”. No Rio de Janeiro é o pão nosso de cada dia e o turismo cai lá todos os dias, incluindo em Fortaleza. Lembram-se do que se passou lá há uns anos? Mas não há um raio de um sociólogo ou de um antropólogo que venha à televisão dar a cara para falar sobre a progressiva criação e legitimação de guettos de minorias étnicas, desempregadas, ostracizadas e ilegalizadas que potenciam estes mecanismos sórdidos de violência.?
Quem, depois, viu as imagens da manifestação da extrema direita, com saudações nazis, encenações de perseguições a negros “ladrões” e vivas a Portugal, percebe o quanto a xenofobia instalada na análise do já célebre “arrastão”, lhe abriu o caminho. Foram as indigências jornalísticas sobre o que se passou na praia de Carcavelos, as declarações do presidente Capucho e depois as aleivosias discriminatórias do PP no Parlamento que lavraram o campo para a sementeira da pseudo-manifestação contra a criminalidade, montada pelo Frente Nacional e pelo Partido Renovador. E há muito mais gente com culpa no cartório.
sábado, junho 18, 2005
1º EIC: Trabalho II
Notas dos Trabalhos de Grupo (II) *
Alcance = 14
Casa do Povo de Alte = 17
UTL de Vila R. SA. = 11
Fundação A. Aleixo = 13
NECI = 15
AIE Cortiça = 14
ACASO = 14
Casa do Povo de SB Messines = 16
Casa da Criança = 16
GRATO = 15
* média do trabalho escrito (60%) e da apresentação oral (40%).
Alcance = 14
Casa do Povo de Alte = 17
UTL de Vila R. SA. = 11
Fundação A. Aleixo = 13
NECI = 15
AIE Cortiça = 14
ACASO = 14
Casa do Povo de SB Messines = 16
Casa da Criança = 16
GRATO = 15
Grupo da Amizade = 16
GA Juventude = 13* média do trabalho escrito (60%) e da apresentação oral (40%).
quinta-feira, junho 16, 2005
4º EIC: PIP-Workshop de Projectos
Negociação de Projectos – Avaliação*
Entre-Culturas = 12
AnimAlgarve = 12
Animaquieali = 14
Academia do Tempo Activo = 14
Tradições Orais Albufeira = 12
Casa Amiga = 14
Gabinete Móvel de Apoio ao Idoso = 15
AnimaLar = 14
Espaço de Tempos Livres = 11
Projecto de Intervenção Precoce = 13
Gabinete de Apoio aos Imigrantes = 12
A Memória das Árvores = 12
Círculo Comunitário = 13
Todos a Bordo = 14
Gabinete de Apoio ao Associativismo = 12
Gabinete de Intervenção Comunitária = 12
Projecto Ambiente Saudável = 11
Animação para Lar de Idosos = 11
Profissões Artesanais em Paderne = 14
Viver o Centro de Dia Âncora = 13
* [Valor de 40% na nota final do projecto]
Entre-Culturas = 12
AnimAlgarve = 12
Animaquieali = 14
Academia do Tempo Activo = 14
Tradições Orais Albufeira = 12
Casa Amiga = 14
Gabinete Móvel de Apoio ao Idoso = 15
AnimaLar = 14
Espaço de Tempos Livres = 11
Projecto de Intervenção Precoce = 13
Gabinete de Apoio aos Imigrantes = 12
A Memória das Árvores = 12
Círculo Comunitário = 13
Todos a Bordo = 14
Gabinete de Apoio ao Associativismo = 12
Gabinete de Intervenção Comunitária = 12
Projecto Ambiente Saudável = 11
Animação para Lar de Idosos = 11
Profissões Artesanais em Paderne = 14
Viver o Centro de Dia Âncora = 13
* [Valor de 40% na nota final do projecto]
terça-feira, junho 14, 2005
sexta-feira, junho 10, 2005
1º EIC: Notas do Trabalho I
Notas dos Trabalhos de Grupo I - Catálogo de Agentes Individuais e Colectivos do Algarve:
Grupos:
Loulé-Sul = 14
Silves = 13
Olhão/Tavira = 13
S. Brás = 12
Faro = 15
Aljezur/Vila do Bispo = 15
Alcoutim = 15
Lagos/Monchique = 16
Loulé-Norte = 15
Albufeira/Lagoa = 13
Portimão = 16
VRSA/Castro Marim = 14
Grupos:
Loulé-Sul = 14
Silves = 13
Olhão/Tavira = 13
S. Brás = 12
Faro = 15
Aljezur/Vila do Bispo = 15
Alcoutim = 15
Lagos/Monchique = 16
Loulé-Norte = 15
Albufeira/Lagoa = 13
Portimão = 16
VRSA/Castro Marim = 14
quarta-feira, junho 08, 2005
Às segundas nas aulas
Deixo-vos o link para um texto meu sobre as segundas-feiras do meu contentamento, no qual se fala de aulas e de televisão.
segunda-feira, junho 06, 2005
Workshop de Projectos
Negociação de Projectos – Ordem de entrada
Gabinete A – Estado (Luís Ferreira, dirigente da Associação In Loco):
Telma/Patrícia Carolino; Sílvia; Helena/Jorge/Cátia Gomes; Inga/Anabela; Telma; Ana/Cátia Oliveira; Linda/Patrícia Machadinho; Vera; Nuno Martins; Alexandra; Isabel Lopes; Patrícia Branquinho; Murta; Sofia.
Gabinete B – Administração Local (Dora Eusébio, técnica da Câmara M. de S. Brás de Alportel):
Ana Rita/Susana; Andreia/Elisabete; Ana Rita/Carla; Sara; Carina/Soraia; Alexandra; Marina; Murta; Telma/Patrícia Carolino; Sílvia; Inga/Anabela; Telma Sousa; Vera.
Gabinete C – Estruturas Associativas (Joaquim Mealha Costa, membro de diversas associações e técnico da Câmara M. de Loulé):
Ana/Cátia Oliveira; Linda/Patrícia Machadinho; Nuno Martins; Isabel Lopes; Patrícia Branquinho; Sofia; Ana Rita/Susana; Helena/Jorge/Cátia Gomes; Andreia/Elisabete; Ana Rita/Carla; Sara; Carina/Soraia; Marina.
Gabinete A – Estado (Luís Ferreira, dirigente da Associação In Loco):
Telma/Patrícia Carolino; Sílvia; Helena/Jorge/Cátia Gomes; Inga/Anabela; Telma; Ana/Cátia Oliveira; Linda/Patrícia Machadinho; Vera; Nuno Martins; Alexandra; Isabel Lopes; Patrícia Branquinho; Murta; Sofia.
Gabinete B – Administração Local (Dora Eusébio, técnica da Câmara M. de S. Brás de Alportel):
Ana Rita/Susana; Andreia/Elisabete; Ana Rita/Carla; Sara; Carina/Soraia; Alexandra; Marina; Murta; Telma/Patrícia Carolino; Sílvia; Inga/Anabela; Telma Sousa; Vera.
Gabinete C – Estruturas Associativas (Joaquim Mealha Costa, membro de diversas associações e técnico da Câmara M. de Loulé):
Ana/Cátia Oliveira; Linda/Patrícia Machadinho; Nuno Martins; Isabel Lopes; Patrícia Branquinho; Sofia; Ana Rita/Susana; Helena/Jorge/Cátia Gomes; Andreia/Elisabete; Ana Rita/Carla; Sara; Carina/Soraia; Marina.
sexta-feira, junho 03, 2005
1º EIC: Notas da Recensão Crítica
SUSANA DOS REIS BRITO -13
MARIA DA CONCEIÇÃO ISIDORO SOARES LOURENÇO - 14
MARTA GOMES DOS SANTOS ALMEIDA -15
ANDREIA CRISTINA MADALENO MONTEIRO - 12
MARIA ISABEL FILIPE RAPOSO - 12.5
VÂNIA DIAS MARTINS - 15
JOANA MARGARIDA DE SOUSA SILVA - 11
ANA LÚCIA ANDRADE COSTA - 15
ANA MARGARIDA NASCIMENTO BENTO MARTINS - 14
ANDREIA PEDRO JORGE – 14.5
CELINA SANCHES RAMOS – 14.5
CLARA MARIA MARQUES MOREIRA – 14.5
CLÁUDIA ISABEL PUGA RAMOS - 14
DÉBORA DA CRUZ BARROTE - 12
EDUARDA MARIA GUERREIRO PENAS - 14
FILIPA ALEXANDRA MACHADO NEVES DE AZEVEDO – 16.5
FILIPA ALEXANDRA SOARES NUNES GUERREIRO – 10.5
FILIPA ISABEL MARTINS BELCHIOR - 15
ISA ROMANA MORGADO RODRIGUES BRITO – 13.5
LILIANA DOS SANTOS LOPES - 11
LUCIANA RODRIGUES FURTADO - 16
MARIA MARGARIDA RENDA CORREIA PAULINO - 15
MARISA SOFIA COELHO DA PALMA – 14.5
MARTA ALEXANDRA CANDEIAS DOS REIS – 13.5
MÓNICA SOFIA GONÇALVES ROCHETA – 15.5
NATÉRCIA ISABEL GUERREIRO AFONSO - 14
RICARDO FILIPE DOS SANTOS ALVES - 12
SARA MARIA AFONSO PEDROSO LIZ RODRIGUES – 13.5
SHENNEN EIRA HANNA AUST - 16
SÍLVIA ALEXANDRA CANADAS DE LIMA - 12
SUSANA ISABEL PEDRO MENDES – 13.5
TÂNIA SOFIA CORREIA VIEGAS - 14
TÂNIA VALENTINA HENRI RODRIGUES – 12.5
VERA MÓNICA GUERREIRO GRAÇA - 10
ALEXANDRA CRISTINA FERREIRA DAS NEVES - 11
ANDREIA JOÃO MACHADO RAPOSO – 13.5
BRUNA PEREIRA VICENTE – 14.5
CARLA SOFIA MADEIRA RODRIGUES -14.5
SANDRA PAULA METELO SILVA -14
MARIA DA CONCEIÇÃO ISIDORO SOARES LOURENÇO - 14
MARTA GOMES DOS SANTOS ALMEIDA -15
ANDREIA CRISTINA MADALENO MONTEIRO - 12
MARIA ISABEL FILIPE RAPOSO - 12.5
VÂNIA DIAS MARTINS - 15
JOANA MARGARIDA DE SOUSA SILVA - 11
ANA LÚCIA ANDRADE COSTA - 15
ANA MARGARIDA NASCIMENTO BENTO MARTINS - 14
ANDREIA PEDRO JORGE – 14.5
CELINA SANCHES RAMOS – 14.5
CLARA MARIA MARQUES MOREIRA – 14.5
CLÁUDIA ISABEL PUGA RAMOS - 14
DÉBORA DA CRUZ BARROTE - 12
EDUARDA MARIA GUERREIRO PENAS - 14
FILIPA ALEXANDRA MACHADO NEVES DE AZEVEDO – 16.5
FILIPA ALEXANDRA SOARES NUNES GUERREIRO – 10.5
FILIPA ISABEL MARTINS BELCHIOR - 15
ISA ROMANA MORGADO RODRIGUES BRITO – 13.5
LILIANA DOS SANTOS LOPES - 11
LUCIANA RODRIGUES FURTADO - 16
MARIA MARGARIDA RENDA CORREIA PAULINO - 15
MARISA SOFIA COELHO DA PALMA – 14.5
MARTA ALEXANDRA CANDEIAS DOS REIS – 13.5
MÓNICA SOFIA GONÇALVES ROCHETA – 15.5
NATÉRCIA ISABEL GUERREIRO AFONSO - 14
RICARDO FILIPE DOS SANTOS ALVES - 12
SARA MARIA AFONSO PEDROSO LIZ RODRIGUES – 13.5
SHENNEN EIRA HANNA AUST - 16
SÍLVIA ALEXANDRA CANADAS DE LIMA - 12
SUSANA ISABEL PEDRO MENDES – 13.5
TÂNIA SOFIA CORREIA VIEGAS - 14
TÂNIA VALENTINA HENRI RODRIGUES – 12.5
VERA MÓNICA GUERREIRO GRAÇA - 10
ALEXANDRA CRISTINA FERREIRA DAS NEVES - 11
ANDREIA JOÃO MACHADO RAPOSO – 13.5
BRUNA PEREIRA VICENTE – 14.5
CARLA SOFIA MADEIRA RODRIGUES -14.5
SANDRA PAULA METELO SILVA -14
quarta-feira, maio 25, 2005
Workshop de PIP-4ºEIC
WORKSHOP DE NEGOCIAÇÃO DE PROJECTOS
(Projecto de Inserção Profissional-4ºEIC)
COMPLEXO PEDAGÓGICO DA PENHA – HALL DO 1º ANDAR
Quinta-Feira, 9 de Junho de 2005, 9 horas
MEMORANDO
1. Os projectos devem ter um máximo de 5 (cinco) páginas (Times, 12 a 1,5 espaços), contendo: título; território de intervenção; fundamentação; objectivos; plano de actividades; plano de recursos; entidades financiadoras; formas de avaliação. Em anexo deve constar o(s) curriculum(ns) vitae do(s) promotor(es), com um máximo de uma página.
2. Os projectos devem ser entregues por Email (hraimund@ualg.pt), até dia 31 de Maio, sem falta.
3. Os autores dos projectos devem comparecer no Workshop às 9 horas, aguardando no hall do 1º andar do Complexo Pedagógico.
4. Cada projecto irá a negociação em pelo menos dois dos gabinetes de negociadores, de acordo com a temática do mesmo (Estado; autarquias; IPSS’s). Os gabinetes dos negociadores estarão instalados em salas a designar.
5. A ordem de chamada será dada de acordo com o calendário estabelecido na altura.
6. Cada projecto dispõe de 10 minutos em cada gabinete, podendo ser 5 minutos para apresentação e cinco minutos para negociação.
7. Na negociação, os autores dos projectos podem apresentar o projecto completo se o tiverem ou julgarem importante.
8. De cada negociação será efectuado um registo de avaliação do projecto escrito e da respectiva negociação.
9. A avaliação deste parâmetro será da responsabilidade dos negociadores.
10. Qualquer problema ou dúvida será resolvido pelo coordenador do Workshop e docente da disciplina.
(Projecto de Inserção Profissional-4ºEIC)
COMPLEXO PEDAGÓGICO DA PENHA – HALL DO 1º ANDAR
Quinta-Feira, 9 de Junho de 2005, 9 horas
MEMORANDO
1. Os projectos devem ter um máximo de 5 (cinco) páginas (Times, 12 a 1,5 espaços), contendo: título; território de intervenção; fundamentação; objectivos; plano de actividades; plano de recursos; entidades financiadoras; formas de avaliação. Em anexo deve constar o(s) curriculum(ns) vitae do(s) promotor(es), com um máximo de uma página.
2. Os projectos devem ser entregues por Email (hraimund@ualg.pt), até dia 31 de Maio, sem falta.
3. Os autores dos projectos devem comparecer no Workshop às 9 horas, aguardando no hall do 1º andar do Complexo Pedagógico.
4. Cada projecto irá a negociação em pelo menos dois dos gabinetes de negociadores, de acordo com a temática do mesmo (Estado; autarquias; IPSS’s). Os gabinetes dos negociadores estarão instalados em salas a designar.
5. A ordem de chamada será dada de acordo com o calendário estabelecido na altura.
6. Cada projecto dispõe de 10 minutos em cada gabinete, podendo ser 5 minutos para apresentação e cinco minutos para negociação.
7. Na negociação, os autores dos projectos podem apresentar o projecto completo se o tiverem ou julgarem importante.
8. De cada negociação será efectuado um registo de avaliação do projecto escrito e da respectiva negociação.
9. A avaliação deste parâmetro será da responsabilidade dos negociadores.
10. Qualquer problema ou dúvida será resolvido pelo coordenador do Workshop e docente da disciplina.
sábado, maio 07, 2005
Atenção, licenciados em EIC
O GRATO (Grupo de Ajuda a Toxicodependentes), de Portimão, pretende contratar um (1) licenciado em Educação e Intervenção Comunitária, para trabalhar no acompanhamento de famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção. Os interessados devem mandar Curriculum Vitae para: GRATO, Avenida Guarané (Pavilhão), 8500-507 Portimão. O que é que esperas?
[ver notícia no «barlavento» de 5 de Maio, p. 2]
sexta-feira, maio 06, 2005
Parabéns a Letícia
Letícia Quintal, licenciada em Educação e Intervenção Comunitária, acaba de ganhar o Prémio (anual) da Fundação Jack Petchey para o melhor líder juvenil no trabalho com jovens. A Letícia, que actualmente desenvolve o seu estágio profissional na Santa Casa da Misericórida de Albufeira, foi distinguida pelo seu trabalho com jovens em risco do Lar “A Gaivota”, uma das valências da entidade. O seu trabalho premiado consiste no projecto de desenvolvimento educativo dos jovens (entre 12 e 19 anos), a partir da criação de um grupo de dança étnica, assente nas danças da chuva dos índios da Amazónia, do Brasil, e que apresenta uma coreografia musical intitulada “seca”. O prémio recebido, no valor de 1500 €, destina-se ao trabalho de desenvolvimento do projecto. Se a Letícia está de parabéns, é também motivo de orgulho para a instituição que contribuiu para a sua formação. Ler notícia aqui.
domingo, abril 24, 2005
Casamento do mesmo género
Não gostaria de deixar de falar da aprovação, pelo parlamento espanhol, da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo género. Falo em género, uma expressão mais moderna e menos discriminatória – hoje usada nas ciências sociais -, para colocar o acento tónico na personalidade e não só no elemento biológico de diferenciação (o sexo). Elemento este que é usado, quase sempre, pelos opositores da igualdade de direitos no casamento entre pessoas do mesmo género, para contrariar um simples contrato civil de conjugalidade. A Espanha, prova que caminha para uma sociedade cada vez mais moderna e civilizada, na qual se respeita a escolha e orientação sexuais dos cidadãos, sem coarctar as suas opções de vida. Em Portugal, ainda estamos na discussão sobre se se descriminaliza ou não a interrupção voluntária da gravidez, se os medicamentos sem receita médica se poderão vender fora do monopólio das farmácias, se os empresários devem ou não pagar as dívidas ao fisco e à segurança social. Um atraso que se acentua cada vez mais devido, em parte, às hesitações de um socialismo envergonhado e ainda tão marcado por um falso laicismo no poder de estado.
A propósito, aconselho a leitura dos interessantes posts do meu colega Miguel Vale de Almeida.
A propósito, aconselho a leitura dos interessantes posts do meu colega Miguel Vale de Almeida.
sábado, abril 02, 2005
A obra poética do ensino "superior"
A minha Escola, a Escola Superior de Educação de Faro, organizou um mural de homenagem ao poeta Eugénio de Andrade para comemorar o Dia Mundial da Poesia. Fê-lo no passado dia 31 de Março, já que no dia 21, o Dia, o tempo era de férias escolares. Coincidência, ou não, tinha acabado de escrever uma crónica sobre Eugénio, a propósito da edição de um livro em sua homenagem, que foi publicada em «A Voz de Loulé» de 15 de Março. Lá entreguei, à presidente do Conselho Pedagógico, uma fotocópia do jornal com a crónica, para ser afixada no mural. No próprio dia 31 de Março não a vi no mural afixado na entrada da Escola. Dando a volta pelos corredores, lá a vi colada noutro mural. Era a única contribuição, ainda presente, no papel cenário colocado na parede. A única, não! Por baixo do meu nome, a que se seguia a designação de professor da mesma escola, estava grafitado um desenho de um daqueles bonecos olherudos e de nariz espevitado, pintado a verde lagarto. No risco horizontal da boca, uma língua saía, provocante e desafiadora. Não sei quem deu este contributo poético tão característico do ensino “superior”.
quarta-feira, março 16, 2005
Cogito ergo sum
Tinha iniciado a aula com o 1º ano. A ideia era estudar o tema da educação comunitária, uma da formas mais interessantes da educação não formal, normalmente desenvolvida nas pequenas comunidades desfavorecidas de aprendizagens. Distribui pequenos textos de um capítulo do livro de Moaci Carneiro «Educação comunitária: faces e formas» que, em conjunto, constituem um capítulo do mesmo. Normalmente circulo pelos grupos a apoiar a leitura e o debate, pois neste caso o objectivo era desenvolver capacidades e atitudes relacionadas com a expressão oral e a comunicação. Porta-vozes dos grupos deslocam-se para os grupos com os números seguintes, para explicar o texto. Depois, é o grupo receptor que apresenta à turma os conceitos ou tópicos-chaves de cada texto que lhes foi comunicado. Um dos grupos pediu a minha ajuda, porque não percebia nada do que lia. Ó professor, já lemos três vezes e não entendemos nada! Pedi que me exemplificassem e disseram-me que não sabiam o que era “cogitar”. O autor do texto escreve com uma linguagem filosófica, às vezes hermética, mas “cogitar”, meu deus, simplesmente quer dizer pensar; nunca ouviram falar de Descartes, que falava “Cogito Ergo Sum” – penso, logo existo? Arregalaram-me os olhos de espanto, as três alunas, como se estivessem a olhar para um palácio das mil e uma noites. Como as perguntas eram muitas, sentei-me na mesa para ajudar na leitura do texto. E verifiquei a total ausência da compreensão escrita, o reduzido vocabulário expressivo, o desconhecimento da língua. Melhor seria ter um dicionário ao lado. Têm que ler com um dicionário, que eu depois explico o resto, a coerência frásica, o sentido das frases. Bom, no final, ao menos o grupo receptor deste texto usou as explicações dadas por mim às alunas, sinal de que assim o transmitiram.
Senti-me a explicar alguns conceitos ao meu filho, de sete anos, quando me bombardeia com o pedido de sinónimos e significados das novas palavras do seu dia.
Senti-me a explicar alguns conceitos ao meu filho, de sete anos, quando me bombardeia com o pedido de sinónimos e significados das novas palavras do seu dia.
sábado, março 12, 2005
Uma aula com recital
Quem é que recusa a possibilidade de trocar uma aula - nos tugúrios da sala, longe do sol da alma – por um recital de poesia, canto e teatro. Ninguém! Ontem, levei os meus alunos do 4º ano ao espectáculo da ACTA, na Escola Superior de Educação. Sentado no chão de madeira olhava-os, atentos e venerandos, bebendo as odes poéticas de Sophia, Régio, Pessoa, Camões, Almada, nas palavras do Jonas e da Tânia, excelentes, no corpo e na voz, na musicalidade e no olhar, triste o dela, exuberante o dele. E a guitarra, do velho Afonso Dias, ex-deputado (há tantos anos, meu velho) e hoje animador da companhia de teatro. Só falta o Fernando, a compor o ramalhete, mas distante, muito, dos seus colegas. Terá havido melhor maneira de levar os alunos a pensar na sua visão do mundo, tema de trabalho da aula de Projecto? Talvez não.
sábado, março 05, 2005
sexta-feira, março 04, 2005
Os sociólogos
Hoje, verifiquei o espanto dos meus alunos quando disse que Alan Touraine tinha feito uma tese sobre o seu local de trabalho enquanto trabalhava como operário na fábrica da Renault, em França. E que Pierre Bourdieu, outro sociólogo francês, tinha apoiado a Argélia na guerra contra o seu próprio país.
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
Programas das disciplinas
Os alunos de
Seminário: Agentes e Processos / Seminário: Observação de Contextos / Projecto de Inserção Profissional / e Seminário de Investigação podem consultar e copiar os respectivos programas das disciplinas clicando aqui (clicando depois no nome do curso).
Seminário: Agentes e Processos / Seminário: Observação de Contextos / Projecto de Inserção Profissional / e Seminário de Investigação podem consultar e copiar os respectivos programas das disciplinas clicando aqui (clicando depois no nome do curso).
domingo, fevereiro 20, 2005
Este blogue faz hoje um ano
Há um ano criei este blog, para servir de ponte entre mim e os meus alunos. Apesar do nome no template ter mudado, o actual blogue herda a casa anterior. Um segundo ano se abre à nosssa frente, a partir deste dia 20 de Fevereiro. Que belo dia, esperemos!
terça-feira, fevereiro 15, 2005
Uma escola modelo
A Escola da Vila das Aves, no Porto, é a primeira escola portuguesa a conquistar uma autonomia pedagógica perante o estado e em acordo assinado por este. A partir daqui a Escola da Ponte [ponte pedagógica entre alunos, professores e pais] pode contratar os seus próprios professores e manter vivo e dinâmico o seu sistema de ensino, assente nos pilares da participação cidadã das suas crianças e da democracia participativa entre a escola e os pais. Estranho é que, passados trinta anos da experiência, todas as outras escolas tenham os olhos fechados perante este exemplo e modelo de ensino eficaz e de educação moderna. A propósito deixo-vos um link para um texto do principal mentor da Escola, o professor José Pacheco.
sábado, fevereiro 12, 2005
Arquivo do "Contrasenso"
A partir de agora, os meus alunos podem ter acesso aos meus textos publicados na coluna “Contrasenso”, no jornal «A Voz de Loulé», desde 1 de Maio de 2003. A propósito da época comecei por disponibilizar o texto “O Entrudo e o Carnaval”, publicado em 1 de Março de 2004. Outros se seguirão, no blog “O Lobo das Estepes”, em homenagem ao grande livro de Hermann Hesse. Dessa forma se constituirá um arquivo virtual da coluna que, mais tarde, dará origem a uma edição em papel com textos seleccionados.
domingo, fevereiro 06, 2005
sábado, fevereiro 05, 2005
As estratégias de resistência nas comunidades
Os nossos alunos do 4º ano estão a iniciar agora as teses finais de licenciatura, a que antes chamámos monografias e que agora se designam de investigações. A propósito desse passo delicado e final - em que os alunos se confrontam com muitos estereótipos sobre as desgraças das comunidades, quase sempre veiculadas por posições amedrontadas -, lembro que é preciso dar atenção às estratégias de sobrevivência nas pequenas comunidades rurais ou piscatórias. E por isso mesmo, recordo aqui a conversa que tivemos com duas alunas, quando lá cumpri o ingrato papel de arguente na defesa de uma monografia do 4º ano de EIC, sobre a comunidade piscatória de Monte Gordo/Vila Real de Sto. António. O problema chave era o da inevitabilidade, ou não, do declínio das pescas na comunidade, em que se centravam duas opiniões: a primeira, das entidades públicas ou académicas – que referiam ser apenas um processo cíclico, como outros, noutras comunidades e noutros tempos históricos; a segunda, dos pescadores – que afirmavam a morte da actividade pesqueira a breve trecho. Claro que me parece ser a primeira ideia, uma ideia a considerar, fenómeno que não é avesso a processos idênticos nas comunidades rurais. De qualquer modo, a visão dos pescadores é uma visão de catástrofe, - como aliás deve ser, dado o impacto sobre as suas vidas – que pressiona o poder político a agir em defesa das pescas nacionais, num mundo cada vez mais globalizado [onde as águas também o são]. E mostra que eles estão atentos, como estiveram noutras ocasiões históricas, sabendo encontrar para o problema, as estratégias mais adequadas. Nos anos 60 viajaram até à costa barlaventina, sobretudo até à Meia Praia, em Lagos, ocupando um território e criando uma comunidade que ficou conhecida como “Os índios da Meia Praia”; depois do 25 de Abril de 74, com a construção de um bairro de casas de alvenaria, na época do boom turístico, passaram a arrendar sazonalmente as suas habitações, como forma de complemento económico da faina do mar. E agora? Agora, encontrarão outras respostas!!
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
Problemas actuais I: avaliação final
Disciplina: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA : PROBLEMAS ACTUAIS I
Ano Lectivo: 2004/2005 - Periodo: 1º Semestre
AVALIAÇÃO FINAL
15640 JESICA MARGARITA DIAS – sem elementos de avaliação
17309 SUSANA MARGARIDA LOPES MARTINS - 16
18224 TELMA FILIPA PINHEIRO E SOUSA - 13
19328 SÍLVIA CRISTINA SOUSA DE MELO VIEITAS - 13
19648 JORGE MANUEL CLARO ERVIDEIRA - 15
20607 CÁTIA CRISTINA VALÉRIO GOMES -14
20682 ANABELA LUZ SILVA GUERREIRO -14
20684 TELMA MARGARETE MARTINS VÍTOR - 15
21132 ELISABETE LEONOR FERREIRA DAVID -13
21280 ANA CRISTINA DA SILVA MOREIRA -15
21314 CARLA ALEXANDRA COELHO DE SOUSA - 15
21496 SARA MARIA DE JESUS DUARTE -15
21673 PATRÍCIA SOFIA ATAÍDE MACHADINHO -15
21674 LINDA DE JESUS CORREIA VIEIRA - 16
21675 CARINA DE SOUSA GONÇALVES DIAS -16
21676 PATRÍCIA ISABEL SANTOS CAROLINO -15
21677 ANA RITA HENRIQUE BRITO -15
21811 VERA MARGARIDA MADEIRA AFONSO -15
21812 NUNO FILIPE PEREIRA MARTINS -14
21814 HELENA ISABEL TEIXEIRA RODRIGUES - 14
21815 CÁTIA PATRÍCIA TEIXEIRA DE OLIVEIRA -15
22020 INGA MARTINS NEVES -14
22025 SORAIA SANTOS MORAIS -16
22084 ANDREIA SOFIA MARQUES CORDEIRO -13
22166 ANA RITA CRISTINA DE SOUSA -17
22229 ISABEL MARIA LACUEVA CARDOSO LOPES -14
22270 ISABEL ALEXANDRA FERNANDES VILAÇA -16
22428 PATRÍCIA MUGE BISCAIA BRANQUINHO -15
22528 MARINA SOFIA BAPTISTA MACHADO -15
[Nº total de alunos: 29]
Nota: os alunos podem consultar as ponderações no gabinete 88.
AVALIAÇÃO FINAL
15640 JESICA MARGARITA DIAS – sem elementos de avaliação
17309 SUSANA MARGARIDA LOPES MARTINS - 16
18224 TELMA FILIPA PINHEIRO E SOUSA - 13
19328 SÍLVIA CRISTINA SOUSA DE MELO VIEITAS - 13
19648 JORGE MANUEL CLARO ERVIDEIRA - 15
20607 CÁTIA CRISTINA VALÉRIO GOMES -14
20682 ANABELA LUZ SILVA GUERREIRO -14
20684 TELMA MARGARETE MARTINS VÍTOR - 15
21132 ELISABETE LEONOR FERREIRA DAVID -13
21280 ANA CRISTINA DA SILVA MOREIRA -15
21314 CARLA ALEXANDRA COELHO DE SOUSA - 15
21496 SARA MARIA DE JESUS DUARTE -15
21673 PATRÍCIA SOFIA ATAÍDE MACHADINHO -15
21674 LINDA DE JESUS CORREIA VIEIRA - 16
21675 CARINA DE SOUSA GONÇALVES DIAS -16
21676 PATRÍCIA ISABEL SANTOS CAROLINO -15
21677 ANA RITA HENRIQUE BRITO -15
21811 VERA MARGARIDA MADEIRA AFONSO -15
21812 NUNO FILIPE PEREIRA MARTINS -14
21814 HELENA ISABEL TEIXEIRA RODRIGUES - 14
21815 CÁTIA PATRÍCIA TEIXEIRA DE OLIVEIRA -15
22020 INGA MARTINS NEVES -14
22025 SORAIA SANTOS MORAIS -16
22084 ANDREIA SOFIA MARQUES CORDEIRO -13
22166 ANA RITA CRISTINA DE SOUSA -17
22229 ISABEL MARIA LACUEVA CARDOSO LOPES -14
22270 ISABEL ALEXANDRA FERNANDES VILAÇA -16
22428 PATRÍCIA MUGE BISCAIA BRANQUINHO -15
22528 MARINA SOFIA BAPTISTA MACHADO -15
[Nº total de alunos: 29]
Nota: os alunos podem consultar as ponderações no gabinete 88.
sexta-feira, janeiro 28, 2005
Um conto de Abril, no Brasil
«A malta rumou toda para a cidade e a manif foi engrossando, como o rio Arade nos tempos de chuva quando as águas barrentas trazem as laranjas de Silves, até chegar ao centro, passados cerca de 20 minutos. Acho que fomos todos correndo. A cidade estava cheia de pequenos comícios com conhecidos, os mais velhos dos democratas orando de varandas de advogados, o Cantos Linas, o Carolino, bem falantes e organizados. Mas o que a malta nova queria era dar cabo da sede da polícia política.». Pode ler, na íntegra, o meu conto “Trinta Anos Depois”, publicado na revista brasileira «Bestiário».
A MÃO INVISÍVEL DO MERCADO
[crónica publicada hoje no jornal «barlavento»; não disponível online]
No jornal «O Louletano», de 21 de dezembro passado, os comerciantes louletanos da ACRAL - em tempos natalícios de miséria de compras -, viraram as armas para os comerciantes oriundos da China, acusando-os de actividades comerciais eivadas de ilegalidades e sem vigilância. Até aqui, tudo bem, apesar de não serem apresentadas nenhumas provas. Só que a linguagem utilizada, é a manifestação latente de uma xenofobia que pode abrir caminho a discrimações intolerantes.
Pelo vistos o conceito de mercado (leia-se mercado livre para a concorrência entre produtos e empresas) só serve quando interessa aos próprios. Um sentido unívoco que a globalização económica e a mundialização da economia destruiu, extremando a concorrência desenfreada, a deslocalização das empresas e a exploração da mão de obra mais barata. Assim, tudo é possível e o mercado aberto tem destas coisas: a concorrência de produtos baratos a cento e cinquenta ou a trezentos, o uso da mão de obra familiar e a expansão do consumo popular. Ora é exactamente este consumismo que não quer saber das ameaças dos monstros das grandes superfícies que vendem tudo - e até o lazer do fim de semana – ou da beleza arcaica do contraste do comércio tradicional que já tem muito pouco, ou nada, da tradição. Há mais de duzentos anos, o economista Adam Smith criou o conceito célebre da “mão invisível” do mercado. Ora, esta mão invisível já não é a mão da ACRAL, nem a mão dos comerciantes oriundos da China. A mão, bem visível, é a do capitalismo globalizado e dos monopólios que o sustentam. Algo que os estados cada vez mais propiciam e aos quais se subjugam, na sua crescente gestão do estado mercantil. Por estes dias o presidente da nossa república esteve na China, isso mesmo, a dar uma mãozinha.
Mas a atitude perante os estrangeiros tem ainda este sentido: só nos interessam os que nos favorecem! Que venham jogadores de futebol para as lusas equipas, engrossar as contas de clubes SAD e trabalhadores para as empresariais obras, pois sim! Mas outros, que nos façam concorrência, nem pensar! Pois é, o Francis Obikwellu é um excelente paradigma: “é um preto nigeriano a trabalhar nas obras”; depois “é um português genuíno medalhado nas olimpíadas”. Anda aqui a “mão invisível” a criar estereótipos sobre os estrangeiros. Esterótipos perigosos.
No jornal «O Louletano», de 21 de dezembro passado, os comerciantes louletanos da ACRAL - em tempos natalícios de miséria de compras -, viraram as armas para os comerciantes oriundos da China, acusando-os de actividades comerciais eivadas de ilegalidades e sem vigilância. Até aqui, tudo bem, apesar de não serem apresentadas nenhumas provas. Só que a linguagem utilizada, é a manifestação latente de uma xenofobia que pode abrir caminho a discrimações intolerantes.
Pelo vistos o conceito de mercado (leia-se mercado livre para a concorrência entre produtos e empresas) só serve quando interessa aos próprios. Um sentido unívoco que a globalização económica e a mundialização da economia destruiu, extremando a concorrência desenfreada, a deslocalização das empresas e a exploração da mão de obra mais barata. Assim, tudo é possível e o mercado aberto tem destas coisas: a concorrência de produtos baratos a cento e cinquenta ou a trezentos, o uso da mão de obra familiar e a expansão do consumo popular. Ora é exactamente este consumismo que não quer saber das ameaças dos monstros das grandes superfícies que vendem tudo - e até o lazer do fim de semana – ou da beleza arcaica do contraste do comércio tradicional que já tem muito pouco, ou nada, da tradição. Há mais de duzentos anos, o economista Adam Smith criou o conceito célebre da “mão invisível” do mercado. Ora, esta mão invisível já não é a mão da ACRAL, nem a mão dos comerciantes oriundos da China. A mão, bem visível, é a do capitalismo globalizado e dos monopólios que o sustentam. Algo que os estados cada vez mais propiciam e aos quais se subjugam, na sua crescente gestão do estado mercantil. Por estes dias o presidente da nossa república esteve na China, isso mesmo, a dar uma mãozinha.
Mas a atitude perante os estrangeiros tem ainda este sentido: só nos interessam os que nos favorecem! Que venham jogadores de futebol para as lusas equipas, engrossar as contas de clubes SAD e trabalhadores para as empresariais obras, pois sim! Mas outros, que nos façam concorrência, nem pensar! Pois é, o Francis Obikwellu é um excelente paradigma: “é um preto nigeriano a trabalhar nas obras”; depois “é um português genuíno medalhado nas olimpíadas”. Anda aqui a “mão invisível” a criar estereótipos sobre os estrangeiros. Esterótipos perigosos.
Bolonha à lupa
O professor João Vasconcelos Costa analisa os meandros dos pareceres das equipas portuguesas sobre o processo de Bolonha. Leia o seu artigo no «Público».
quarta-feira, janeiro 26, 2005
As palavras dos alunos
Como docentes, lemos e apreciamos muitos trabalhos escritos. Alguns de lavra individual outros, quase sempre colectivos. No princípio do ano desafiei os meus alunos do 1º ano de Educação Comunitária a escreverem um texto, livre, sobre uma experiência que considerassem integrada no conceito de prática comunitária. Qualquer experiência pessoal, colectiva, institucional ou de comunidade que conjugasse elementos educativos, culturais e de partilha de saberes, em comunidade. Por estes dias, quando mos apresentaram e os li, para avaliar, encontrei de tudo: histórias dolorosas das famílias, neste país de brandos costumes, violências simbólicas e outras, sobre desfavorecidos, a aprendizagem da tradição cultural e social, etc. Um dos textos destacou-se, pela sua afectividade e pela solidariedade com minorias sociais e culturais, para além da beleza da sua escrita. O texto [na verdade o extracto que mais interessa, com título meu] relata uma vivência de facto, o que pode ser sentido pela sua leitura, e por isso esta aluna pediu-me discrição e escolheu um pseudónimo para assinar, quando a desafiei a publicá-lo num blog de suporte e por estes tempos no jornal «A Voz de Loulé»!
O processo de Bolonha
Caros alunos: e se aproveitassem a interrupção de semestre para ir lendo algo sobre o processo de Bolonha. Qual processo? Aquele que determina a vossa vida, ora pois!
terça-feira, janeiro 25, 2005
Problemáticas actuais: avaliação das conferências
I – Património e associativismo:
1. O património cultural– Soraia Morais = 14.5
2. Desvalorização do património cultural – Sara Duarte = 14.5
3. O papel da educação comunitária no processo de desenvolvimento local – Cátia Gomes = 14
4. Práticas realizadas no ano lectivo de 2003/04 – Inga Neves = 14
5. Democracia e cidadania participativa – Ana Rita Brito = 14.5
6. O papel e a importância do associativismo – Sílvia Vieitas = 13
7. A importância das associações para o desenvolvimento – Vera Afonso = 14
8. O artesanato – Carina Dias = 15
9. Associativismo – Jesica Dias = s/ elementos
II – Globalização e educação:
1. Globalização – Linda Vieira = 15.5
2. Globalização cultural – Patrícia Carolino = 14.5
3. A acção educativa de Paulo Freire e a relação com a pedagogia de Jesus Cristo – Isabel Lopes = 16.5
4. A educação comunitária e o educador comunitário – Helena Rodrigues = 13.5
5. Educação pela arte: a arte no reencatamento do mundo – Nuno Martins = 13.5
6. A educação e intervenção comunitária nas comunidades piscatórias – Marina Machado = 14.5
7. A educação dos nossos dias – Anabela Guerreiro = 14.5
8. O voluntariado – Alexandra Vilaça = 15
9. Globalização e media – Carla Sousa = 15
10. Identidade cultural e religião – Telma Sousa = 13.5
III – Minorias:
1. Trissomia 21 – Elisabete David = 15
2. Minorias étnicas e cultura – Telma Victor = 15
3. Minorias étnicas e educação – Susana Martins = 16.5
4. O envelhecimento e a terceira idade – Jorge Ervideira = 14.5
5. Alcoolismo – Andreia Cordeiro = 14
6. O jovem na Europa – Patrícia Branquinho = 15.5
7. Educação formal e não formal de crianças e jovens – Ana Rita Sousa = 16.5
8. Os sem-abrigo sob um ângulo sistémico – Cátia Oliveira = 14.5
9. A terceira idade e a solidão – Patrícia Machadinho = 14.5
10. Exclusão social – Ana Moreira = 15.5
1. O património cultural– Soraia Morais = 14.5
2. Desvalorização do património cultural – Sara Duarte = 14.5
3. O papel da educação comunitária no processo de desenvolvimento local – Cátia Gomes = 14
4. Práticas realizadas no ano lectivo de 2003/04 – Inga Neves = 14
5. Democracia e cidadania participativa – Ana Rita Brito = 14.5
6. O papel e a importância do associativismo – Sílvia Vieitas = 13
7. A importância das associações para o desenvolvimento – Vera Afonso = 14
8. O artesanato – Carina Dias = 15
9. Associativismo – Jesica Dias = s/ elementos
II – Globalização e educação:
1. Globalização – Linda Vieira = 15.5
2. Globalização cultural – Patrícia Carolino = 14.5
3. A acção educativa de Paulo Freire e a relação com a pedagogia de Jesus Cristo – Isabel Lopes = 16.5
4. A educação comunitária e o educador comunitário – Helena Rodrigues = 13.5
5. Educação pela arte: a arte no reencatamento do mundo – Nuno Martins = 13.5
6. A educação e intervenção comunitária nas comunidades piscatórias – Marina Machado = 14.5
7. A educação dos nossos dias – Anabela Guerreiro = 14.5
8. O voluntariado – Alexandra Vilaça = 15
9. Globalização e media – Carla Sousa = 15
10. Identidade cultural e religião – Telma Sousa = 13.5
III – Minorias:
1. Trissomia 21 – Elisabete David = 15
2. Minorias étnicas e cultura – Telma Victor = 15
3. Minorias étnicas e educação – Susana Martins = 16.5
4. O envelhecimento e a terceira idade – Jorge Ervideira = 14.5
5. Alcoolismo – Andreia Cordeiro = 14
6. O jovem na Europa – Patrícia Branquinho = 15.5
7. Educação formal e não formal de crianças e jovens – Ana Rita Sousa = 16.5
8. Os sem-abrigo sob um ângulo sistémico – Cátia Oliveira = 14.5
9. A terceira idade e a solidão – Patrícia Machadinho = 14.5
10. Exclusão social – Ana Moreira = 15.5
sexta-feira, janeiro 14, 2005
O real e o virtual
«Os meios tradicionais de reprodução dos saberes, a escola e a família perderão cada vez mais importância como factores de socialização substituídos pela publicidade, a televisão, a moda, as conversas virtuais, os grupos juvenis. Ganharemos menos, saberemos menos, viveremos mais, teremos mais coisas para comprar e mais baratas (as lojas chinesas são um exemplo), mas cada vez mais o que fazemos será virtual e não real. A separação entre ricos e pobres far-se-á pelas literacias e pelo preço elevado do real e barato do virtual (já começa a fazer-se nos países mais desenvolvidos). Etc., etc., etc.» Pacheco Pereira no «Público». Clique na palavra sublinhada para ler o texto completo.
A cultura cigana na escola
A Sic deu e propalou a notícia: na Escola do Ensino Básico da Coca Maravilhas em Portimão, pais de origem cigana entram na escola para bater em duas professoras, após uma repreensão a um dos seus filhos, por motivos de um despique entre alunos. Para dar a dimensão multicultural da escola, a jornalista diz que a mesma tem alunos de 21 etnias, que depois corrige para nacionalidades. Na verdade, sendo verdade a segunda asserção e não a primeira, isso não traz problema nenhum. Ouvida a presidente do conselho executivo, esta diz: "os ciganos têm uma forma própria de funcionar, têm mais solidariedade e pensam que podem fazer justiça pelas suas próprias mãos". Ora bem, sabemos que a entrada, na escola, de etnias diferentes traz com ela a entrada das suas diferentes culturas, com as quais é preciso lidar de forma intercultural, isto é, negociando as normas inerentes a cada cultura num processo participado por todos. A entrada de alunos de etnias diferentes na escola, designadamente da etnia cigana não deixa à porta da escola os seus traços culturais. Habituados à segregação e cultivando uma cultura baseada na desconfiança do "gadjo" [o não-cigano] e afastados da escola, enquanto marca educativo-cultural dos povos sedentarizados, os alunos ciganos ainda não integraram, no seu mecanismo cognitivo e cultural, os climas fechados, disciplinados e normativos dos espaços educativos. Isso deve entender-se, porque a única maneira de lidar com as diferenças étnicas é perceber as diferenças culturais de cada um. Acresce que esta escola se situa numa complexa área de realojamento habitacional, de uma enorme complexidade, que mostra a guetização dos moradores vindos de áreas degradadas, abandonadas ou destruídas pela industrialização. Afastados dos centros de decisão e pour cause, dos centros do poder, a tendência não é só fazer justiça pelas suas próprias mãos, quer seja a justiça cigana ou a justiça lusa; nestes locais fomenta-se a xenofobia e o racismo, muitas vezes estimulado pelos media no seu papel de busca e promoção do reality show, da degradação humana.
Moral da história: quase sempre a xenofobia não está nas nossas declarações de intenção, quase sempre pretendemos afastá-la da nossa prática, mas ela espreita sempre que entra em risco a estabilidade dos "nossos valores" culturais.
[publicado no jornal «barlavento» de 18 de novembro de 2004]
Moral da história: quase sempre a xenofobia não está nas nossas declarações de intenção, quase sempre pretendemos afastá-la da nossa prática, mas ela espreita sempre que entra em risco a estabilidade dos "nossos valores" culturais.
[publicado no jornal «barlavento» de 18 de novembro de 2004]
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