Uma introdução à Investigação-acção
De Kurt Lewin a alguns elementos actuais
O modelo de Kurt Lewin
1. Há uma ligação estreita entre a planificação, a investigação e a acção, numa dinâmica interactiva
2. A investigação não se concebe sem a acção consequente.
3. O grupo é uma entidade fundamental (não o indivíduo).
4. Dá-se valor à participação e, nesse sentido, a IA pode representar uma contribuição para a democracia.
5. Há um compromisso sério com a melhoria social, finalidade última da IA.
6. Não obstante, o modelo de Lewin carrega consigo alguns elementos do positivismo dominante. Lewin parte de um modelo empírico-analítico tradicional, tentando combinar métodos clássicos de investigação com um objectivo particular de mudança social.
Alguns elementos comuns à IA hoje
1. A IA tem três grandes dimensões: investigação; acção; e formação.
2. A investigação concebe-se como uma alternativa ao positivismo.
3. Tem-se como grande finalidade a transformação da prática.
4. As relações entre investigador / investigado não são verticais (os académicos investigam com os práticos).
5. É um processo participativo, colectivo, democrático.
6. A formação é um processo de aprendizagem social envolvendo todos os participantes, num quadro amplo de transformação social, cultural e política.
7. A nível metodológico, revê-se o modelo de Lewin.
Fases da IA (Kuhne & Quigley, 1997)
Fase de Planificação:
1.Definir problema
2. Definir projecto
3. Medir
Fase da Acção:
4. Implementar e observar
Fase de Reflexão:
5. Avaliar
6. Parar se o problema está resolvido. Se não, ir para segundo ciclo
Segundo Ciclo: Planificação, Acção, Reflexão
Possível Terceiro Ciclo
Fonte: Kuhne, G. W. & Quigley, B. A. (1997). Understanding and Using Action Research in Practice Settings. In B. Allan Quigley & Gary W. Kuhne (eds.), Creating Practical Knowledge Trough Action Research: Posing Problems, Solving Problems, and Improving Daily Practice (pp. 23-40). San Francisco: Jossey-Bass Publishers.