Disciplina: Seminário de Educação e Intervenção Comunitária: Problemas Actuais I / Ano: 4º/1º Semestre
PROGRAMA – 2005/06
I – INTRODUÇÃO
Num mundo actualmente dominado pelo conceito da globalização, que tudo avassala nos seus efeitos modeladores, parece-nos interessante introduzir no Seminário do 4º e último ano do Curso, uma perspectiva integradora e complexificadora das problemáticas que, hoje, se colocam ao educador e interventor comunitário.
Essa perspectiva deve ser enformada por um enfoque unificador, que permita uma abordagem articulada de teorias e reflexões sobre os mais importantes temas da actualidade, mas que, ao mesmo tempo, privilegie o interesse da diversidade das experiências locais e dos interesses minoritários.
É claro que o educador e interventor comunitário deve apropriar-se de um pensamento global para desenvolver uma acção local. Para isso, é necessário munir-se de um conjunto de saberes sobre os problemas mais pertinentes que a contemporaneidade coloca: a globalização e o neoliberalismo; o subdesenvolvimento e o desenvolvimento local; a sociedade civil e os movimentos sociais; etc. Hoje torna-se claro que a aldeia global comportará sempre duas faces da mesma moeda: a mundialização do capitalismo e a articulação dos movimentos sociais a uma escala mundial.
PROGRAMA – 2005/06
I – INTRODUÇÃO
Num mundo actualmente dominado pelo conceito da globalização, que tudo avassala nos seus efeitos modeladores, parece-nos interessante introduzir no Seminário do 4º e último ano do Curso, uma perspectiva integradora e complexificadora das problemáticas que, hoje, se colocam ao educador e interventor comunitário.
Essa perspectiva deve ser enformada por um enfoque unificador, que permita uma abordagem articulada de teorias e reflexões sobre os mais importantes temas da actualidade, mas que, ao mesmo tempo, privilegie o interesse da diversidade das experiências locais e dos interesses minoritários.
É claro que o educador e interventor comunitário deve apropriar-se de um pensamento global para desenvolver uma acção local. Para isso, é necessário munir-se de um conjunto de saberes sobre os problemas mais pertinentes que a contemporaneidade coloca: a globalização e o neoliberalismo; o subdesenvolvimento e o desenvolvimento local; a sociedade civil e os movimentos sociais; etc. Hoje torna-se claro que a aldeia global comportará sempre duas faces da mesma moeda: a mundialização do capitalismo e a articulação dos movimentos sociais a uma escala mundial.
Ao educador e interventor comunitário cabe um papel fundamental na percepção deste conflito, dado que se assume enquanto técnico posicionado no enclave, entre uma política pública/privada de desenvolvimento comunitário e os interesses dos diversos sectores das populações das comunidades locais. Ele é um concertador de conflitos e problemáticas, um mediador de interesses entre os decisores e os destinatários. Por isso, actua na linha limite entre as carências das comunidades e os padrões normais da qualidade de vida de qualquer cidadão.
Na sua bagagem de educador, cabem os conjuntos de conhecimentos, competências e capacidades, necessários a uma análise rigorosa e complexa das problemáticas do seu trabalho; bem como o conjunto de valores e atitudes fundamentais ao desenvolvimento de metodologias adequadas a um trabalho sério e honesto junto das populações locais, quase sempre as mais desfavorecidas, social ou culturalmente.
II – OBJECTIVOS GERAIS
A disciplina de Seminário pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do educador e interventor comunitário, com vista à valorização do seu desempenho profissional, no seio das comunidades mais desfavorecidas.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Conhecer as principais problemáticas que hoje se colocam ao trabalho do educador e interventor comunitário;
2. Diagnosticar os principais impactos e influências entre as problemáticas globais e os acontecimentos comunitários;
3. Desenvolver uma atitude de relação intrínseca entre a sistematização das práticas comunitárias e o pensamento teórico, pela via da reflexão crítica;
4. Entender as características da multidimensionalidade e da complexidade da educação comunitária, suas diferentes teorias e metodologias;
5. Desenvolver uma atitude de posicionamento crítico em defesa das comunidades mais desfavorecidas.
IV – CONTEÚDOS
1. Globalização
2. Identidades, tradições e cultura popular
3. Comunidades rurais e desenvolvimento
4. Associativismo, cidadania e democracia participativa
5. Museologia comunitária e educação
6. Multiculturalidade e educação intercultural
7. Animação sócio-cultural
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina de Seminário, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos de experiências de intervenção comunitária, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Debates em sistema de fórum a partir de comunicações individuais.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa; são considerados elementos da avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas – 30%;
b) Trabalho de grupo – 40%;
c) Comunicação individual em Conferência – 30%.
Na sua bagagem de educador, cabem os conjuntos de conhecimentos, competências e capacidades, necessários a uma análise rigorosa e complexa das problemáticas do seu trabalho; bem como o conjunto de valores e atitudes fundamentais ao desenvolvimento de metodologias adequadas a um trabalho sério e honesto junto das populações locais, quase sempre as mais desfavorecidas, social ou culturalmente.
II – OBJECTIVOS GERAIS
A disciplina de Seminário pretende, na sua generalidade, contribuir para o desenvolvimento pessoal, educativo e científico do educador e interventor comunitário, com vista à valorização do seu desempenho profissional, no seio das comunidades mais desfavorecidas.
III – OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
O objectivo geral deve transpor-se para alguns objectivos mais operativos, a saber:
1. Conhecer as principais problemáticas que hoje se colocam ao trabalho do educador e interventor comunitário;
2. Diagnosticar os principais impactos e influências entre as problemáticas globais e os acontecimentos comunitários;
3. Desenvolver uma atitude de relação intrínseca entre a sistematização das práticas comunitárias e o pensamento teórico, pela via da reflexão crítica;
4. Entender as características da multidimensionalidade e da complexidade da educação comunitária, suas diferentes teorias e metodologias;
5. Desenvolver uma atitude de posicionamento crítico em defesa das comunidades mais desfavorecidas.
IV – CONTEÚDOS
1. Globalização
2. Identidades, tradições e cultura popular
3. Comunidades rurais e desenvolvimento
4. Associativismo, cidadania e democracia participativa
5. Museologia comunitária e educação
6. Multiculturalidade e educação intercultural
7. Animação sócio-cultural
V – ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS
De acordo com as características da disciplina de Seminário, privilegiar-se-á um conjunto de metodologias e estratégias que permitam estimular o desempenho autónomo e crítico de cada aluno e do sentido de grupo, e que estimularão a capacidade crítica do grupo-turma. Assim, serão utilizados entre outros:
a) Trabalho teórico de leitura e discussão de textos, com vista à auto-formação e interacção entre os vários grupos de trabalho;
b) Utilização de formas interventivas de comunicação dos resultados de estudos e reflexões;
c) Relatos de experiências de intervenção comunitária, proporcionadores de debate e reflexão crítica individual e colectiva;
d) Utilização de simulações, dramatizações e outros jogos pedagógicos;
e) Apresentação de trabalhos temáticos por grupos;
f) Debates em sistema de fórum a partir de comunicações individuais.
O docente facultará um conjunto de textos de apoio da disciplina para as sessões em sala de aula. O docente mantém um blogue, no qual os alunos podem aceder a este programa, ler e imprimir textos de apoio, aceder às notas da avaliação contínua e ainda editar comentários ou pedidos de informações: http://educaeic.blogspot.com
Para apoio aos alunos privilegia-se o período de atendimento do docente.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina caracteriza-se por ser contínua e auto-formativa, tendo cada sessão, uma componente avaliativa; são considerados elementos da avaliação os seguintes parâmetros e respectivas percentagens:
a) Presença, empenho, participação e interacção nas aulas – 30%;
b) Trabalho de grupo – 40%;
c) Comunicação individual em Conferência – 30%.
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BIBLIOGRAFIA
Bastos, C. (1993). Os Montes do Nordeste Algarvio. Lisboa: Edições Cosmos.
Borges, M. (s/d). Multiculturalidade e Educação Intercultural. Faro: Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve (texto policopiado).
Cabral, M. (2003). Globalização, Poder e Cidadania. In revista Ideias à Esquerda, nº1, pp. 40-48. Porto: Campo da Comunicação.
Caraça, B. (s/d). A Arte e a Cultura Popular. Lisboa: Edições Itau.
Connerton, P. (1999). Como as Sociedades Recordam. Oeiras: Celta Editora.
Espírito Santo, M. (1980). Comunidade Rural ao Norte do Tejo, seguido de Vinte Anos Depois . Lisboa: AER-Universidade Nova de Lisboa.
Esteves, A. & Fleming, A. (1983). Sociologia. Textos e Notas Introdutórias. Porto: Porto Editora.
Freire, P. (1996). Educação e Participação Comunitária. In revista Inovação, nº 9, pp. 305-312. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Furtado, C. (1999). O Capitalismo Global. Lisboa: Fundação Mário Soares e Gradiva Publicações.
Giddens, A. ( 1997). Modernidade e Identidade Pesoal. Oeiras: Celta Editora.
Leroi-Gourhan, A. (2002). O Gesto e a Palavra. 2-Memória e Ritmos. Lisboa: Edições 70.
Lipovetsky, G. (1988). A Era do Vazio. Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo. Lisboa: Relógio de Água.
Melo, A. (1995). Entre a Roda da Sorte e a Roda dos Enjeitados. In revista a Rede Para o Desenvolvimento Local, nº 12, pp. 1-4. Faro: In Loco.
Morin, E. (1975). O Paradigma Perdido. A Natureza Humana. Mem-Martins: Publicações Europa-América.
Raimundo, H. (2004). O Plano Museológico do Concelho de Loulé. O Exemplo do Pólo Museológico dos Frutos Secos. In revista al~uliã, nº 10, pp. 437-447. Loulé: Arquivo Histórico Municipal de Loulé.
Santos, B. (1997). Pela Mão de Alice. O Social e o Político na Pós-Modernidade. Porto: Edições Afrontamento.
Torres, C. (2002). O sr. Ministro não Gosta de Caracóis. In jornal Público. Lisboa.
Viegas Fernandes, J. (2000). Paradigma da Educação da Globalidade e da Complexidade - Para a Esperança e a Felicidade dos Seres Humanos. Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
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