segunda-feira, outubro 31, 2005

Dança étnica

Mais uma nota de imprensa dos meus alunos de Educação e Comunicação Interculturais, do 3º CC, sobre a aula da semana passada:
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“Migrações, marginalização, minorias e exclusão social”
No passado dia 25 de Outubro, pelas 15 horas, no âmbito da disciplina de “Educação e Comunicação Interculturais”, os alunos do 3º ano do Curso de Ciências da Comunicação assistiram, no Complexo Pedagógico da Penha, da Universidade do Algarve, a uma conferência subordinada ao tema “Migrações, marginalização, minorias e exclusão social”. As principais oradoras desta conferência foram a D. Helena Serra, a Dr.ª Amália Cabrita e a Dr.ª Letícia Quintal, respectivamente provedora e técnicas da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira.
A primeira convidada desta conferência foi a Dr.ª Amália Cabrita, que começou por fazer uma pequena introdução sobre o tema, falando acerca da mistura cultural, através da troca de ideias, que os descobrimentos do século XVI proporcionaram ao povo português. Seguidamente abordou os conceitos de racismo, xenofobia (entre raças, etnias, géneros...), dando como exemplos a imposição de um povo ao outro através da guerra e os problemas de acolhimento relativamente à emigração, problemas estes que só através da educação se podem ultrapassar.
Posteriormente, foi dada a palavra à D. Helena Serra, que falou um pouco sobre a instituição da qual é provedora, explicando que se trata de uma instituição multicultural, que marca pela diferença, onde existe todo o tipo de problemas sociais, não só físicos mas também de compreensão. Para responder a esses problemas, esta instituição é composta por 24 valências, das quais fazem parte crianças, jovens, mães solteiras, entre outros. Finalmente esta interveniente convidou a turma, a no futuro, exercer a sua função como comunicadores de forma digna.
Segui-se um dos momentos mais belos da tarde. O grupo de dança do Lar de Jovens “Gaivota” (uma das valências da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira) brindou todos os presentes com uma dança tribal, típica dos índios da Amazónia, da época em que estes foram vítimas de um processo de aculturação por parte dos colonizadores. A música em questão chama-se “Dança da Seca” e é cantada por Mariza Monte. Após esta dança foram colocadas algumas questões à Dr.ª Letícia Quintal e ao grupo de dança. Estes acabaram por explicar que estas actividades começaram por diversão, sendo o grupo formado em Março de 2005 e as suas coreografias e roupas feitas por eles. Estes pretendem transmitir a interculturalidade a toda a população, tendo como objectivo criar uma dança relativa a cada continente. Uma vez que a dança sul-americana já foi concebida, a próxima será dedicada ao Continente Asiático, através da dança do ventre. O grupo é apoiado apenas pela Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, estando neste momento também a beneficiar do dinheiro de um prémio ganho pelo mesmo.
Já quase no final da aula Kamala e Clélio, dois jovens africanos de 10 e 19 anos, deram os seus testemunhos acerca de como é viver na instituição em questão.
Para finalizar, já esgotado o tempo disponível, a D. Helena Serra e a Dr.ª Amália Cabrita falaram de como a instituição, por vezes, “passa por cima” de certas regras, de forma a conseguir dar resposta a todas as necessidades das pessoas que recorrem à instituição. Isto da mesma forma que a D. Helena Serra, quebrando os estatutos, se tornou a primeira provedora em Portugal, pois nessa altura os estatutos previam que só os homens poderiam ser provedores.

Ana Luísa Palma – 25268
Patrícia Melão – 25269
Patrícia Palma – 25293

PS: Esperamos poder vir a assistir ao espectáculo de dança do ventre que será levada a cabo por este grupo a partir do dia 4 de Novembro de 2005.

quarta-feira, outubro 26, 2005

I.S.U. partilha experiências com Ciências da Comunicação

No passado dia 18 de Outubro teve lugar uma conferência realizada no âmbito da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais, com o tema da "Comunicação Multicultural". A mesma ocorreu pelas 15 horas na sala 1.23 do C.P. da U.Alg. e estiveram presentes os alunos do 3º ano de Ciências da Comunicação.
As oradoras, Margarete e Estela, eram duas antigas alunas da nossa Universidade, sendo licenciadas em Educação e Intervenção Comunitária. Para início de conversa as convidadas começaram por apresentar-se, mencionando que fazem parte do Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária e que a sua participação inicial no I.S.U., começou pela ajuda aos estudantes africanos nesta Universidade. Explicaram um pouco da história do I.S.U., o seu funcionamento e as suas principais áreas de intervenção, as quais consistem no voluntariado, no gabinete de apoio aos estudantes (emigrantes) e o gabinete de cooperação.
Um dos pontos mais importantes e desenvolvidos, consistiu na sua partilha de experiências enquanto voluntárias em países africanos. De facto, ilustraram uma realidade completamente distinta da nossa, onde diariamente tinham de conviver com hábitos, formas de estar e de pensar diferentes, e acima de tudo com o preconceito. Ainda no âmbito das suas experiências pessoais e relacionando-as com o nosso curso, foi ainda frisada a questão das barreiras de comunicação nesses países encontradas, não só a nível de comunicação verbal, mas também não verbal, a qual consideraram ainda mais complexa, devido aos diferentes códigos das duas culturas.
A discussão foi depois alargada à audiência, podendo os alunos colocar as suas questões, as quais se prenderam principalmente com questões de inserção no voluntariado, isto é, quais os critérios de selecção para esta acção, questões de logística e económicas, entre outras. Uma grande resposta a esta conferência foi a adesão dos alunos a uma formação para voluntariado, dada pelo I.S.U.
Ana Vieira, nº25271
Carina Correia, nº25274
Mara Matos, nº26006
(Ciências da Comunicação-3º ano)

domingo, outubro 23, 2005

Sobre a conferência do Eng. Luís Guerreiro

«A Comunicação nas Autarquias numa Perspectiva de Interculturalidade»
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No passado dia 12 de Outubro, pelas 9 horas, no Complexo Pedagógico da Penha, a turma do 3º ano de Ciências da Comunicação assistiu a uma conferência dada pelo Engenheiro Luís Guerreiro, subordinada ao tema «A Comunicação nas autarquias numa perspectiva de Interculturalidade», no âmbito da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais.
Após uma breve introdução do convidado – chefe da Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Loulé – e uma pequena contextualização acerca da estrutura orgânica das autarquias, foi dado destaque ao Gabinete de Comunicação. Foi explicado que tem sido levada a cabo a profissionalização do mesmo, com a contratação de licenciados na área de Comunicação, de forma a credibilizar e clarificar a informação que chega à população, através dos meios de difusão das actividades camarárias – boletins, panfletos, agendas culturais – embora o uso destes tenha, por vezes, fins «propagandísticos».
A partir deste ponto, e como as expectativas profissionais desta área são sempre utópicas, falou-se (em tom de brincadeira) na possibilidade de trabalhar num destes gabinetes – principalmente em Loulé.
Outro dos tópicos abordados pelo convidado, com a participação activa do docente Hélder Raimundo, foi: blogs. Estes métodos prolíficos de transmitir informação são cada vez mais utilizados para criticar «o que vai mal» ou «o que certo político deixou por fazer» e foi bom saber de algumas situações engraçadas relacionadas com esta inovação tecnológica.
Por fim, e de forma muito subtil, falou-se da multiculturalidade existente em cada localidade e a forma como os conflitos e a adaptação das diversas minorias e etnias devem ser solucionadas, privilegiando sempre a comunicação aberta e tolerante.
Com a aproximação do fim do tempo disponível para a conferência – as duas horas de aula – voltou-se a um tema já mencionado anteriormente: a «cunha».
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Gonçalo Moreira- nº25284
Joana Palminha- nº25285

P.S. O Engenheiro Luís Guerreiro, além da simpatia e acessibilidade reveladas, é mesmo um bom orador.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Aos alunos de Ciências da Comunicação

A nossa próxima aula é dedicada ao tema "Migrações, marginalização, minorias e exclusão social". Para percebermos melhor estes conceitos, teremos a presença de uma experiência prática, através da presença das Dras. Amália Cabrita e Letícia Quintal, da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira. O resto é surpresa.
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Nota: como sempre, um grupo de alunos fará a nota de imprensa da sessão. Por enquanto ainda aguardo as notas das duas anteriores sessões.

domingo, outubro 16, 2005

Alunos de Ciências da Comunicação,

os nossos convidados não nos deixam descansar. Na próxima aula de "Educação e Comunicação Interculturais" (3ª feira, das 15 às 16.30h.) contaremos com a presença de gente amiga do ISU (Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária) que trarão a sua experiência de comunicação multicultural. Já sabem que é imperdível.

quinta-feira, outubro 13, 2005

VELHOS DA TORRE na aula do 4º EIC

Os Velhos da Torre estiveram presentes na aula do passado dia 6, na turma do 4º ano de EIC, na disciplina de Problemas Actuais I. Para além do relato da sua históra de vida - motivo fundamental da sessão - os nossos amigos não resistiram ao apelo da dança e do canto, acompanhados da turma, claro. Bons momentos, hem? O registo em gravação vídeo lá ficou para memória futura na câmara do Daniel Vieira, velho amigo também. A propósito, um dos grupos de trabalho da sessão preparou um texto enquadrador, que aqui vos deixo:
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Sessão de trabalho com os “Velhos da Torre”
Organização da componente musical/etnográfica:

No âmbito de um louvável projecto de recolha feita por algumas pessoas que ainda privilegiam e dão relevância à preservação das tradições musicais do mundo rural, chegamos até aos Velhos da Torre, que nos trazem a cultura e tradições da aldeia de Alte no Concelho de Loulé.

Ao longo da sua vida, desde crianças, foram memorizando textos e melodias que agora permitem reaver e recordar, passando um testemunho enriquecedor e memorável às actuais gerações.

A sua alegria, disponibilidade e empenho em fazer perdurar as tradições da sua terra, são um incentivo para quem os ouve e partilha com eles a vontade de não deixar morrer a identidade cultural/musical das nossas aldeias rurais.

Têm mostrado o seu trabalho e são muito procurados por investigadores, etnógrafos e simples curiosos. Já foram publicados 2 CD´s com o seu trabalho, com o apoio da autarquia, último dos quais, intitulado “Velhos da Torre e Amigos.

Este CD pretende divulgar a recolha de música de tradição oral da freguesia de Alte, incluindo contos lúdicos, religiosos e de trabalho, instrumentais de guitarra, violino, flauta de cana, harmónica e castanholas. Além dos “Velhos da Torre” (Maria Cabrita Belchior, Francisco Cabrita Belchior e Sofia Coelho da Silva) participam ainda neste trabalho José Vieira, Artur da Palma e Analide dos Santos.

Trata-se de um desfiar de cantigas de trabalho, religiosas, e de namoro, interpretadas de maneira alegre, original e genuína.
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ALTE

Ao longo dos tempos Alte acolheu comunidades de agricultores e pastores que influenciaram as comunidades locais, a sua cultura e a tradição musical. Terra de muitos e grandes artistas, em várias áreas que vão desde a poesia, pintura, trabalho com barro e madeira, de músicos de muitos instrumentos e grandes cantadeiras.

A actividade cultural de Alte é bastante grande e a sua riqueza musical, bem como das aldeias e montes adjacentes, dá uma contribuição enorme para o interesse que esta pequena aldeia tem vindo a registar nas últimas décadas para o turismo.

Ao longo dos tempos, o trabalho com o esparto, que ocupava principalmente as mulheres, mas que acabava por reunir quase como numa festa os moradores da aldeia, contribuiu para o desenvolvimento e a passagem oral de tradições musicais aprendidos por uns e outros nas suas andanças profissionais.
O esparto era demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia e sobretudo na Rua dos Pisadoiros, desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do Sol. À noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos calosas, numa delicada e fina baracinha.
A história do esparto confunde-se com a história desta aldeia e com a memória musical dos seus mais antigos moradores.
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[Trabalho realizado por: Ana Cristina Bentes Pera – nº 20046, Dora Martins – nº 22685 e Mónica Afilhado – nº 23303]


sexta-feira, outubro 07, 2005

Informação aos alunos da disciplina de Educação e Comunicação Interculturais (3º CC)

Na próxima semana, na aula de 4ª feira (dia 12 de Outubro), contaremos com a presença do engenheiro Luís Guerreiro, chefe da Divisão de Cultura da Câmara de Loulé que nos falará da "Comunicação nas autarquias numa perspectiva intercultural". Contamos convosco a partir das 8.30h. A conferência é aberta a todos os alunos do curso.

Mudanças

Mudou o nome deste blogue: desapareceu o Educação Comunitária que era um nome muito redutor da minha actividade académica e para dar liberdade ao nóvel blogue do curso de Educação e Intervenção Comunitária que tem o mesmo nome. Nasceu o socializar por aí...
O endereço mantém-se o mesmo.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Informações aos alunos de EIC

1. Como previsto, iremos ter hoje na aula de Seminário: Problemas Actuais (4º ano), os Velhos da Torre. O casal Sofia e Francisco Belchior irão contar as suas histórias de vida, a partir de questões previamente colocadas pelos alunos. Claro que não deixarão de cantar e dançar algumas modas de roda. A aula será gravada em vídeo para posterior edição de um filme.
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2. A próxima aula de Problemas Actuais será sobre a Animação Dramática. Pede-se aos alunos que tragam vestuário e calçado confortável.
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3. O curso de Educação e Intervenção Comunitária lançou uma página no suporte Blogger. Está aberta à colaboração de todos, sobretudo dos alunos, que poderão deixar comentários e enviar materiais. Chama-se Página da Educação Comunitária e já a podem consultar clicando na palavra sublinhada [o link está disponível em permanência nas Leituras, ali ao lado].