Os Velhos da Torre estiveram presentes na aula do passado dia 6, na turma do 4º ano de EIC, na disciplina de Problemas Actuais I. Para além do relato da sua históra de vida - motivo fundamental da sessão - os nossos amigos não resistiram ao apelo da dança e do canto, acompanhados da turma, claro. Bons momentos, hem? O registo em gravação vídeo lá ficou para memória futura na câmara do Daniel Vieira, velho amigo também. A propósito, um dos grupos de trabalho da sessão preparou um texto enquadrador, que aqui vos deixo:
*
Sessão de trabalho com os “Velhos da Torre”
Organização da componente musical/etnográfica:
No âmbito de um louvável projecto de recolha feita por algumas pessoas que ainda privilegiam e dão relevância à preservação das tradições musicais do mundo rural, chegamos até aos Velhos da Torre, que nos trazem a cultura e tradições da aldeia de Alte no Concelho de Loulé.
Ao longo da sua vida, desde crianças, foram memorizando textos e melodias que agora permitem reaver e recordar, passando um testemunho enriquecedor e memorável às actuais gerações.
A sua alegria, disponibilidade e empenho em fazer perdurar as tradições da sua terra, são um incentivo para quem os ouve e partilha com eles a vontade de não deixar morrer a identidade cultural/musical das nossas aldeias rurais.
Têm mostrado o seu trabalho e são muito procurados por investigadores, etnógrafos e simples curiosos. Já foram publicados 2 CD´s com o seu trabalho, com o apoio da autarquia, último dos quais, intitulado “Velhos da Torre e Amigos.
Este CD pretende divulgar a recolha de música de tradição oral da freguesia de Alte, incluindo contos lúdicos, religiosos e de trabalho, instrumentais de guitarra, violino, flauta de cana, harmónica e castanholas. Além dos “Velhos da Torre” (Maria Cabrita Belchior, Francisco Cabrita Belchior e Sofia Coelho da Silva) participam ainda neste trabalho José Vieira, Artur da Palma e Analide dos Santos.
Trata-se de um desfiar de cantigas de trabalho, religiosas, e de namoro, interpretadas de maneira alegre, original e genuína.
*
Organização da componente musical/etnográfica:
No âmbito de um louvável projecto de recolha feita por algumas pessoas que ainda privilegiam e dão relevância à preservação das tradições musicais do mundo rural, chegamos até aos Velhos da Torre, que nos trazem a cultura e tradições da aldeia de Alte no Concelho de Loulé.
Ao longo da sua vida, desde crianças, foram memorizando textos e melodias que agora permitem reaver e recordar, passando um testemunho enriquecedor e memorável às actuais gerações.
A sua alegria, disponibilidade e empenho em fazer perdurar as tradições da sua terra, são um incentivo para quem os ouve e partilha com eles a vontade de não deixar morrer a identidade cultural/musical das nossas aldeias rurais.
Têm mostrado o seu trabalho e são muito procurados por investigadores, etnógrafos e simples curiosos. Já foram publicados 2 CD´s com o seu trabalho, com o apoio da autarquia, último dos quais, intitulado “Velhos da Torre e Amigos.
Este CD pretende divulgar a recolha de música de tradição oral da freguesia de Alte, incluindo contos lúdicos, religiosos e de trabalho, instrumentais de guitarra, violino, flauta de cana, harmónica e castanholas. Além dos “Velhos da Torre” (Maria Cabrita Belchior, Francisco Cabrita Belchior e Sofia Coelho da Silva) participam ainda neste trabalho José Vieira, Artur da Palma e Analide dos Santos.
Trata-se de um desfiar de cantigas de trabalho, religiosas, e de namoro, interpretadas de maneira alegre, original e genuína.
*
ALTE
Ao longo dos tempos Alte acolheu comunidades de agricultores e pastores que influenciaram as comunidades locais, a sua cultura e a tradição musical. Terra de muitos e grandes artistas, em várias áreas que vão desde a poesia, pintura, trabalho com barro e madeira, de músicos de muitos instrumentos e grandes cantadeiras.
A actividade cultural de Alte é bastante grande e a sua riqueza musical, bem como das aldeias e montes adjacentes, dá uma contribuição enorme para o interesse que esta pequena aldeia tem vindo a registar nas últimas décadas para o turismo.
Ao longo dos tempos, o trabalho com o esparto, que ocupava principalmente as mulheres, mas que acabava por reunir quase como numa festa os moradores da aldeia, contribuiu para o desenvolvimento e a passagem oral de tradições musicais aprendidos por uns e outros nas suas andanças profissionais.
O esparto era demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia e sobretudo na Rua dos Pisadoiros, desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do Sol. À noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos calosas, numa delicada e fina baracinha.
A história do esparto confunde-se com a história desta aldeia e com a memória musical dos seus mais antigos moradores.
*
[Trabalho realizado por: Ana Cristina Bentes Pera – nº 20046, Dora Martins – nº 22685 e Mónica Afilhado – nº 23303]
Ao longo dos tempos Alte acolheu comunidades de agricultores e pastores que influenciaram as comunidades locais, a sua cultura e a tradição musical. Terra de muitos e grandes artistas, em várias áreas que vão desde a poesia, pintura, trabalho com barro e madeira, de músicos de muitos instrumentos e grandes cantadeiras.
A actividade cultural de Alte é bastante grande e a sua riqueza musical, bem como das aldeias e montes adjacentes, dá uma contribuição enorme para o interesse que esta pequena aldeia tem vindo a registar nas últimas décadas para o turismo.
Ao longo dos tempos, o trabalho com o esparto, que ocupava principalmente as mulheres, mas que acabava por reunir quase como numa festa os moradores da aldeia, contribuiu para o desenvolvimento e a passagem oral de tradições musicais aprendidos por uns e outros nas suas andanças profissionais.
O esparto era demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, era depois pisado, horas a fio, nas ruas e largos da aldeia e sobretudo na Rua dos Pisadoiros, desde as primeiras horas da madrugada, até ao nascer do Sol. À noite, nos serões à lareira ou nos pátios da aldeia, as mulheres torciam-no entre as suas mãos calosas, numa delicada e fina baracinha.
A história do esparto confunde-se com a história desta aldeia e com a memória musical dos seus mais antigos moradores.
*
[Trabalho realizado por: Ana Cristina Bentes Pera – nº 20046, Dora Martins – nº 22685 e Mónica Afilhado – nº 23303]