O QUE É OBSERVAÇÃO DIRECTA?
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Num sentido restrito, fazer uma observação consiste em estar presente e envolvido numa determinada situação social, de forma a registar e interpretar, procurando não a modificar. Por isso o investigador não deverá desviar o curso normal dos acontecimentos por proposta ou influência externa.
O objectivo da observação é procurar um significado sociológico para enquadrar os dados recolhidos, classificá-los e avaliar da sua generalidade. Para isso muitas vezes utiliza o relatório de observação.
Assim, a observação consiste em testemunhar os comportamentos sociais dos indivíduos ou dos grupos nos próprios locais das suas acções, não alterando o seu normal percurso. Tem por finalidade a recolha e o registo de todas as componentes da vida social que se apresentam ao observador no seu trabalho. Dessa forma o observador tem quatro tarefas a realizar: i) estar junto dos observados e adaptar-se ao seu meio; ii) observar o desenrolar dos acontecimentos; iii) registar os acontecimentos; iv) interpretar a observação e redigir o relatório. Por isso a observação apela a capacidades de sociabilidade, atenção, memória e interpretação.
Podemos dizer que a observação directa engloba três comportamentos indissociáveis: i) uma interacção social com o meio estudado; ii) actividades diversas de observação no local; iii) registo dos dados observados. Estas componentes podem ser sequenciais, mas também recorrentes umas entre as outras. Cada terreno impõe ao observador uma determinada lógica que o obriga a ser flexível na actividade, a ser adaptável ao contexto local e a contar com o imprevisível.
Assim, a observação consiste em testemunhar os comportamentos sociais dos indivíduos ou dos grupos nos próprios locais das suas acções, não alterando o seu normal percurso. Tem por finalidade a recolha e o registo de todas as componentes da vida social que se apresentam ao observador no seu trabalho. Dessa forma o observador tem quatro tarefas a realizar: i) estar junto dos observados e adaptar-se ao seu meio; ii) observar o desenrolar dos acontecimentos; iii) registar os acontecimentos; iv) interpretar a observação e redigir o relatório. Por isso a observação apela a capacidades de sociabilidade, atenção, memória e interpretação.
Podemos dizer que a observação directa engloba três comportamentos indissociáveis: i) uma interacção social com o meio estudado; ii) actividades diversas de observação no local; iii) registo dos dados observados. Estas componentes podem ser sequenciais, mas também recorrentes umas entre as outras. Cada terreno impõe ao observador uma determinada lógica que o obriga a ser flexível na actividade, a ser adaptável ao contexto local e a contar com o imprevisível.
Nas observações em contextos de grupos informais, o observador participa a descoberto no seio das suas actividades, tem a concordância dos observados, podendo participar de algumas actividades do meio. Não deve redigir as suas notas na presença do meio, mas fazê-lo mais tarde em forma de diário de campo, de acordo com as regras habituais. Para isso faz apelo da sua capacidade de memorização.
Na observação em contextos de grupos formais, o observador é aceite como tal no seio das interacções regradas e hierarquizadas das organizações. Permanece à vista de toda a gente, circula livremente e manuseia documentos. Muitas vezes as organizações formais colocam entraves que o observador deve procurar ultrapassar.
Nas actividades de observação, o observador pode adoptar três posições diferentes: i) ficar no mesmo lugar afim de observar dados comparáveis; ii) adoptar posições diferentes para observar a diversidade de situações; iii) não olhar para um local fixo, mas ver as pessoas.
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Nas actividades de observação, o observador pode adoptar três posições diferentes: i) ficar no mesmo lugar afim de observar dados comparáveis; ii) adoptar posições diferentes para observar a diversidade de situações; iii) não olhar para um local fixo, mas ver as pessoas.
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Fonte:Peretz, H. (2000). Métodos em Sociologia – para começar. Lisboa: Temas e Debates.