quarta-feira, março 26, 2008

Guião de projectos

GUIÃO PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS

1. Introdução
Trata-se de explicar a escolha do território (localidade, freguesia e concelho), o âmbito de intervenção (educação, desenvolvimento, formação), bem como a temática (título, duração). Pode-se aproveitar para expor algumas ideias sobre paradigmas, metodologias e técnicas utilizados no desenvolvimento do Projecto.

2. Fundamentação
É o espaço para apresentar o diagnóstico do território de intervenção, bem como das principais características da população, com quem se vai desenvolver o projecto. Trata-se de um enquadramento temático em que se apresentam alguns traços fundamentais, a saber:
Localização: geografia, dimensão, localização, acessibilidades e outros pontos de relevo.
História: alguns dados de interesse cronológico que justifiquem o conhecimento do local.
População: referência à população territorial, escolar, empresarial, de acordo com o tipo de projecto.
Organização social/ política/económica: algumas referências que ajudem a entender de que tipo de comunidade se trata, por exemplo quem governa a Junta ou a Escola; como se relacionam os grupos sociais ou étnicos; que factores de desenvolvimento existem (empresas, desemprego, papel da mulher).
Características culturais: que recursos, potencialidades e actividades culturais existem; qual o património existente e que reconhecimento existe na população.
Problemas da comunidade: aqui devem usar-se os dados recolhidos através da aplicação de técnicas quantitativas ou qualitativas (questionários, entrevistas, observações, etc.), para justificar necessidades evidentes e implícitas (não referidas, mas percebidas por confronto).

3. Finalidades e objectivos
Uma finalidade é sempre algo a longo prazo e visto da perspectiva do/s autor/es do projecto. Devemos dar mais atenção aos objectivos, escritos, sempre, da perspectiva das populações das comunidades; ou seja, traçar objectivos que possam ser resultados, alcançáveis, mensuráveis e visíveis. A sua redacção apresenta-se na forma verbal infinitiva (contribuir, divulgar, permitir, possibilitar, conhecer, reconhecer…). Estes objectivos podem ser desdobrados em diversos objectivos operacionais ou específicos, que se traduzem por uma maior facilidade de medição, visibilidade ou temporalidade.

4. Estratégias e metodologias
Neste capítulo deve ser dado um enfoque à problemática em discussão (educação, desenvolvimento local, formação de mulheres, criação de estrutura organizativa, etc.). Como estratégias podem referir-se: existência ou não de parcerias com instituições locais ou regionais; quem são os principais actores sociais do projecto; que recursos existem e como vão ser potencializados; quais os obstáculos ao desenrolar do projecto.
Por outro lado, este capítulo refere ainda qual a metodologia utilizada: quais as técnicas usadas no diagnóstico da comunidade, tal como aquelas que são propostas para a execução do projecto.

5. Recursos
Um projecto deve apresentar os diversos recursos indispensáveis à sua concretização. Por isso, apresenta uma lista de meios humanos, materiais e financeiros que devem ser afectos ao projecto.
Os meios financeiros podem ser traduzidos através de um quadro orçamental, com o sistema de financiamento.

6. Plano de actividades
As actividades propostas no projecto podem aparecer em quadro simples de dupla entrada, contendo na coluna da esquerda as acções e na coluna da direita as datas previstas para a sua execução. Ao longo das linhas são colocadas cronologicamente as actividades ao longo do projecto.
Facultativamente pode ser acompanhado de um Cronograma de Gantt, quadro de actividades e meses, apresentado de forma gráfica.

7. Avaliação
Finalmente o projecto deve prever quais as formas da sua própria avaliação. Por exemplo, referindo quem avalia, com que periodicidade, em que momentos, o que avaliar, etc.
*