quarta-feira, dezembro 22, 2004

A Casa da Correcção

Recebi de uma aluna minha, do 3º ano, um mail que a seguir reproduzo:

Saiu no dia 10 de Dezembro, no «público», um artigo sobre um novo modelo correccional que é, no mínimo, constrangedor! A notícia intitula-se 'Prisões-paraíso para jovens rebeldes americanos' (por Lúcia Rodrigues)'

Os pais de adolescentes problemáticos norte-americanos têm agora uma solução diferente para lidar com os seus filhos: instituições correccionais privadas que acolhem as crianças e as reeducam a pedido dos pais e não de qualquer instância judicial. Um desses centros chama-se Tranquility Bay e situa-se na Jamaica. Uma jornalista do diário britânico 'The Guardian' visitou o local. O Tranquility Bay alberga cerca de 250 alunos, na sua maioria norte-americanos, que podem ali permanecer três anos ou mais. Entre os 'crimes' que levaram os pais a enviar os seus filhos para esta prisão-paraíso, inclui-se o consumo de 'charros', namorados 'errados' ou noitadas. A 'liberdade' será alcançada quando os responsáveis do centro considerarem que eles são "respeitosos', educados e obedientes o suficiente para se reunirem às suas famílias". (...) As regras do Tranquility são simples. As crianças são separadas em 'machos' e fêmeas' (o contacto entre sexos, até visual, é proibido) e divididas em 'famílias' encabeçadas por um elemento do pessoal tratado por 'mãe' ou 'pai'. Quase tudo é feito em silêncio e nunca ninguém está sozinho - até na casa de banho há alguém à porta. Existe um sistema de recompensas e castigos que fazem os alunos transitar do nível 1, o mais baixo, onde estão proibidos de falar, levantar-se, sentar-se e mexer-se sem permissão, para os seguintes, podendo sempre regredir. Nos últimos níveis, o 5 e o 6, além de alguns privilégios, são seleccionados três dias por semana para policiar os restantes alunos. O dono é um americano, Jay Kay, que não tem qualquer qualificação em educação. Para ele, isto não é relevante. "Experiência, neste trabalho, é melhor do que uma licenciatura", diz. E as críticas têm uma só origem: "a ignorância".'

Lembremo-nos que isto vem de um dos 2 países que não ratificaram a Convenção dos Direitos da Criança.....Até quando?.....

[Ana Sofia CB - 3º EIC]