Unidade Curricular: Análise de Contextos Profissionais
Área Científica: Educação Social
Ano: 2º; Semestre: 2º; Créditos ECTS: 6; Tempo Trabalho Total (horas): 168
Ano Lectivo: 2007/2008
Professor responsável: Hélder Faustino Raimundo
Instrumentais:
- Ser capaz de criar e aplicar guias e grelhas de observação;
- Ser capaz de registar notas de observação e redigir diários de campo;
- Ser capaz de desenvolver análise de conteúdo de diários de campo;
- Saber identificar e analisar problemas sociais.
Interpessoais:
- Mostrar atitude de respeito e de postura científica na observação de contextos de estudo;
- Demonstrar solidariedade, espírito de grupo e correcção no trabalho em sala e no campo;
- Aplicar estratégias facilitadoras de uma prática adequada aos contextos sociais.
Sistémicas:
- Saber utilizar conteúdos de outras disciplinas, de forma crítica;
- Perceber a progressão vertical e a convergência curricular das unidades curriculares do curso;
- Ser capaz de actuar sobre a realidade social, aplicando soluções criativas e originais, adequadas aos contextos e aos actores sociais presentes.
1. Os contextos em análise
1.1. Comunidades rurais e comunidades piscatórias
1.2. Comunidades e bairros sociais em meio urbano
1.3. Os meios fechados, as organizações formais e os grupos informais
2. Metodologias do continuum de observação e análise
2.1. A construção histórica da observação
2.2. A observação directa ou natural
2.3. Da observação à observação participante
2.4. A observação e as entrevistas [conversas] informais
3. Os registos da observação
3.1. Tipos de registo de notas
3.2. Guias e grelhas de observação e os diários de campo
3.3. Análise de conteúdo dos diários de campo
3.4. Os relatórios da observação e de análise
Conteúdo prático: trabalho de campo de observação em diferentes contextos profissionais
As aulas da unidade decorrerão de acordo com a metodologia de seminário sendo, por isso, utilizada uma diversidade de métodos, técnicas, didácticas e instrumentos. Em sala pretende-se desenvolver aulas de exposição e debate temático, a partir de conceitos teóricos e de experiências práticas de observação e análise de diversos contextos. Por outro lado, o trabalho desenvolve-se a partir de materiais produzidos pelos alunos a partir das suas aulas práticas de observação no terreno, servindo de balanço e de reflexão colectiva. No quadro do trabalho prático, os alunos realizarão actividades de análise progressiva, em contextos por eles escolhidos, que cumpram as diferentes tipologias dos conteúdos do programa. Para dar corpo a esta experiência, serão realizadas visitas de estudo e realizadas simulações de observação em contexto real.
4. Avaliação
Atendendo às características do Seminário, o processo de avaliação é contínuo. Assim, serão considerados os seguintes parâmetros e percentuais de avaliação para a nota final:
1. Presença, participação e empenho nas tarefas das aulas e/ou desempenho em autoformação e contacto; os trabalhadores-estudantes regem-se de acordo com o seu estatuto (I = 25%);
2. Reflexão individual sobre o processo de observação, com um máximo de 1000 palavras, a enviar por E-mail (I = 25%);
3. Relatório de análise de contexto, elaborado por grupo, a partir da observação de instituições à sua escolha, com um máximo de 20 páginas, de acordo com guião sugerido e sujeito às Normas de Citação de Trabalhos Académicos do curso: trabalho escrito (25%); apresentação na turma (25%) (G = 50%). Os grupos devem ter um mínimo de 3 e um máximo de 5 elementos.
Guião para relatório de análise de contexto:
Índices
Introdução (2 pp.)
1. Metodologia da observação: teoria e procedimento (3 pp.)
2. Caracterização da instituição: contexto envolvente; apresentação da instituição (8 pp.)
3. Identificação de problemas: problemas teóricos e institucionais (3 pp.)
4. Apreciação crítica: contexto e instituição (3pp.)
Referências
Anexos
Baptista, C. (1995). Os Marisqueiros de Vila do Bispo – Ensaio Etnográfico. Faro: Algarve em Foco.
Bardin, L. (2000). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bastos, C. (1993). Os Montes do Nordeste Algarvio. Lisboa: Edições Cosmos.
Bell, J. (1997). Como Realizar um Projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.
Bogdan, R. & Biklen, S. (1999). Investigação Qualitativa
Burgess, R. (1997). A Pesquisa de Terreno. Uma Introdução. Oeiras: Celta Editora.
Carmo, H. (1999). Desenvolvimento Comunitário. Lisboa: Universidade Aberta.
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Cutileiro, J. (1977). Ricos e pobres no Alentejo. Lisboa: Sá da Costa Editora.
De Ketele, J.-M. & Roegiers, X. (1999). Metodologia da Recolha de Dados. Lisboa: Instituto Piaget.
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Deshaies, B. (1997). Metodologia de Investigação
Espírito Santo, M. (1999). Comunidade Rural ao Norte do Tejo, seguido de Vinte Anos Depois. Lisboa: Associação de Estudos Rurais/UNL.
Ferrarotti, F. (1993) Sociologia. Lisboa: Teorema.
Lessard-Hébert, M., Goyette, G. & Boutin, G. (1994). Investigação Qualitativa. Fundamentos e Práticas. Lisboa: Instituto Piaget.
Hoven, R. & Nunes, M. H. (Orgs.). Desenvolvimento e Acção Local. Lisboa: Fim de Século Edições.
Peretz, H. (2000). Métodos em sociologia – para começar. Lisboa: Temas e Debates.
Quivy, R. & Campenhoudt, L. (1998). Manual de Investigação
Silva, A. S. & Pinto, J. M. (Orgs.) (1999). Metodologia das Ciências Sociais. Porto: Afrontamento.
Vários (1995). Animação Comunitária. Porto: Edições ASA.
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