Experiência da educação e da comunicação interculturais a nível internacional
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No passado dia 9 de Novembro, o 3º Ano do Curso de Ciências da Comunicação foi presenteado com a agradável e didáctica visita do Professor João Viegas Fernandes, ex-docente e um dos principais fundadores da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve e ainda, autor de diversas obras relacionadas com as suas áreas de investigação, nomeadamente, “A Escola e a Desigualdade Sexual”, a qual também é explorada no contexto desta disciplina.
Após uma breve apresentação, o nosso convidado começou por fazer uma breve análise da dicotomia sociedade da informação / sociedade da comunicação e do conhecimento, sendo que, na sua opinião, a actual sociedade, a da informação, vive num estado permanente de desinformação e por consequência, de falta de reflexão, só se podendo falar de sociedade de conhecimento se, de facto, tivermos acesso a uma “informação reflectida, organizada e compreendida”, o que, hodiernamente, acaba por não se registar. Assim, e no caso específico do ensino, a ausência de diálogo entre alunos e docentes conduz a uma unilateralidade da comunicação, constituindo um forte entrave à partilha de experiências, a qual torna a aprendizagem mais enriquecedora e interessante para ambas as partes.
É ainda de salientar, a sua experiência enquanto organizador de conferências a nível internacional e exímio apreciador da aventura e do desafio das viagens, as quais acabam por se tornar extremamente gratificantes no contacto com outras culturas. Para melhor comprovar estas experiências de interculturalidade, o nosso convidado relatou-nos alguns exemplos específicos e histórias singulares alusivas à sua experiência pessoal no Brasil, em Cuba ou ainda nos EUA, que ilustram que o contacto com indivíduos de uma cultura ou de uma raça diferente da nossa, que utilizam os mesmos termos que nós, mas com significados situacionais diferentes ou que têm práticas ou ritos sociais diferentes dos nossos pode, muitas vezes, conduzir a um “choque de culturas”, o qual é inevitável, mas que pode e deve ser ultrapassado. Daí, ser crucial “olhar” o outro segundo o seu padrão de cultura, e não segundo o nosso, pois a interculturalidade é isso mesmo, a adequação das referências de uma cultura às referências da outra, sendo que “a riqueza está na diversidade” porque “é no confronto com a diferença, que nós podemos evoluir”. Para ilustrar esta realidade e em jeito de conclusão foi ainda, brevemente debatida, a questão actual de violência urbana e de delinquência juvenil em França, cuja organização revela não saber lidar com a multiculturalidade, conduzindo à inadaptação dos seus imigrantes, colocando-os à “margem” da sociedade e impedindo o seu acesso a um emprego digno.
Para finalizar a sua visita e com muita pena nossa, o Prof. João Viegas Fernandes deu aos alunos a oportunidade de esclarecerem algumas dúvidas ou, se assim o quisessem, de relatarem alguma experiência relacionada com a interculturalidade, tendo colocado algumas questões finais relacionadas com os estereótipos sociais e com o “antropocentrismo” presente nalguns vocábulos da nossa língua.
Após uma breve apresentação, o nosso convidado começou por fazer uma breve análise da dicotomia sociedade da informação / sociedade da comunicação e do conhecimento, sendo que, na sua opinião, a actual sociedade, a da informação, vive num estado permanente de desinformação e por consequência, de falta de reflexão, só se podendo falar de sociedade de conhecimento se, de facto, tivermos acesso a uma “informação reflectida, organizada e compreendida”, o que, hodiernamente, acaba por não se registar. Assim, e no caso específico do ensino, a ausência de diálogo entre alunos e docentes conduz a uma unilateralidade da comunicação, constituindo um forte entrave à partilha de experiências, a qual torna a aprendizagem mais enriquecedora e interessante para ambas as partes.
É ainda de salientar, a sua experiência enquanto organizador de conferências a nível internacional e exímio apreciador da aventura e do desafio das viagens, as quais acabam por se tornar extremamente gratificantes no contacto com outras culturas. Para melhor comprovar estas experiências de interculturalidade, o nosso convidado relatou-nos alguns exemplos específicos e histórias singulares alusivas à sua experiência pessoal no Brasil, em Cuba ou ainda nos EUA, que ilustram que o contacto com indivíduos de uma cultura ou de uma raça diferente da nossa, que utilizam os mesmos termos que nós, mas com significados situacionais diferentes ou que têm práticas ou ritos sociais diferentes dos nossos pode, muitas vezes, conduzir a um “choque de culturas”, o qual é inevitável, mas que pode e deve ser ultrapassado. Daí, ser crucial “olhar” o outro segundo o seu padrão de cultura, e não segundo o nosso, pois a interculturalidade é isso mesmo, a adequação das referências de uma cultura às referências da outra, sendo que “a riqueza está na diversidade” porque “é no confronto com a diferença, que nós podemos evoluir”. Para ilustrar esta realidade e em jeito de conclusão foi ainda, brevemente debatida, a questão actual de violência urbana e de delinquência juvenil em França, cuja organização revela não saber lidar com a multiculturalidade, conduzindo à inadaptação dos seus imigrantes, colocando-os à “margem” da sociedade e impedindo o seu acesso a um emprego digno.
Para finalizar a sua visita e com muita pena nossa, o Prof. João Viegas Fernandes deu aos alunos a oportunidade de esclarecerem algumas dúvidas ou, se assim o quisessem, de relatarem alguma experiência relacionada com a interculturalidade, tendo colocado algumas questões finais relacionadas com os estereótipos sociais e com o “antropocentrismo” presente nalguns vocábulos da nossa língua.
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Cátia Gonçalves-Nº. 25277
Ciências da Comunicação-3º. Ano